domingo, dezembro 30, 2007
GQL: Um Ano de Alegria, Sangue e Glória( À Deus).
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Natal: Pagão ou Cristão?

Não há dúvidas do impacto do natal na sociedade, sempre quando chega o final do ano( e consequentemente o natal também), vemos milhares de luzes acesas, juntamente com muitas lojas cantando um "Jingle Bell". Todavia, o natal sem sombra de dúvida ainda é motivo de controvérsia. Tanto teológica quanto socialmente. Na parte “social” o que muitas pessoas reduziram esta festa a apenas um gasto de dinheiro.
Porém dentro de um contexto mais cristão, certamente existem implicações teológicas consideráveis a respeito do natal. Será ele uma ordenança bíblica? Ou simplesmente uma festa pagã? É necessário comemorar o natal, ou simplesmente devemos fazer uma festa social em nossa casa? Mas então e a celebração religiosa? Todas essas dúvidas e opiniões divergentes ainda existem hoje.
De um lado há pessoas que classificam o natal como elementos do paganismo da Idade Média, assim também como da tradição Nórdica. Não é necessário o crente celebrar o natal, uma vez que não há ordenança bíblica para isso, sempre vemos a igreja cultuando a Deus no domingo, e não simplesmente em outro dia. Por falar em dia, o dia em que celebramos essa festa nada mais é do que um dia estabelecido baseado no dia de um deus pagão romano. Ainda existe a polêmica sobre a árvore de natal, seria ela um simples emblema pagão e que visava a idolatria? E que dizer do “bom velhinho”? Seria ele o que afirma meu amigo de caminhada Carlos Eduardo, o “Satã Noel”? Todas essa afirmações e dúvidas devem ser ponderadas pela sabedoria bíblica, por isso, certas observações devem ser feitas aqui.
1º NÃO DEVEMOS CONSIDERAR O DIA DE NATAL COMO DIA SANTO.
Muitos crentes que há muito estão afastados da casa do Senhor, na maioria das vezes, comparecem a celebrações de natal em nossas igrejas, no geral apenas para ver um parente se apresentar em uma “comédia” ou cantata de natal, porém alguns vão simplesmente porque questão de tradição, por achar bonito, ou pior, por considerá-lo um dia santo. Não existe, além do domingo, um dia santo especificado na igreja. É óbvio que devemos santificar o dia em adoração a Deus, e em certo sentido todo o dia é dia do Senhor, todavia, em nenhum momento me sinto obrigado a ter que celebrar o dia de natal, podendo inclusive celebrar, se eu quisesse, em outra data do que 25 de dezembro.
2º O CRISTÃO NÃO É OBRIGADO A IR PARA A IGREJA NO DIA DE NATAL.
Essa segunda consideração está ligada com a primeira, como um natal não é um dia santo, não há necessidade do crente ter a obrigação de ir para a igreja no dia de natal.
3º DEVE HAVER LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA NESTA QUESTÃO.
Muitos crentes que são a favor da celebração do natal condenam outros que preferem não celebrá-lo por questões teológicas. Deve haver respeito de ambos os lados, e nenhuma consciência deve ser forçada a aceitar alguma imposição, se quiser comemorar o natal, comemore, se não quiser, não comemore.
Mesmo depois de todas essas precauções ainda existem certas restrições ao natal, será que ainda devemos comemorá-lo?
Devemos ter em mente o princípio que esse debate gira em torno da questão da adoração. È comum vermos nas igrejas livres(metodistas, batistas, pentecostais) a visão da adoração como gratidão, e não como obediência(não que a obediência não esteja incluída, o que me refiro é a questão da ênfase, claro que isso está invertido em alguns lugares). Enquanto que nas igrejas de tradição reformada(principalmente calvinistas como presbiterianos e anglicanos da ala baixa), a ênfase está na obediência, e não se deve acrescentar nada que não esteja prescrito nas escrituras no culto a Deus.
Essas visões vem desde Lutero a Calvino. Lutero cria que nada que estivesse contra as Escrituras poderia ser utilizada no culto a Deus(obviamente com certas restrições), enquanto que Calvino cria que a Escritura era suficiente para a adoração, e todo e qualquer acréscimo era humano, por isso, extremamente perigosos e não confiável, que estabelece a adoração a Deus é o próprio Deus e não nós. Ou seja Lutero cria no culto a Deus mais como gratidão, enquanto que Calvino cria que o culto a Deus era obediência.
Dessas duas visões, certamente Calvino é mais bíblico do que Lutero. A Bíblia claramente mostra que a obediência é extremamente aprazível a Deus, além do que, ela nos aconselha a não irmos além do que está escrito e também que Deus é quem estabelece a adoração (1Co 4:6, Dt 12:38).
Todavia, isso não significa que não tenhamos espaço para oferecer uma adoração de gratidão a Deus, devemos sim agradecer a Deus por seus atos graciosos para conosco, todavia devemos saber como agradecer. Há respaldo bíblico para lembramos o natal e nos alegrarmos? Certamente que há. Como cristãos, devemos lembrar do testemunho da Escritura a respeito de Jesus, e devemos celebrar a morte de Cristo principalmente, pois isso é tanto por mandamento como que por gratidão, enquanto que o natal é simplesmente uma oferta de gratidão a Deus, que pode ser oferecida ou não pelos crentes. Como já falei, se quiser, celebre, se não quiser, não se celebre. Deve-se lembrar também que o nascimento de Jesus foi um momento especial, a ponto da Escritura relatar este fato, e ela também relata a alegria dos anjos:
“Ora, havia naquela comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias d enoite, o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhoros cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais,porque eis aqui vos trago boas novas de grande alegria, que será para todo o povo: pois na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão de exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens”(Lc 2:8-14)
Não devemos esquecer algo maravilhoso como este, lembrando que é extremamente recomendável que a igreja utilize desse dia para pregar e anunciar a Cristo.
Soli Deo Gloria
segunda-feira, dezembro 03, 2007
O Traducionismo e Macedo: Assombrosa Distorção

Há certas semanas atrás o mundo evangélico ficou chocado com as polêmicas declarações de Edir Macedo sobre a questão do aborto. Segundo Macedo, que gera a vida não é por necessidade Deus, mas sim o ser humano, o feto é gerado, tanto física quanto espiritualmente pelos pais. A única alma e espírito que foi criado por Deus foi do primeiro homem. Fiquei um tanto chocado e também curioso.
Por mais herege que a definição de Macedo possua, certamente ela nos coloca diante de um entrave teológico. A visão que Macedo defende( ou pensa defender, ainda que não saiba) é traducionismo, visão teológica que defende que quem gera a alma do ser humano, a exceção de Adão, são seus genitores, e não diretamente por Deus. Essa visão não pode ser de um todo desprezível, afinal, as semelhanças entre pais e filhos é por demais evidente, não somente física, mas também espiritual. O caráter dos homens se parece, muitas vezes, por demais com seus pais, muitas vezes mesmo sem ter contato direto. Existe também outra visão teológica, que rivaliza com essa, é a visão criacionista da alma. Nessa visão, os pais simplesmente geram a parte biológica da criança, enquanto que quem gera a alma é Deus. Essas duas visões dividem os teólogos ortodoxos há séculos.
Um exemplo mais famoso é na época da reforma, com Lutero e Calvino. Lutero defendia o traducionismo, enquanto Calvino era um prático criacionista. Meu objetivo com este artigo não é fazer uma ampla reflexão sobre este assunto, a meu ver, ambas as visões apresentam dificuldades e soluções, e na verdade ambas devem estar juntas ao invés de separadas. Todavia meu objetivo aqui é focalizar a questão de Macedo e o aborto. Será mesmo que o traducionismo defende o aborto? Ou pelo menos dá respaldo teológico para isso? Lutero certamente reagiria com veemência contra esta afirmação. Ainda que os pais sejam a causa “primária”( se formos analisar do ponto de vista da soberania de Deus, podemos afirmar que Deus cria a alma por meio do pais, sendo eles a fonte secundária) da criação da alma de um indivíduo, ainda assim isso não nega a questão desse mesmo indicio: o feto é um ser humano distinto e com direito à vida. Do ponto de vista ainda mais bíblico, não se pode tirar a vida de um ser humano deliberadamente. Isto é assassinato. Fora isso ainda que os pais tivessem certo direito sobre o feto ainda assim estariam em pecado, haja vista a Bíblia dizer que os filhos são herança do Senhor, não tendo eles direitos absolutos sobre a criança. Por isso é que traducionistas como Lutero não viam nenhum problema com sua visão e a rejeição do aborto.
Por isso, por mais que Macedo tente se justificar com pretexto de traducionismo, ainda assim sua opinião não se sustenta. Portanto, é por demais absurdo que ainda existam pastores e líderes que sejam a favor do aborto, e pior ainda são os crentes que se deixam levar por tal doutrina sob pretexto de auto piedade para com a genitora ou até mesmo por egocentrismo. O aborto é certamente anti-bíblico e anti-teológico, qualquer tentativa de justificá-lo não passa de perversão da moral cristã. Que estejamos alertas e firmes contra os falsos profetas.
Soli Deo Gloria
sábado, novembro 17, 2007
Onde Estás, Ó Beréia?

A doutrina do sacerdócio de todos os crentes afirma que cada fiel é capaz de interpretar a Bíblia por si mesmo, com o auxilio(iluminação, direção, testemunho) do Espírito Santo, sem necessidade de mediadores. Na idade média quem detinha o conhecimento e interpretação era a instituição estabelecida, ou seja, a igreja católica-romana. O fiel necessitava da igreja para entender a Bíblia. Com o passar do tempo a igreja acabou sendo de certa forma uma mediadora entre Deus e os homens, substituindo o lugar da Bíblia e até mesmo do próprio Cristo.
Com o advento da reforma tudo mudou, e a partir de agora, o fiel teria a capacidade de aprender a palavra de Deus por si mesmo com o auxilio do Espírito Santo. Essa, certamente foi uma das doutrinas que mais abalou Roma, que possuía um controle fortíssimo sobre a consciência dos cristãos da época.
Todavia com essa doutrina, o tiro pode certamente sair pela culatra. Se todos podem interpretar a Bíblia, como saber se uma interpretação é correta ou não? Haja vista que há muitos casos de interpretação forçada ou errada da palavra, muitas vezes com consequências gravíssimas para a saúde espiritual dos crentes. Diante desse fato, o que fazer? É aí que entra o papel do pastor/líder na congregação.
Em nenhum momento a doutrina do sacerdócio de todos os crentes busca denegrir o papel do pastor na congregação. Pelo contrário, o papel dos pastores são fundamentais,pois são ministros de Deus treinados na Palavra com o intuito de edificar os crentes. A principal diferença nessa doutrina é que ao invés do crente ser meramente um ouvinte passivo e dependente do conhecimento do clero, ele é um investigador, que pensa por si mesmo, tendo a mente totalmente cativa por Deus e pela sua Palavra, orientado pelo Espírito Santo, ele é um exemplo de crente bereiano, que apear de respeitar o pregador, confere se suas palavras estão de acordo com a Palavra de Deus.
Diante desse fato, não custa nada perguntar: Ainda há o sacerdócio de todos os crentes? Muitos crentes estão cada vez mais deixando-se envolver por pastores e líderes heréticos, sem um mínimo de compromisso com Deus. Tais pessoas acabam defendendo e lutando por uma pessoas e não pela causa do evangelho, e certamente isto é por demais anti-bíblico. Líderes compromissados com a Palavra devem buscar dar alimento sólido pra o rebanho, produzindo um laicato fortalecido e vibrante pela causa do Senhor. Se os crentes não buscarem este auxilio juntamente com o Espírito Santo,e se não existirem líderes compromissados com a palavra para ensina-los, então a saudade e a pergunta sobre um lugar prevalecerão: Onde estás, ó Beréia?
Soli Deo Gloria
terça-feira, novembro 13, 2007
Calvino – Eleitos Ricos e Ímpios Pobres?

Não há dúvida da influência e do poder que Calvino possuía na Genebra do século XVI, ali, Calvino praticamente deu base e sustentação teológica importantíssima para a reforma, Lutero não havia produzido uma teologia sistemática, enquanto que Calvino produziu a Magnum Opus do cristianismo reformado e posterior, Instituições da Religião Cristã, as Institutas, porém Calvino é até hoje retratado com certa desconfiança por muitos historiadores, que o taxam de ser um dos teóricos do capitalismo moderno,e que certamente defendeu uma doutrina no qual afirmava que a riqueza e prosperidade eram sinais da benção de Deus, enquanto que pobreza demonstrava uma possível falta de salvação.
Na primeira vez que escutei tal coisa, proferida por um professor de história de uma escola no qual estudei, fiquei um tanto chocado(assim também quando ouvi a história de Lutero sendo retratado como um assassino brutal por ter apoiado a nobreza contra os camponeses indefesos).
Todavia, ao estudar melhor Calvino, tanto em um colégio calvinista quanto leituras sobre sua história, inclusive seculares, pude notar realmente quem ele era e o que pregou.
Boa parte do pensamento moderno sobre Calvino deriva-se de historiadores marxistas e principalmente de um dos pais da sociologia moderna: O alemão Max Weber.
Weber defendeu em sua tese que os países protestantes, como Estados Unidos, Alemanha, entre outros, haviam tido, graças a ética protestante, uma elevação em sua prosperidade econômica.
Com base nisso, muitos vêem Calvino como um precursor da teologia da prosperidade, e parece que os próprios escritos de Calvino apontavam para essa conclusão. Até revistas consideradas cristãs parecem concordar com essa afirmação, uma delas, lançada recentemente, apesar de mostrar que não foi essencialmente por causa do protestantismo que as nações emergiram, mostra que a doutrina protestante influenciou bastante as nações que o adotaram e cita uma frase de Calvino: Deus chama cada um para uma vocação cujo objetivo é a glorificação de Deus. O pobre é suspeito de preguiça, a qual é uma injúria para com Deus”. Apesar de alguns testemunhos de historiadores, veículos de comunicação e do próprio Calvino parecerem confirmar esta tese, tal doutrina está bastante afastada da verdade.
Infelizmente a visão passada milhares de estudantes do ensino médio é de orientação Marxista, que vê a reforma como um movimento principalmente econômico, ao invés de religiosos, algo que claramente é refutado nos escritos do próprios reformadores. Outro problema é este ensino estar baseado principalmente na tese de Max Weber, que apesar de ter informações importantes, fora extremamente seletivo em suas afirmações. O que Calvino (assim como os puritanos) discordavam era com aqueles que afirmavam que o dinheiro era mau em si, e que a pobreza era uma virtude importante, superior a riqueza. Calvino e os puritanos discordavam dessa idéia, e afirmaram que as riquezas são dons de Deus, que devem ser usadas para sua Glória e servem para ajudar os outros, porém em nenhum momento Calvino sugeriu que o dinheiro fosse garantia de eleição, santificação ou mérito humano, mas pelo contrário, eram apenas graça de Deus que deveria ser usada para a Sua glória. Em um comentário sobre o salmo 127,2, ele escreveu: “Salomão afirma que nem a viver de baixo custo, nem diligência nos negócios irão por si só beneficiar em nada.” em outra parte, afirmou: “ Devemos reconhecer isto como um princípio geral,que as riquezas não chegam aos homens através de suas virtudes, nem sabedoria, nem luta mas apenas pela bênção de Deus”.
Calvino criticava não a pobreza em si, mas aqueles que, usando a pobreza como desculpa, não trabalhavam. Para que isso seja comprovado, basta observar que Calvino não morreu com bens preciosos nem em uma rica mansão, mas também com uma pobreza considerável.
Sem dúvida está incorreta a visão de que Calvino houvesse favorecido os ricos em detrimento dos pobres( uma espécie de Robin Hood as avessas), mas sim que ele valorizou o trabalho( tanto sagrado como “secular”) e também o dinheiro em si como algo bom para a Glória de Deus e para o bem do próximo. É necessário que professores cristãos mostrem verdadeiramente as concepções e motivos da reforma protestante, e em especial, busquem revelar quem realmente foi João Calvino, um dos maiores reformadores que já existiu.
Soli Deo Gloria
terça-feira, novembro 06, 2007
A Reforma, O Protestantismo e as Universidades.

As universidades ganharam força na Idade Média, onde a maior ciência era a teologia, então considerada a rainha de todas as outras. Foi em universidades que surgiram gênios do calibre de Anselmo de Cantuária e Tomás de Aquino. Foi dela que saíram homens controversos como Guilherme de Occam, Pedro Abelardo, entre outros. É inegável o fato das universidades terem sua história misturada com o cristianismo. Os reformadores não foram exceção em valorizar as faculdades, pelo contrário, Lutero começou sua reforma debatendo contra oponentes brutais como Eck na universidade de Winttenberg, que apoiou grandemente a reforma Luterana na Alemanha. Calvino obteve grandes feitos na academia de Genebra, os puritanos foram grandes professores em universidades como Oxford, além de fundarem Havard, uma das mais conceituadas universidades americanas. Jonathan Edwards foi o primeiro presidente de Princenton.
Hoje, em um mundo cada vez mais secularizado, onde universidades e faculdades tem como fundamento o marxismo, uma filosofia abertamente anti-cristã, a maior denominação evangélica do Brasil, no qual faço parte, também carece de faculdades e universidades voltadas para o ensino bíblico e sadio, dentro de uma perspectiva cristã. A assembléia de Deus possui uma rica e bela tradição em escola dominical, algo que por muito tempo vem fortalecendo os crentes da denominação(apesar dela cada vez mais está sendo menosprezada ou jogada de lado pela liderança da igreja, quer por descaso, quer por controvérsias politicas e pessoais). Todavia, falta em minha denominação, uma identidade universitária. Os metodistas e presbiterianos, e também Luteranos estão à frente dos pentecostais nesta área. Apesar da Assembléia de Deus ter uma tradição bem sólida em seminários, falta uma perspectiva e aprofundamento maior em outras matérias que abrangem a vida humana, como economia,política, relações humanas, comunicação. É necessário que a igreja habilite profissionais para que exerçam o seu ministério dentro de uma perspectiva cristã, onde tudo o que se faz seja para a glória de Deus. Essa era a perspectiva dos puritanos e dos reformadores iniciais. E isso não se restringe aos calvinistas, pois sinergistas como os pietistas também tiveram relações com universidades, Armínio debateu em favor do sinergismo em uma Universidade na Holanda.
Com o número cada vez maior de heresias e filosofias anti-bíblicas no mundo, os pentecostais devem cada vez mais levantar o estandarte da Verdade e estabelecer instituições compromissadas com a doutrina e perspectiva cristã. É necessário um maior engajamento nessa área. Cada vez mais o Brasil necessita de uma reforma educacional. Muitas vezes perdemos a oportunidade de inciar essa reforma. Muitos problemas que temos hoje, como o Marxismo, o evolucionismo, o ateísmo, e outros seriam amenizados se tivéssemos começado isso a mais tempo. Mas nada está perdido, e certamente Deus tem nos dado testemunhas de que isso é possível de se realizar. Eis aí o nome deles: Lutero, Calvino, Edwards, Aquino, Armínio e tantos outros.
Soli Deo Gloria
sábado, novembro 03, 2007
Polêmica, a prática da reforma ( que acabamos esquecendo)

Soli Deo Gloria
terça-feira, outubro 30, 2007
Princípios da Reforma que Não Podemos Esquecer

Sola Scriptura: Somente a Sagrada Escritura é nossa regra de fé e prática, suprema e sufciente para todas as situações da vida. tudo o quanto quisermos saber sobre fé e vida, devemos buscar na Escritura. Porém hoje vemos crentes cada vez mais entrando no misticismo católico da idade média. Vemos culto aos anjos, adoração por popstars, tanto cantores quanto pregadores, elementos estranhos no culto, adições humanas como coreografias, músicas aceleradas, teatros, entre outros. Pastores com grande abuso de poder, que se parecem mais papas que estão acima de tudo e todos. Os cristãos cada vez mais colocam usa confiança na autoridade de homens falíveis, ao invés de buscarem a autoridade das Divinas Escrituras.
Sola Gratia et Fides: Somos salvos unicamente pela graça de Deus por meio da fé em Cristo Jesus. Hoje, cada vez mais vemos os crentes buscando o favor de Deus por meio das obras, se esquecendo que como pecadores, necessitamos de um Deus gracioso e Soberano,onde tudo o que ele dá é graça,é favor imerecido. O maior presente de Deus é ter dado seu Filho para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Solo Christi: Somente Cristo é o único mediador entre Deus e os homens, não sendo mais ninguém, Ele é o único caminho, porém, ao invés dos crentes verem a Cristo como Senhor e Salvador, preferem ver ele como um simples servo e empregado do Papai Noel
Soli Deo Gloria: Toda a honra e glória devemos dar a Deus. Não somos o centro de tudo, mas sim Nosso senhor e Deus,tudo foi feito por Ele e para Ele. Hoje com o pensamento humanista secular cada vez mais entrando para dentro de nossas igrejas e também por meio de nossos púlpitos, vemos cada vez mais pregadores infectados pela praga da confissão positiva, que possui uma frase semelhante a tentação que Satanás fez aos primeiros pais, a idéia de sermos como Deus.
O testemunho deixados pelos reformadores ainda fala para nós hoje; que possamos lembrar do sacrifício desses homens, para que assim, possamos dar um bom testemunho agradável a Deus, para a glória de Deus. Somente na Escritura, Somente na Graça por meio da Fé, somente em Cristo, somente para a glória de Deus.
Amém.
Soli Deo Gloria
domingo, outubro 21, 2007
Finney: Vilão Ou Herói?

De um lado temos numerosos calvinistas, onde para eles, Finney era um lobo em pele de ovelha,
alguém que chamam avivalista, mas que contribuiu extremamente para uma filosofia e teologia humanística e antibíblica, sendo que ele mesmo era um herege pelagiano. No outro lado, arminiano, Finney é o herói do segundo grande despertamento que existiu nos Estados Unidos, digno de toda a aceitação, respeito e consideração, para o lado pentecostal principalmente, Finney é um guerreiro, um Immanuel Kant (como foi dito na introdução de sua teologia sistemática editada pela CPAD) evangélico que derruba qualquer gigante.
Dentro deste contexto, procurarei dar meu parecer, à luz da Palavra de Deus e dos fatos, sobre essa curiosa figura chamada Charles Finney.
ARGUMENTOS CONTRAS:
Finney é extremamente criticado pela ala reformada do protestantismo, sendo alvo constante de figuras famosas como Augustus Nicodemus Lopes, John Macarthur Jr, Michael Horton, entre outros. As acusações mais graves contra Finney são:
a)- Dar suporte as teorias de avivamento contemporâneo e da metodologia do Movimento de Crescimento de igrejas, através da prática das campanhas.
b)- Ser pelagiano em sua teologia, ou seja, Finney nega que o ser humano, ao nascer, possua o pecado original.
c)- Negar a doutrina da Justificação pela Fé, crendo que o ser humano possui totalmente capacidade de obedecer a cristo.
d)- Crer que Cristo morreu para dar um exemplo, mas não para nos redimir ( negação da expiação vicária).
São extremamente graves as acusações feitas contra Finney, e muito bem expressas no blog Deus Pro Nobis, de origem totalmente calvinista. Eis alguns trechos do artigo intitulado A Estranha Teologia de Charles Finney:
Da mesma forma, no site da Editora Vida, há uma apresentação nos mesmos moldes:
Charles Grandison Finney (1792-1875) foi um dos maiores evangelistas da América do Norte. Até hoje o testemunho de sua vida, pensamentos, lutas, realizações, amor incondicional a Deus e compromisso permanente com o Evangelho de Cristo é fonte poderosa de inspiração e exemplo para os cristãos...
Custa-me crer que os Assembleianos e os editores da Editora Vida recomendariam esta leitura após um aprofundamento na teologia deste avivalista. Prefiro atribuir a publicação destas obras de Finney à ignorância aos postulados teológicos deste pregador. Parece-me que à medida que a teologia reformada vem retomando o seu lugar no Brasil, há uma propagação de um falso ensino do evangelho igualmente. "
O autor do blog baseia-se muito em um artigo de Michael Horton, publicado pela Editora Fiel na revista evangélica Fé Para Hoje. O artigo de Horton é intitulado: O Legado de Charles Finney, tendo sido publicado no ano de 2000.
Eis alguns trechos deste artigo:
"Ele[ Finney] é tão popular. Ele foi grandemente responsável pela mudança da ortodoxia reformada, evidente no Grande Avivamento(nos ministérios de Edwards e Whitefield), para o avivalismo arminiano (na realidade, também pelagiano), evidente desde o Segundo Grande Avivamento até ao presente. Para demonstrar a dívida do evangelicalismo moderno para com Finney, temos de inicialmente observar seus desvios teológicos. Com base nestes desvios, ele tornou-se pai de alguns dos grandes desafios contemporâneos dentro das próprias igrejas evangélicas, ou seja, o Movimento Crescente de Igrejas, o Pentecostalismo[nem a gente escapou] e o Avivamento politico"
Todavia, a crítica a Finney não para por aí. Segundo Horton( de forma bastante tendenciosa): "Reagindo contra o calvinismo do Grande Avivamento, os sucessores daquele grande movimento do Espírito afastaram-se do caminho so Senhor e seguiram o dos homens, apartaram-se da pregação de conteúdo objetivo(ou seja, Cristo crucificado) para...levar as pessoas a ‘fazerem uma decisão’.
Charles Finney...ministrou nos rastros do segundo avivamento...ao considerar qualquer assunto a ser ensinado, esta era a pergunta fundamentalde Finney:’Isto é bom para converter os pecadores?’".
É óbvio que Horton acaba colocando Finney como o pai do pragmatismo evangélico. Horton prossegue mostrando "o que estava errado na teologia de Finney?", então faz afirmações e busca comprová-las com base na própria teologia sistemática de Finney, que para ele, na verdade não passam de "ensaios a respeito da moralidade", todavia Horton afirma que "não estamos afirmando que a obra de Finney não possui algumas declarações teológicas significativas.
Respondendo à pergunta: " O crente que deixa de ser crente sempre comete um pecado?", Finney disse: 'Sempre que comente um pecado, o crente deixa de ser santo. Isto é evidente. Sempre que peca, ele precisa ser condenado; tem de incorrer na penalidade da lei de Deus,Se alguém disser que que o preceito da lei ainda vigora, mas que, no caso de crente, a penalidade foi anulada para sempre, eu respondo afirmando que anular a penalidade da lei é cancelar seu preceito, pois, se o preceito não demanda punição, não existe lei e sim apenas uma advertência ou conselho. Por conseguinte, o crente é justificado em proporção à sua obediência...'" depois Horton prossegue dizendo que "Finney acreditava que Deus exige perfeição absoluta, mas, ao invés de levar as pessoas para buscarem perfeita justiça em Cristo, ele conclui que: '... a plena obediência no presente é a condição para a justificação. porém, quanto à pergunta: o homem pode ser justificado enquanto o pecado permanece nele?, respondemos: é certo que não, quer seja com base em princípios da lei ou do evangelho, a menos que a lei seja anulada. Ele pode ser perdoado, aceito e justificado, no sentido evangélico, enquanto o pecado, em qualquer grau, permanecer nele? Absolutamente não.' ...agora já podemos ressaltar que ela[ a doutrina da justificação de Finney] está fundamentada sobre a negação do pecado original. Afirmado tanto por católicos quanto evangélicos...ao contrário da doutrina do pecado original, Finney acreditava que os seres humanos são capazes de escolher se desejam ser corruptos por natureza ou redimidos, referindo-se à doutrina do pecado original como um 'dogma sem lógica e fundamento bíblico'" Horton acusa Finney de ter afirmado que não nascemos com a natureza pecaminosa de Adão, mas simplesmente seguimos seu exemplo, outra acusação grave feita contra Finney é quando se afirma que ele negava a expiação vicária, segundo Horton "Finney acreditava que Cristo morreu por um objetivo e não por um povo", então busca confirmar sua afirmação baseando-se na Sistematic Teology de Finney: "a Expiação ofereceria às criaturas os mais elevados motivos a serem imitados. O exemplo é a mais poderosa influência moral que pode ser praticada. Se a benevolência manifestada na expiação não subjuga o egoísmo dos pecadores, a situação destes é desesperadora (p. 129)" Caso Horton esteja certo então significa que Finney acreditava na doutrina da expiação como "Influência Moral" proposta por Pedro Abelardo, monge e teólogo da Idade Média( na verdade, ele acabaria indo muito além dela, chegando bem perto da doutrina da expiação proposta por teólogos liberais). Outra acusação gravíssima é quando Horton cita um trecho da teologia sistemática de Finney: " a regeneração consiste na atitude do próprio pecador mudar a sua intenção, sua preferência e sua escolha definitiva; ou mudar do egoísmo para o amor e a benevolência( p. 224)"
e Finney também afirmou: " A pecaminosidade original, a regeneração física e todos os dogmas resultantes e similares a estes opõe-se ao evangelho e são repulsivos à inteligência humana (p. 236)".
O caso complica-se muito para Charles Finney, caso essas afirmações serem certas. Outro crítico de Finney é John Macarthur Junior, que em sua obra "Com Vergonha do Evangelho",publicado pela editora Fiel, traz um apêndice que aborda Finney por uma perspectiva mais histórica, no qual Macarthur faz objeções a conversão de Finney, assim também como o calvinismo da época e afirma que na maior parte dos avivamentos de Finney, muitos esfriaravam novamente, sendo como carvões que, queimados, já não conseguiam mais queimar.
Ao contrário de Macarthur e outros proponentes calvinistas, os pentecostais( e muitos outros arminianos) afirmam que as pregações de Finney foram uma grande benção, sendo que a maioria das pessoas convertidas por seu intermédio continuaram vivas e atuantes na igreja. O que devemos fazer para solucionar este mistério é buscar respostas no próprio Finney, e é claro, o respaldo supremo das Sagradas Escrituras. Como Já falei, procurarei ser o mais bíblico e honesto possível, tentando não tomar partido de ninguém.
Finney aderiu a prática de campanhas de forma peculiar e influenciou muito o tipo de campanha evangelística que vemos hoje, onde o imediatismo está fortemente presente.
A meu ver, não é boa a atitude da CPAD de continuar vendendo a teologia de Finney, por conter muitos erros teológicos, também não concordo com a exaltação dada para ele por nossa editora confessional, apesar de tê-la no mais alto respeito, admiração e carinho. Creio que o que se deve fazer é incentivar mais teólogos pentecostais clássicos para produzirem uma boa obra teológica. esse é meu parecer no assunto.
FINNEY, Charles. Teologia Sitemática.2º ed.Rio de Janeiro: CPAD,2001.
MACARTHUR, John. Com Vergonha do Evangelho: quando a igreja se torna como o mundo.2º ed. São Paulo, Fiel, 2004
Olson, Roger. História das Controvérsias na Teologia Cristã. Rio de Janeiro: Vida, 2004.
Revista Fé Para Hoje. São Paulo: Fiel. 2001
terça-feira, outubro 16, 2007
Rara Entrevista de Daniel Berg
quinta-feira, outubro 11, 2007
O Círio, o Neófito e a Cruz Vermelha

Belém está agitada nestes dias com a chegada da celebração que a mídia chama de “natal dos paraenses”, o Círio de Nazaré. Os locais públicos de Belém, pelo menos a sua maioria, estão carregados de homenagem a “mãezinha”. Segundo dados por demais questionáveis, a festa pode atrair este ano mais de três milhões de católicos(como se Belém conseguisse suportar os famosos 1 milhão de pessoas) que se reúnem em uma procissão com mais de seis horas de duração( em todos os anos há certas variações), onde percorrem um duro trajeto levando uma extensa corda até a Basílica que tem o nome da “santa”. Os dias são de muita idolatria, que tem efeitos em todos os setores da cidade, desde repartições públicas até em faculdades e transportes coletivos.
Tive muito trabalho neste dia, carregando na maca diversos tipos de pessoas, desde simples casos de um desmaio momentâneo até um idoso com problemas de coluna. Porém um caso me marcou muito neste dia. Estávamos bastante distantes de um dos postos da Cruz vermelha, com um sol começando a esquentar ainda mais(cerca de 32º a 35º graus), quando ouvimos um grito: “EI, AJUDEM-NA, ELA ESTÁ GRÁVIDA!!!!”, não sei o quanto andamos carregando, não uma,mas duas pessoas, passando pelos mais variados lugares e tipos de pessoas. um rapaz até disse algo que me chamou muita à atenção: “E aí??? Ela já morreu ou não?”.
Dali eu vi uma coisa importantíssima: a importância da evangelização. Não somente uma evangelização simplista, mas uma evangelização que conscientize os indivíduos que nenhuma bondade há no ser humano que possa o salvá-lo, mas que, pelo contrário, estão debaixo da ira de Deus. Muitas pessoas acham(assim como eu achava) que possuem uma certa bondade o suficiente para merecer o céu, e que ao fazer algum tipo de sacrifício
poderão pagar a sua dívida com Deus e serem aceitos no céu. assim também como recorrer a intermediários que façam um contato melhor com Cristo. É importante pregar o Evangelho com intrepridez, sabendo que o mesmo Deus que irou-se conosco, nos amou a ponto de entregar o seu único filho, oremos para que o Espírito Santo possa iluminar as pessoas ainda não salvas e que possam reconhecer que :
“Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devemos ser salvos” (At 4:12)
“Poque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo”( Tm 2:5-6).
Não podemos nos esquecer das maravilhosas doutrinas da graça, da justificação pela fé, da suficiência de Cristo. Que Deus possa perdoar nossos pecados e nos usar para tal propósito, nesses dias onde a igreja evangélica cada vez mais retrocede.
Soli Deo Gloria
segunda-feira, outubro 08, 2007
Uma nota importante
Abraços e Paz do Senhor!!!
Obs: não deixem de ler o post anterior, de meu amigo Carlos Eduardo, grande conhecedor da flisofia oriental, que fala um pouco sobre os desenhos japoneses.
quinta-feira, outubro 04, 2007
Geração perdida ou perdendo uma geração ?

Pensei já ter visto de tudo mais nova arma de satanás é uma historia que já chegou nas bancas,que conta a historia de um adolescente que têm dois grandes sonhos, o primeiro de ter uma banda famosa e o segundo de ter uma namorada, até ai tudo bem, mas com o passar da história ele consegue uma banda só que em vez de uma namorada, ele consegue um namorado (nesse mangá a temática é a descoberta da sexualidade, mais para mim é a distorção do que Deus quer para nossas vidas).
Vejamos o que as crianças estão falando:
- Meu sonho é ser como o Naruto! (tem um demônio aprisionado no seu corpo)
- Quero ser como o Goku,o homem mais forte do universo! (é mais forte até mesmo que um deus)
- Queria ser como o MadinVegete (estava possuido por um demônio - madin é demônio)
- Queria ter o poder da Sakura! (aprisiona cartas que contém magia negra)
Frases assim são ditas todos os dias por crianças, adolescentes, jovens e até adultos, querendo ser algum personagem de uma história de Mangá ou Anime. O que menos se escuta é quero ser como Sansão, como Paulo, como Ester, como Moisés. Isso ocorre porque deixamos de ler um livro sem igual, um livro que tem amor, guerra, terror, drama, resumindo, tudo o que você quiser temos nele e não estou falando de nada novo no mercado estou falando do livro que tem as palavras de Deus – A BÍBLIA SAGRADA.
Devemos deixar de dizer que nossas crianças não estão preparadas para entender teorias Bíblicas ou algo mais profundo, pois se nós não ensinarmos, o que ela está lendo e assistindo está recheado de filosofia oriental. E vamos parar de dizer que a geração está perdida e vamos assumir nossas culpas e repensar que ela está se perdendo por nossa culpa. E que possamos investir mais em nossas crianças, pois elas são o futuro de nossas igrejas e são almas de grande valor para Deus. E vamos procurar saber o que elas estão assistindo, pois lembremos do que Paulo disse em Filipenses 4. 8 “Quanto ao mais, irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo o que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, se há algum louvor, nisso pensai.” .
A PAZ DE CRISTO
segunda-feira, outubro 01, 2007
Um Novo trimestre: Igreja-mãe adota Manual da Fé
Tomara que não seja nada, mas se for? Que Deus nos dê graça e que os problemas sejam resolvidos
quinta-feira, setembro 27, 2007
Só uma nota para os Blogélicos.

Obs: não deixe de ler o artigo anterior sobre a Escola Dominical.
quarta-feira, setembro 26, 2007
EBD - O lar dos mestres da Palavra
quarta-feira, setembro 19, 2007
Já Chega de NÃO!?!?

Rm: 7: 10
Bom hoje são 27 de agosto de 2007 são exatamente 08:31h da manhã, acabei de acordar e já me entristeci olhando a televisão, uma apresentadora de um certo programa está falando o pensamento do dia para seus telespectadores, onde diz assim:
“Quando eu era criança, queria crescer logo, virar adulta. Tinha idéias fantasiosas de que um adulto podia tudo, desde dormir na hora que bem entendesse até não precisar ir ao dentista. Parecia o supra-sumo da liberdade. Mas um dia fazemos 18 anos e a partir de então não podemos dirigir sem carteira, não podemos nos isentar de votar e não podemos permanecer solteiros......Não podemos reagir aos assaltos. Não podemos falar ao celular no carro. Não podemos fazer sexo sem camisinha. Não podemos fumar, não podemos beber, não podemos odiar fazer exercícios físicos. Não podemos nos descuidar.....
Não podemos negar um convite. Não podemos ser anti-sociais. Não podemos ser excessivamente honestos...
Quase todos os 10 mandamentos da igreja católica começam com não: não matarás, não roubarás, não cobiçarás a mulher do próximo, não pronunciarás o santo nome do senhor em vão. Não...
Depois de tanto NÃO o dia de hoje nos faz um convite à transgressão.”
Quero deixar bem claro que no site do programa tem esse texto, para quem quiser ler, mas essa ultima parte da transgressão não encontrei, creio ela foi adicionada ao texto pela apresentadora.
Interessante como Deus é, estava eu fazendo a minha leitura bíblica matinal sem procurar nada para tentar esclarecer isso, mas o meu problema era que estava lendo Romanos, não tinha como não ter alguma resposta para isso.Então continuando minha leitura de cara me deparei com “E o mandamento que era para vida, achei eu que era para morte”.(Rm 7: 10) Paulo estava falando de como a Lei revelou o pecado, distinguindo o certo do errado, e aí logo em seguida Paulo ainda fala: “Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom.” (Rm 7. 11-12). Podemos aplicar esses dois textos no pensamento da apresentadora, claro que nem todos os mandamentos bíblicos começam com NÃO, entretanto no “pensamento do dia”, foram mencionados os 10 mandamentos BÍBLICOS, mas o que quero dizer é parece que o NÃO é uma coisa ruim ao qual não devemos dar ouvidos, entretanto Paulo está falando que a lei é boa que muitas vezes o NÃO é bom, e que devemos obedecer, todavia devemos estar atentos ao NÃO, pois nem todo NÃO é de Deus, por exemplo: Não podemos ser excessivamente honestos... SIM podemos e devemos ser excessivamente honestos.
Para todo NÃO, principalmente os da Bíblia, existe um porque. Mas o que me entristeceu mesmo foi a última parte (a parte adicionada ao texto) sei que aqui estou falando a crentes, entretanto só quero lembrar que para a transgressão de uma lei existe uma penalidade. E a penalidade para o pecado e a morte como está lá em Rm 6: 23.
Que possamos ficar firmes obedecendo o NÃO de Deus para nós.
terça-feira, setembro 11, 2007
O Outro Lado de um Congresso (O Mundo que Eu Vi, parte 2)

Apesar de eu saber o que me esperava, busquei fazer com carinho e com certas técnicas de filmagem que aprendi na faculdade, além do que decidir fazer, como jornalista, a cobertura desse evento.
Vi coisas muito boas neste congresso, como por exemplo, a determinação das equipes de líderes e liderados. A vontade de Salvação pelas almas perdidas, a boa-vontade em fazer a obra de Deus, o sacrifício prestado e ouros pontos de comunhão feitos neste congresso merecem meu apoio e admiração pela causa de Deus.
Porém uma verdade não esconde outra verdade.
Entre uma pausa entre uma filmagem e outra, falei com Carlos Eduardo, que estava envolvido no evento:
- E aí, tudo certo?
- Ta difícil - respondeu Carlos, com um ar que misturava cansaço e preocupação.
- Qual é o problema?
- Os adolescentes estão fazendo um inferno no elevador.
Lá estava eu e Cadu correndo atrás de algumas “crianças peraltas” que brincavam entre os elevadores do templo, e depois caçamos certos casais em busca de beijos, abraços, e quem sabe, uma aula de anatomia.
Nesse evento havia de tudo, desde danças coreográficas a Música Rock “Cristã”.
Ah. Mas também houve o momento do “louvorzão” durante as noites onde havia o “culto” a Cristo. Para falar a verdade, não houve nada de mais, apenas adolescentes se atirando perto do púlpito na hora das canções “animadas” e “bem adolescentes” e gritando e tendo momentos de certa histeria emocional (é bem provável que me chamem de frio e coração duro depois dessas afirmações), onde, na terceira noite do evento, uma menina pequena estava tropeçou, já estava sendo chutada e prestes a ser pisoteada por adolescentes “cheios do fogo” (provavelmente o mesmo fogo estranho ofertado pelos filhos de Arão). Houve também alguém totalmente coberto de branco tocando um Shofar para atrair a presença do Senhor, isso na primeiro dia de abertura. Ah, também teve adolescentes dançando em pé nos bancos da igreja, Unção do riso e intensa gritaria(já no terceiro e último dia), Regaae que lembrava o som de Bob Marley (apesar de ele ser mestre neste tipo de música). Sim, também houve certo choro e sim, creio eu que houve uma determinada conversão legítima por parte de determinadas pessoas, um choro sincero. Porém isso não anula, nem justifica a triste perda de identidade que nossa igreja está sofrendo cada vez mais. Estamos vendo uma guerra de opostos brutais: de um lado, temos a turma do “reteté”, de onde sai muito farisaísmo, misticismo, modismos e uma cultura subpentecostal, onde o que reina são absurdos doutrinários e teológicos. Do outro lado da trincheira, temos uma geração traumatizada com os “mestres do passado” tiranos e cruéis, que, na visão deles, proibiam a tudo e a todos, por isso é necessário termos “estratégias de Deus” para alcançar uma faixa adolescente.
Lembro-me de John Macarthur Junior, quando ele dá um golpe certeiro em um de seus livros, a frase é mais ou menos assim: “utilizar traumas do passado para solucionar questões do presente não muda a situação”. O que Macarthur falou é uma verdade. O fato de nossos pais terem sido proibitivos demais não justifica o fato de passarmos por cima de tudo de bom que eles nos ensinaram pela Palavra de Deus. Hoje, a juventude assembleiana está cada vez mais tendo vínculos com outras denominações, em especial as neopentecostais, absorvendo praticamente todo o tipo de doutrina, onde a Confissão Positiva é a dominante. Também temos as doutrinas como as promovidas pelo movimento de Toronto, que enfatiza unção do riso (uma prática totalmente alheia ao ensino bíblico), o “cair no Espírito”, onde afirma que uma pessoa, tomada pelo poder de Deus, pode cair e ficar inconsciente, algo totalmente alheio às manifestações do Espírito mostradas em 1 Coríntios.
Hoje vemos uma geração cada vez mais sendo tomada pelas emoções e esquecendo que o culto a Deus, apesar de envolver grandemente nossos sentimentos, é racional ( Rm 12:1), e que adoração, é essencialmente muito mais obediência do que gratidão e oferta, e envolve observância dos preceitos de Deus, ou seja, adoração é estabelecida pelo próprio Deus e é revelada nas páginas das Sagradas Escrituras, segue-se que imaginações, doutrinas e preceitos de homens são duramente refutados( Dt 12:32, se possível leia todo o capítulo, e também Colosssenses 2:18-23).
Talvez o momento mais triste para mim foi no momento onde buscava-se sugestões por parte de adolescentes sobre o futuro programa que estreará na Rede Boas Novas, chamado “Hiper Ativo”. Em todas as sugestões dadas, eram aplausos e assobios: “ Eu gostaria que tivesse muitos filmes”, “VIIVVIIIVVVAAA!!!!”, “eu gostaria que tivessem muitas entrevistas com cantores famosos” “AAAHHHHEEEHHHH”, “eu gostaria que se falasse sobre profissões” “EEEEHHHHHEEHH”. Até que uma voz destoou do som uníssono: “bem, eu gostaria que houvesse... PALAVRA DE DEUS, ONDE ENSINARIAM OS ADOLESCENTES A VIVER...”, “.........eh.....”.
Para mim, foi o momento mais triste e lamentável do congresso.
Citando Roger Olson, se alguém tiver Deus, mas não tiver sua Palavra, não tem Deus nenhum, se alguém buscar a Deus fora de Sua Palavra e acima de tudo a Jesus Cristo vai encontrar o diabo e não Deus. Sim, haverá tempo em que muitos buscarão ouvir a Palavra de Deus com fome dela, mas onde ela estará? Por acaso ela não dura eternamente? Sim certamente, porém muitos a buscarão e não a acharão. Ela desaparecerá de muitos de nossos púlpitos e de nossas salas. Todavia, não podemos culpar a Deus pela nossa própria negligência, ainda há muito a ser feito, e por mais que ela desapareça de nossos púlpitos, ela ainda aparecerá!!! Jesus está voltando, por isso, trabalhemos mais e mais e não sejamos como os tessalonicensses.
É bastante triste para mim escrever essas palavras, afinal muitos ali presentes são conhecidos e amigos em que eu estimo bem. Mas a verdade não pode ser negligenciada, e infelizmente(ou felzimente) por mais duro que seja é necessário falar tais coisas. Há muito que s e pode fazer por um congresso, sem necessariamente transgredir a Palavra de Deus e não cair no emocionalismo barato.
Soube por meio do rádio, antes de terminar este artigo, em um programa de que não me lembro o nome, sobre uma adolescente que participou do congresso e quer mudar de denominação. Outra adolescente ligou para a rádio afirmando que o congresso era uma benção e por isso talvez tenha sido algo que ela tenha visto.
É...talvez...tenha sido o mundo que ela viu.
Alguém poderá objetar: “Mas Victor... tu queres tirar as músicas, as barulheiras, o Shofar, os ritmos alucinantes, as unções, o que vais querer dar para eles, para suprir a vida espiritual de jovem povo?”
Bem eu responderia: “a única coisa que e realmente me preencheu verdadeiramente, está acima de qualquer ritmo, música, ou modismo do povo, que seria...”.
“CRISTO”
Soli Deo Gloria