quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Vale a pena ler: O Jesus que Nunca existiu



Há diversas obras no mercado de livros buscando oferecer sua perspectiva própria acerca de Jesus: O Jesus marxista, O Jesus hinduísta, o Jesus Gnóstico. Várias imagens e representações de Jesus têm sido oferecidas ao público nos últimos anos, porém, o que teria a ortodoxia bíblica a dizer sobre isso? Sempre procurei um livro que tratasse de forma simples e profunda essa questão, partindo, é claro, do pressuposto ortodoxo, fiel ao retrato do Senhor Jesus como mostrado pelos evangelistas. Pela graça de Deus fui presenteado há alguns anos com um livro pouco conhecido no Brasil: Em O Jesus que nunca existiu, o teólogo Wayne House confronta as visões predominantes que existem sobre Jesus, porém vai muito além disso.

A proposta de House é simples: Entender Jesus à luz do Antigo e Novo Testamento, assim também como do contexto judaico onde Jesus nasceu. Porém, para chegar a esse objetivo, House faz um panorama do entendimento de Jesus no decorrer dos séculos, começando com a família de Jesus, a igreja primitiva, a idade média e reforma até chegar em tempos recentes com as convicções acadêmicas liberais. O panorama de House é simples e surpreendente.

Uma das principais contribuições de House, além de defender o retrato bíblico de Jesus como relatado nos evangelhos como sendo o único autêntico e autorizado, é  fornecer dados e análises sobre a pessoa de Jesus como apresentado nas religiões, academias e nas atividades culturais. O capítulo onde trata da arte cristã durante o período da Reforma e Contra-reforma proporciona uma excelente visão sobre o período, assim também com a sobras artísticas produzidas e períodos posteriores. 

Dentro do cenário acadêmico, House avalia os benefícios e falhas da dita "Terceira Busca pelo Jesus Histórico", vertente acadêmica recente que tenta compreender Jesus dentro do contexto judaico de sua época, além de tratar das visões anteriores.

A obra de House é abrangente, porém posta de maneira simples e sem o excesso de tecnicismo acadêmico (ainda que a obra esteja cheia de referências acadêmicas), ideal para um leitor de primeira viagem quanto àquele que já leu obras dentro desse assunto. O objetivo do autor é claro: Mostrar quem é o Jesus real, em contraste com todos os outros apresentados tanto por acadêmicos quanto cineastas Hollywoodianos. Vale a pena acompanhar o autor nesse confronto.

Soli Deo Gloria