domingo, maio 27, 2007

"O Que é a Verdade?"(Pôncio Pilatos, frase citada no Evangelho de João)




Quando Pôncio Pilatos falou essa frase, ela praticamente ficou, desde ali, marcada na história. O motivo disso ter acontecido é simples. O ser humano apresenta uma grande perplexidade quando olha para o mundo caótico em que vive. "De onde eu vim?" "Porque estou aqui?", são perguntas que a Ciência Biológica e a filosofia não conseguirão explicar - podem até auxiliar, mas revelar a resposta de tais perguntas é praticamente impossível - pelo simples fato da Escritura ter a resposta para tais perguntas. Porém o ser humano, em seu estado atual, não vai querer buscar a resposta nesse tão falado livro. Tão pouco observará, na prática, aquilo que, para eles, o "tão sábio galileu" afirmou: "Eu Sou o Caminho, A Verdade e a Vida". Para o mundo, tudo é relativo e cada um pode contar com sua verdade particular, afinal, só existe uma verdade absoluta: Não há Absolutos!!!


Infelizmente esse pensamento pós-moderno tem invadido a igreja contemporânea. O famoso slogan: "Nas coisas essenciais, unidade. Nas não essenciais,liberdade. Em todas as coisas:amor" está prestes a substituir a célebre frase de Lutero:"Paz se possível, mas verdade, a qualquer custo!!!" Hoje em dia não pode mais haver uma declaração de fé firme e fundamentada na Palavra de Deus, pois se não, poderemos entristecer um irmão e fazer com que ele peque e saia da igreja. Por isso, deixemos de lado certas verdades não essenciais da Bíblia e vamos partir para a Evangelização pragmática e cultos pragmáticos!!! Afinal, nada disso prejudicará a salvação de ninguém. Será mesmo? Talvez uma pessoa não perca a sua salvação se observar essa ou aquela forma de batismo. mas será que ela não prejudicará a Si quando afirmar querer agradar a Deus e colocar Músicas mundanas, palavras de auto-ajuda, danças e teatros em um culto, quando o lugar seria reservado para Salmos, Hinos e Cânticos Espirituais(Cl 3:16) e a Palavra de Deus? E também será que ele não prejudicaria a vida espiritual de terceiros e levaria muitos a ter uma visão errada de evangelho e assim não serem realmente salvos ou levados a se desviar?


Deus nos criou para o louvor da Sua glória(Cl 1:16), por isso, é tarefa do ser humano viver para agradar a Deus da forma que Ele quer ser agradado, e não buscar no egocentrismo o meio de glorificar o Seu nome.


É claro que devemos respeitar pontos teológicos de outros irmãos divergentes dos nossos, mas que não cheguem a prejudicar a salvação deles. Mas nem por isso deixemos as nossas posições, que pela Palavra de Deus e testemunho do Espirito Santo, vemos que é a correta. Quando alguma doutrina, por mais inocente que seja, prejudica a glória de Cristo, jamais devemos aceitá-la, por que, fazendo assim, abriremos brechas para heresias destruidoras, que acabarão com o rebanho de Deus. Hoje, verificamos todo o tipo de absurdo como Confissão Positiva, Movimento Judaizante e tantas outras absurdidades, que começaram, com apenas "Uma simples posição não essencial teológica", mas que hoje gera estragos no povo de Deus.


Digo e repito, caso um irmão tenha uma posição teológica que difere da nossa em coisas verdadeiramente não essenciais, como forma de batismo, predestinação, dons espirituais e outros, não podemos taxa-lo de herege, mas trata-lo como um irmão, com muito amor.Compreender sim, se relacionar com ele sim, mas jamais deixar de buscar qual a verdade bíblica. Qual a melhor forma de batismo? Somos predestinados e livres,? Ou somente livres? Ou somente predestinados? se os dons cessaram ou não. Qualquer opinião a respeito desses tópicos não irá gerar perda de salvação. Mas com certeza, que estiver de acordo com a Bíblia nesses tópicos, irá agradar a Deus muito mais do que outros que não estão. Por isso esforce-se na verdade, e busque agradar a Deus na verdade. Porque Glorificar a Deus e se comprazer nele para sempre(Catecismo de Westminster) é o propósito da vida de qualquer ser humano, quer seja eu, quer seja você.

segunda-feira, maio 21, 2007

Análise Sobre o Artigo: "A Expiação e a Cura Divina", do Pastor José Gonçalves.




Recentemente foi publicado, na revista Obreiro, editada pela CPAD, um artigo do pastor José Gonçalves, membro da Comissão de Apologética da Convenção Geral das Assembléias de Deus(CGADB), intitulado "A Cura Divina e a Expiação", no qual defende a tese que na expiação Jesus levou não somente nossos pecados, mas também nossas doenças, na cruz do calvário.


Logo no inicío do artigo, o pastor José afirma: "Em tempos recentes, a doutrina bíblica da cura divina vem sendo duramente atacada, em especial aquela vertente que diz que a expiação de cristo proveu cura para o corpo." pouco depois dessa afirmação, o pastor Gonçalves diz que o ataque provém de apologistas da fé cristã que combatem a doutrina da confissão positiva, que prega a doutrina que ao morrer, Jesus levou nossas doenças, por isso o crente não deve ficar doente. O pastor José deixa implicíto que não segue esse modismo.Entretanto diz:"... a cura divina ficou associada a esse movimento." será que isso é verdade? Veremos mais adiante.


Depois dessa estranha afirmação, o pastor contesta os teólogos Paulo Romeiro e John Sttot, que afirmam em seus respectivos livros Supercrentes e a Cruz de Cristo que na expiação, Jesus somente levou nossos pecados. Stott é mais lembrado por José, pois discorre um pouco mais desse assunto do que Romeiro também em outro livro intulado A Cura de Cristo.


Para que possamos melhor esclarecer essa questão, é necessário termos em mente que todo esse assunto gira em torno de dois livros(em especial dois capítulos) da Bíblia: Isaías 53:4-5 e Mateus 8:14-17. Em Isaías vemos o sofrimento do Messias: " verdadeiramente ele levou sobre si as nossas enfermidades, e a nossas dores levou sobre si..."(Is 53:4). Já em Mateus, vemos o Apóstolo comentar sobre as curas que Jesus realizou: " E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemonhinhados e ele com sua palavra expulsou deles os espirítos, e curou todos os que estavam enfermos; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças".


Tanto Stott quanto Romeiro afirmam que Mateus estava se referindo ao ministério de curas de Jesus, no qual Ele prova ser o Messias, entretanto, Gonçalves não concorda com tal interpretação e cita diversos nomes que têm(ou tinham, pois já morreram) a visão que a cura divina existia na expiação, como Melacton Jacubus, A. A. Hodge, Franz Delizch, entre outros.


O pastor cita um trecho de Melacton Jacobus: " Aquele que aniquilou 'pelo sacrificio de Si mesmo o pecado' e carregou 'ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nosso pecados', resolveu também aniquilar as consequências do pecado".


Depois cita Keith Baley: " a crença no fato de que a cura se acha ligada a expiação não implica necessariamente em que todos os crentes devam gozar de perfeita saúde, assim como a crença na salvação através da expiação não implica em que crêem manifestarão total santidade".


Os argumentos apresentados são extremamente fortes e convincentes, então necessariamente estão corretos. Ou será que não? Bem, primeiramente devemos analisar com calma tal questão. Que pela misericórdia de Deus com auxílio do seu Espiríto, possamos extrair o verdadeiro significado dos textos apresentados.


Analisemos primeiramente o texto de Isaías. Se atentarmos um pouco mais para o contexto dos versículos apresentados, notamos que o foco em questão não são as doenças, mas o pecado. Note o que afirma o versículo cinco: " mas ele foi ferido pelas nossas tranguessões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". Atente que fomos sarados pelo sacrifício de Cristo. Ele foi ferido pelas nossas tranguessões, ou seja, Cristo estava na Cruz por causa de nossos pecados, mas então, segundo o versículo anterior, ele tomou nossas doenças? Então na verdade o castigo de Jesus foi ficar doente e morrer? É claro que não. Termos tal opinião é algo extremamente absurdo. Então do que fomos curados? A reposta já foi dita: do pecado. Como pode ser? A resposta está no contexto e também na palavra hebraica traduzida por "enfermidades", siginifica dentro do contexto do livro de Isaías "doenças espirituais", ora, o que significam essas doenças, ou melhor, o que são? a resposta está no versículo seguinte: "...as nossas transgressões...as nossas iniquidades". O versículo dez afirma que Deus o fez enfermar, o que pode parecer estranho, mas na verdade significa que Jesus estava sendo tratado como pecador em nosso lugar, recebendo a condenação que nós deveríamos receber. Jesus estava sendo "ferido de Deus e oprimido". Isso é confirmado com a seguinte afirmação ainda no versículo dez:"quando a sua alma se puser por expiação do pecado...", o versículo onze afirma:"...justificará a muitos,, porque as iniquidades deles levará sobre si." esse "levou" refere-se ao pecado. tendo em conta essas afirmações, é só fazer um paralelo disso com o versículo cinco, que nos leva a concluir o que Jesus levou foram os nosso pecados e não as nossas doenças.


Mas o que dizer sobre Mateus? Primeiramente devemos notar que ao citar o profeta, Mateus o faz muito antes da expiação. Note também que o texto diz que Jesus "...Com sua palavra expulsou deles os espiritos". Será que na expiação, Jesus também levou a possessão demoníaca? longe de nós tal pensamento! Ora Mateus mostra que ao curar enfermos e expulsar demônios, Jesus mostrava ser o messias, que curaria nossas doenças espirituais, algo que foi realizado na cruz do calvário.


Claramente vemos que Melacton está equivocado. Por que Jesus levaria as consequências do pecado se ele já estava levando o próprio pecado? Quando há ausência do pecado, há ausência das doenças. Se Adão não tivesse pecado, jamais haveria doença. Foi por causa do pecado no mundo que começamos a ficar doentes. Jesus, ao morrer, redimiu o homem tanto na alma e no espiríto quanto no corpo. Por isso havemos de ressucitar e gozaremos de plena saúde(1 Co 15:42-44), isso já poderia ser feito se fossemos plenamente santificados, porém o processo é lento e gradual. Entretanto, cremos que Jesus levou nossos pecados, somos salvos e o pecado não tem dominío sobre nós. Se Jesus levou nossas doenças juntamente com os nossos pecados, é claro que elas não teriam domínio sobre nós. ficaríamos doentes, porém uma oração pedindo cura resolveria tudo, assim como oramos para que Deus perdoe os nossos pecados e somos perdoados imediatamente, ficaríamos curados de maneira instantânea com apenas um pedido de cura.


É necessário afirmar que nem Romeiro nem Stott negam a cura divina, muito menos eu. Creio sim que Deus cura hoje, e pode fazer a hora que quiser. Por isso a afirmação do pastor José de que a cura divina está sendo associada a confissão positiva não procede, pelo menos com relação a mim, Stott e Romeiro( e tantos outros).


Por mais que o pastor José não aceite, essa doutrina leva ao mesmo resultado prático do que a confissão positiva prega: sempre seremos saudáveis. Infelizmente isso parece se confirmar com o comentário final do pastor sobre este assunto: "Não entendemos como Jesus pôde levar sobre si os nossos pecados, sendo ele imaculado, mas cremos na Palavra". Será que ele está firmando que Jesus literalmente "Se fez pecado" por nós? Se essa for a conclusão, o pastor cai no mesmo erro da confissão positiva, não entendendo que na verdade o sacricío de Cristo foi uma expiação substitituitiva, ou substituição representativa, onde um inocente leva a culpa de um transgressor, tipificada nos sacrifícios de animais no Antigo Testamento.


Deus Cura hoje! Mas que ele nos livre de acharmos que sempre seremos saudáveis. As vezes a doenças estão sobre nós para a glória de Deus, outras vezes ela aparece pois Deus, em Sua Sabedoria e Soberania tem o propósito de nos santificar. Deus é soberano! Caso ele não nos cure, Sua graça nos Basta!(2 Co 12:9)




sexta-feira, maio 18, 2007

Confissão Positiva: Doutrina de Deus?

"Apóstola" Valnice Milhomens
Divulgadora da Confissão Positiva no Brasil


Há alguns dias entrei numa livraria evangélica. Olhando as novidades, vi, estupefato, que as obras que estavam à vista eram aquelas que falavam sobre o poder inerente da língua. Como: “Há poder em suas palavras”, “Zoe: a própria vida de Deus”, “A sua saúde depende do que você fala”, etc.
Conversando com a atendente perguntei-la sobre os livros que estavam mais escondidos, como por exemplo, os livros de teologia, de referências, de história da Igreja, etc. Ela respondeu-me que são livros que não sai das estantes, a não ser que algum pastor, professor ou seminaristas venham a adquiri-los. E disse-me que mais de 90% das pessoas que freqüentam a livraria só compram livros dessa “nova teologia”.
É lamentável que isto seja um reflexo da falta de conhecimento da Igreja hodierna. As pessoas não querem mais pesquisar a fundo o que se vende ou se escuta por ai. Só querem bênçãos, sem se importar com o abençoador. Querem as coisas de Deus, embora não pensem em conhecê-Lo. Buscam o pão da terra, mas rejeitam o pão do céu. Nestas poucas linhas tentarei demonstrar que apesar de estar impregnada na Igreja como um todo, a confissão positiva é uma falha grave da chamada “teologia moderna”.

DEFININDO OS TERMOS

O que é o Movimento do Pensamento Positivo? É a crença em que o pensamento de uma pessoa é o fator primordial em relação a suas circunstâncias. Só em ter pensamentos positivos todas as influências e circunstâncias negativas serão vencidas.
E o Movimento de Confissão Positiva? É a versão cristianizada do pensamento positivo que essencialmente substitui a fé em Deus pela habilidade de ter fé em si mesmo. O simples fato de confessar positivamente o que se crê faz com que o desejo confessado aconteça. (1)
O verbo decretar está sendo conjugado dia-a-dia pelas mais variadas denominações. Não são poucas as pessoas que usam o jargão evangélico: “Tá decretado!” Não faz muito tempo às famosas frases de efeito no meio evangélico eram outras bem menos danosas para a fé cristã, como, por exemplo: “O sangue de Cristo tem poder” – nem sempre usada no contexto correto –, “Tá amarrado!” etc.
Mas, qual o motivo da frase “tá decretado” – e suas variações – estar errada? Não temos que reivindicar os nossos direitos junto ao Pai? Não somos filhos do Rei? As nossas palavras não possuem poder?
Para responder, sinceramente, a estas e outras perguntas, gostaria de dar algumas explicações do por quê não creio na assim chamada “confissão positiva”.
Devemos também lembrar-nos de que o termo “decreto” pertence somente ao Senhor de Toda Glória, como bem falou Rubens Cartaxo Junior: “ Os Decretos eternos de Deus é exclusivo de Sua pessoa o qual fez desde a Eternidade - Sl 33.11; Is 14.26-27; 46.9-10; Dn 4.34-35; Mt 10.29-30; Lc 22.22; At 2.23; 4.27-28; 17.26; Rm 4.18; 8.18-30; I Co 2.7; Ef 1.11; 2.10; II Tm 1.8-9; I Pe 1.18-20. Estes textos demonstram que Deus tem um propósito, ou um plano, para o Universo que criou. Este plano existe antes da criação. É um plano sábio, de acordo com o conselho de Deus. Ninguém pode anulá-lo, pois é Eterno”. (2)
A “confissão positiva” é parte da “teologia da prosperidade”, tão divulgada e recebida pela Igreja brasileira. Esta doutrina vem sendo divulgada há alguns anos no Brasil, especialmente por R. R. Soares que é o responsável pela divulgação dos livros de Kenneth E. Hagin, principal expositor desta doutrina. Hagin diz que recebeu a fórmula da fé diretamente de Jesus, e mandou escrever de 1 a 4 esta “fórmula”. Com ela, diz, pode-se conseguir tudo. Consiste em:
(1) "Diga a coisa" , positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo.
(2) "Faça a coisa" , o que nós fazemos irá determinar a nossa vitória.
(3) "Receba a coisa", a fé irá dinamizar a ação e Deus tem que responder, pois está preso a “leis espirituais”.
(4) "Conte a coisa", para que outras pessoas possam crer. Deve-se usar palavras como: decretar, exigir, reivindicar, declarar, determinar, e não se pode pedir “se for da tua vontade”, pois isso destrói a fé.
Não são poucos os líderes que adotam e pregam essa doutrina. Como disse o próprio R. R. Soares em uma entrevista para a Revista Eclésia, quando perguntado se ele era adepto da teologia da prosperidade, ele respondeu:
“...Agora, eu prego a prosperidade. Prefiro mil vezes pregar teologia chamada da prosperidade do que teologia do pecado, da mentira, da derrota, do sofrimento... A teologia da prosperidade, pelo que se fala por aí, eu bato palmas. Não creio na miséria. Essa história é conversa de derrotados. São tudo um bando de fracassados, cujas igrejas são um verdadeiro fracasso”. (3)
Para muitos, ganhar e ter dinheiro viraram sinônimos de vitória. E o que mais nos impressiona é a suposta “base bíblica” para defender seus devaneios. Um exemplo clássico é o texto de Filipenses 4:13 – que virou um moto na boca dos cristãos hodiernos – que diz: “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” . Só que os adeptos da teologia da prosperidade ignoram por completo o contexto da passagem. Veja o que diz os versos 11 e 12: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter em abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade”.
Em outras palavras Paulo diz-nos que poderia passar por qualquer situação – fome, abatimento, necessidade, ter de tudo e não ter nada – pelo simples fato de que a sua força, em momentos de tribulação ou não, era Jesus Cristo.
Esse movimento pensa que a língua e a mente têm um poder que pode criar as circunstâncias ao nosso redor. Não é mais do que uma “parapsicologia evangélica”. Muitas das coisas que os “doutores da fé” dizem são clones dos ensinamentos do poder da mente, muito explorado pelo Dr. Joseph Murphy anos atrás. Ele escreveu alguns livros como: “Como usar as leis da mente”, “Conversando com Deus”, “As grandes verdades da Bíblia”, “A magia do poder extra-sensorial”, “O poder do subconsciente”, dentre outros.
Vou apenas citar um trecho do livro “A paz interior”, do Dr. Murphy para vermos que se parece muito com os “doutores da fé”. Comentando João 1:5-7 ele diz: “As trevas referem-se à ignorância ou falta de conhecimento da maneira como a mente funciona. Estamos nas trevas quando não sabemos que somos o que pensamos e sentimos. O homem está num estado condicionado do Não-condicionado, com todas as qualidades, atributos e potenciais de Deus . O homem está aqui para descobrir quem é. Não é um autônomo. Tem a capacidade de pensar de duas maneiras: positivamente e negativamente . Quando começa a descobrir que o bem e o mal que experimenta são decorrentes exclusivamente da ação de sua própria mente, começa a despertar do senso de escravidão e limitação ao mundo exterior. Sem conhecer as leis da mente , o homem não sabe como produzir seu desejo”. (4) (grifo nosso)
Vejamos ainda o que Jorge Linhares diz em seu livro: “Bênção e Maldição”, onde mostra um Deus dependente do homem, este é o Evangelho da Confissão Positiva e do Evangelho da Maldição – “Palavras produzem bênção... [ou] maldição... Palavras negativas... dão lugar a opressão demoníaca... ...Palavras positivas (confissão positiva), amorosas, de fé, de confiança em Deus, liberam o poder divino para desfazer a opressão...” (5)

SUPOSTA BASE BÍBLICA DA CONFISSÃO POSITIVA
Existem algumas supostas bases bíblicas que os defensores da confissão Positiva usam para defender esta doutrina, vamos dar apenas três passagens para não tomar muito tempo, no entanto, as demais passagens seguem basicamente esta linha de interpretação.
Marcos 11:22-23 – “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Tende fé em Deus; Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”.
Os defensores apregoam que o verso acima ensina que devemos ter a fé de Deus, ou seja, a confissão que gera as coisas. Declarar a existência de coisas que do nada virão a existir, podendo assim criar a realidade que quisermos.
O Pr. Jorge Issao Noda explica muito bem esta passagem em seu livro: “Somos deuses?”, ele diz; “Copeland editou uma Bíblia de referência onde este texto tem uma leitura alternativa: ‘Tende a fé de Deus'. Capps, Price, Hagin, são unânimes nesta interpretação. Hagin afirma, inclusive, que ela está de acordo com a visão dos eruditos em grego. O texto diz: echete (tende) pistin (fé) theou (de Deus). De Deus? Então Deus tem fé! Sendo assim, os mestres da Fé têm razão. Os cristãos, através dos séculos, estiveram interpretando erroneamente este texto. Xeque-mate? De maneira nenhuma. Robertson, um dos maiores eruditos em grego, afirma que o texto deve ser traduzido para ‘tende fé em Deus' porque se trata de um genitivo objetivo. Neste caso Deus não é o sujeito da fé (fé de Deus), mas o objeto da fé (fé em Deus). Os eruditos em grego maciçamente concordam com Robertson, contrariando a afirmação de Hagin”. (6)
Temos que ter fé em Deus, essa nossa fé em Deus é que faz com que os montes que enfrentamos a cada dia sejam superados, não pelo poder inerente a fé, mas no poder inerente do doador da fé, ou seja, o nosso Deus. Sem essa fé não venceremos, mas com Ele somos mais do que vencedores.
Provérbios 6:2 – “E te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca”.
Este texto, dizem, significa que o poder de não passar por problemas está na língua. No entanto, Salomão está falando da pessoa que ficou por fiador de outro, como expressa o versículo anterior: “Filho meu, se ficasse por fiador do teu companheiro, se deste a tua mão ao estranho, e te deixaste enredar pelas próprias palavras; e te prendeste nas palavras da tua boca”. (grifo nosso)
A Bíblia de Genebra explica o termo “enredado”: “Pedir dinheiro emprestado é uma coisa, mas prover segurança para outrem é caminhar para dentro de uma armadilha feita pelo próprio indivíduo”. (7)
Provérbios 18:21 – “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.
Este versículo explica que devemos ter o cuidado de que nossas palavras não venham a nos trazer situações embaraçosas. Temos que saber como dizer as coisas, pois certamente colheremos situações que são causadas por nós mesmos. No entanto, este verso não dá margem para dizer que são as palavras em si que nos dá o controle das circunstâncias da nossa vida. São situações específicas e não o destino do ser humano que é traçado pela verbalização dos nossos desejos interiores.
Para uma compreensão melhor do que eu quero dizer, deixe-me mostrar-lhes algumas implicações práticas sobre a Confissão Positiva. Se você crer nesta doutrina, então terá que desconsiderar aquilo que eu irei falar a seguir. Mas se você quer ponderar o assunto, leia com atenção as frases seguintes.

IMPLICAÇÕES PRÁTICAS DE SE CRÊ NA DOUTRINA DA CONFISSÃO POSITIVA
Citaremos algumas implicações preocupantes que comprovam a periculosidade desta doutrina para os cristãos menos desavisados:
1 – A Doutrina da confissão positiva aniquila a Soberania de Deus.
Deus não depende das palavras dos homens para agir. Deus é e sempre será Soberano. Soberania é o atri buto pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn 14:19; Ne 9:6; Ex 18:11; Dt 10:14-17; I Cr 29:11; II Cr 20:6; Jr 27:5; At 17:24-26; Jd 4; Sl 22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5; 145:11-13; Ap.19:6).
Já imaginou um Deus que depende do homem para agir? Com certeza Ele entraria em enrascada se estivesse sujeito às oscilações da vontade humana. Eu mesmo não queria um Deus desse tipo. Prefiro o Deus da Bíblia que “tudo faz como lhe apraz”. (Sl 115:3).
2 – A Doutrina da confissão positiva enaltece o homem.
Quando entendemos biblicamente quem na realidade é o homem, ficamos sobremaneira conscientes de nossas falhas e limitações. Quanto mais a confissão Positiva enaltece o homem, mais eu vejo o seu erro. A Bíblia nos mostra claramente que o homem nada é comparado ao Senhor nosso Deus.
A Bíblia retrata como na verdade é o homem (Ezequiel 16:4-5; Is 1:6 Rm 3:10-18; Sal 51:5; 58:3; Is 48:8; João 5:40; Rm 1:28; 3:11, 18; II Pedro 3:5; Rm 8:8; Jr 13:23; João 6:44-45; Rm 8:6-8; Ef 4:18; Rm 1:21; Jr 17:9).
3 – A Doutrina da confissão positiva dá mais valor a palavra falada do que às Escrituras.
Onde fica a luta de reformadores como Lutero? Muitos foram aqueles que lutaram para que hoje tivéssemos a Palavra de Deus em nossas mãos. Muito sangue foi derramado para que pudéssemos ler às Escrituras sem a interferência da vontade humana. Onde fica o princípio da “Sola Scriptura”? A Bíblia deixou de ser relevante para as nossas vidas? Creio firmemente que não e os textos bíblicos confirmam isso - Sl 19:7-11; Sl 119; Jo 5:39; Rm 15:4; II Tm 3:16-17.
Amado irmão, se precisássemos apenas falar e declarar para que as circunstâncias adversas fossem resolvidas e vivêssemos rica e abundantemente sem problemas, então porquê a Bíblia dá tanta ênfase a suportar o sofrimento? Se Paulo tivesse o poder de parar de sofrer decretando, então como foi que ele teve que ficar com o espinho na carne? Deixemos de incoerência e vivamos a verdade da Palavra do Senhor!
“Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte”. II Co 12:10.
4 – A Doutrina da confissão positiva dá um conceito simplista da fé cristã.
O evangelho de Cristo é o evangelho da cruz, da renúncia, do arrependimento, do nascer de novo. O cristianismo de hoje é um cristianismo sem cruz, sem sacrifícios. Gosto de dizer que é o “evangelho boa vida”, evangelho “não-faça-nada-e-ganhe-tudo”. Esse não é o evangelho de Cristo. Basta vermos alguns textos para comprovar o que estou dizendo – Jo 3; Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; Gl 6:12; Mt 3:8; Lc 5:32; II Pd 3:9, etc.
5 – A Doutrina da confissão positiva não tem o respaldo na História da Igreja.
Fico imaginando Lutero ou Calvino orando da seguinte maneira: “Eu decreto que a partir de hoje o papado vai morrer, reivindico que todos os inimigos do evangelho sejam transportados para o inferno. Declaro explicitamente que não mais haverá mais heresias e que os inimigos da cruz de Cristo vão desaparecer da face da terra. Está decretado em nome de Jesus!”
Essa oração nunca aconteceu. Dentro da História da Igreja não se tem notícia de coisas absurdas como essa. Será que todos os grandes homens de Deus estavam enganados a respeito de sua fé? Quando examinamos biografias diversas dos homens de Deus, seja de quem for, notamos uma única nota coerente em todos: Verdadeira humildade. Todos foram humildes em afirmar a soberania de Deus e a fraqueza do homem. Agora, o homem quer mandar em Deus? Meus amados somos servos e não senhores. E basta para nós sermos apenas servos.

Conclusão: Estude a Palavra e não fique por ai repetindo, como papagaio, aquilo que você escuta na televisão. É muito fácil pregar heresias. É muito prático dizer um “abracadabra” evangélico para que tudo se resolva. Difícil é estudar com afinco às Escrituras, passar horas debruçado sobre as páginas santas desse livro. Buscar de Deus o verdadeiro sentido da vida, entender às verdades centrais desse livro, no entanto, é salutar.
Como a Igreja do Senhor está precisando de bereanos hoje em dia. Você quer ser um deles? Oxalá que sim! Deus o abençoe.

SOLI DEO GLORIA NUNC ET SEMPER


NOTAS:
(1) A Sedução do Cristianismo, pg 268.
(2) Retirado da Internet - http://br.geocities.com/ipnatal
(3) Revista Eclésia, Ano V, Nº 67, Junho de 2001, pg 26.
(4) A paz Interior, pg 14-15, 8 a . edição, Record, Rio de Janeiro - 1979.
(5) Linhares, Pg. 16, 18.
(6) Somos Deuses? P. 28
(7) Bíblia de Genebra, p.732


(Agradecemos ao autor pelo envio do texto!).
Sobre o autor: O Pr. Antônio Pereira da Costa Júnior, nasceu em Esperança – PB. Co-Pastor da 1ª. Igreja Congregacional em St a Cruz do Capibaribe – PE. Faz parte do quadro de ministros da AIECB (Aliança das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil). Casado com Esther Monteiro da Costa, e Pai de Rachêl Hellen Monteiro da Costa. Palestrante e pesquisador na área de Apologética em geral, Técnico Agrícola pela UEPB e Bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional). E fez um curso de Apologética por extensão pelo ICP (Instituto Cristão de Pesquisas). Faz Especialização em Teologia Bíblica pelo SPN – Extensão Campina Grande. E-mail:
juniorapologista@yahoo.com.br
Este artigo é parte integrante do portal
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quarta-feira, maio 16, 2007

Provas científicas na Bíblia



ALUSÕES CIENTÍFICAS NA ESCRITURA
Dr. Henry M. Morris [1]

A Bíblia está repleta com referências ao universo e processos naturais, e assim, freqüentemente ensina sobre várias ciências. Aqueles que dizem que a Bíblia não é um livro de ciência não a tem lido cuidadosamente. Os escritores, é claro, não intentaram formular estas declarações na terminologia de um químico moderno ou de um tratado biólogo moderno. Eles usaram a linguagem comum, compreensível a todos os leitores, descrevendo os fenômenos em termos simples. Todavia, eles sempre são surpreendentemente exatos, mesmo quando testados pelas mais rigorosas exigências científicas. Os tão chamados “erros” científicos da Bíblia não são erros de nenhuma maneira, nem eles precisam ser alegorizados ou interpretados como acomodação cultural ou por conveniências [culturais]. Temos visto anteriormente os alegados erros, porém, deixe-nos apontar algumas [notas] dos discernimentos científicos na Escritura. Certamente tomaria um livro inteiro para examiná-las em detalhes, assim, será listado cada uma com uma frase chave e com as referências bíblicas pertinentes [2]. Certamente, então, a lista é apenas uma amostra das muitas passagens que podem ser citadas.
-Ciência
-Fenômeno ou Processo
-Escritura
-Hidrologia

Ciclo Hidrológico
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.(Ecl. 1. 7); Porque, assim como desce a chuva e a neve dos céus, e para lá não tornam, mas regam a terra, e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come(Isa. 55. 10); Faz subir os vapores das extremidades da terra; faz os relâmpagos para a chuva; tira os ventos dos seus tesouros. (Sal 135. 7)
Evaporação
Fazendo ele soar a sua voz, logo há rumor de águas no céu, e faz subir os vapores da extremidade da terra; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento.(Jer. 10. 13)
Condensação Nucléica
Ainda ele não tinha feito a terra, nem os campos, nem o princípio do pó do mundo.(Prov. 8.26)
Condensação
Prende as águas nas suas nuvens, todavia a nuvem não se rasga debaixo delas.(Jó 26. 8); Também de umidade carrega as grossas nuvens, e esparge as nuvens com a sua luz.(Jó 37. 11); Tens tu notícia do equilíbrio das grossas nuvens e das maravilhas daquele que é perfeito nos conhecimentos?(Jó 37. 16)
Precipitação
Porque faz miúdas as gotas das águas que, do seu vapor, derramam a chuva, A qual as nuvens destilam e gotejam sobre o homem abundantemente. (Jó 36. 27, 28)
Escoamento
Dos rochedos faz sair rios, e o seu olho vê tudo o que há de precioso.(Jó 28.10)
Depósito Oceânico
Ele ajunta as águas do mar como num montão; põe os abismos em depósitos.(Sal 33.7)
Neve
Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva... (Jó 38.22); O que dá a neve como lã; esparge a geada como cinza.(Sal 147.16)
Equilíbrio Hidrológico
Porque ele vê as extremidades da terra; e vê tudo o que há debaixo dos céus. Quando deu peso ao vento, e tomou a medida das águas; Quando prescreveu leis para a chuva e caminho para o relâmpago dos trovões; (Jó 28. 24-26); Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? (Is 40.12)
Geologia
Princípio da Isostasia
Quem mediu na concha da sua mão as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? (Is 40.12); Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum. Tu a cobriste com o abismo, como com um vestido; as águas estavam sobre os montes. À tua repreensão fugiram; à voz do teu trovão se apressaram. Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste. Termo lhes puseste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra. (Sal 104. 5-9)
Forma da Terra
Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Assim como está longe o oriente do ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. (Sal 103. 11, 12); Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar (Is 40. 22)
Rotação da Terra
Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar; Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela; E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;(Jó 38. 12-14)
Gravitação
Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina(Jó 38. 4-6 ); O norte estende sobre o vazio; e suspende a terra sobre o nada.(Jó 26.7)
Erosão Rochosa
E, na verdade, caindo a montanha, desfaz-se; e a rocha se remove do seu lugar. As águas gastam as pedras, as cheias afogam o pó da terra; e tu fazes perecer a esperança do homem;(Jó 14. 18, 19)
Período Glacial
De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu? Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.(Jó 38. 29, 30) [3]
Uniformitarismo
E dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. (II Ped 3. 4)
Astronomia
Tamanho do Universo
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos. (Is 55.9); Assim disse o SENHOR: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, também eu rejeitarei toda a descendência de Israel, por tudo quanto fizeram, diz o SENHOR. (Jer. 31. 37); Porventura Deus não está na altura dos céus? Olha para a altura das estrelas; quão elevadas estão. (Jó 22. 12)
Números de Estrelas
Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim.(Jer. 33. 22); Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos; (Gn 22. 17); Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. (Gn 15. 5)

Variedade de Estrelas
E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. (I Cor. 15. 40, 41)
Precisão das Órbitas
Assim diz o SENHOR, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas ordenanças de diante de mim, diz o SENHOR, deixará também a descendência de Israel de ser uma nação diante de mim para sempre. (Jer. 31. 35, 36)
Meteorologia
Circulação da Atmosfera
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.(Ecl. 1. 6)
Efeito Protetor da Atmosfera
Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar (Is 40. 22)
Origem Oceânica da Chuva
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. (Ecl. 1. 7)
Relação da Eletricidade (raios) com a Chuva
Fazendo ele soar a sua voz, logo há rumor de águas no céu, e faz subir os vapores da extremidade da terra; faz os relâmpagos para a chuva, e dos seus tesouros faz sair o vento. (Jer. 10. 13)
Medicina
Circulação Sanguínea
Porque a vida da carne está no sangue(Lev. 17. 11)
Psicoterapia
As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.(Prov. 16. 24); O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.(Prov. 17. 22)
Biologia
Biogêneses e Estabilidade
E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. (Gen. 1. 11, 21, 25)
Singularidade do Homem (ser humano)
E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. (Gen 1. 26)
Natureza Química do Corpo
E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi. E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.(Gen. 1. 11, 24-27); No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás. (Gen 3. 19); Porque Toda a carne é como a erva, E toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; Mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada. (I Ped. 1. 24, 25)
Física
Massa-Energia Equivalentes
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas(Heb. 1. 3); E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.(Col. 1. 17)
Fonte da Energia da Terra
A sua[do sol] saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor. (Sal. 19. 6); E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas. E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra, E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom. (Gn. 1. 14-18)
Desintegração Atômica
Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. (II Ped. 3. 10)
Ondas de Rádio
Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui? (Jó 38. 35)
Traduzido e adaptado por Gaspar de Souza do livro “Many Infallible Proofs – Evidences for the Christian Faith”, Master Books, el Cajon, Califórnia, 1990, pp. 241-243.“Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Isaías. 40. 8)“A Lei do Senhor é Perfeita” (Salmos 19. 7)
[1] O Dr. Henry M. Morris é autor de diversos livros que ensinam a verdade e autoridade da Palavra de Deus. É presidente do Institute for Creation Research um instituto formado por cientistas criacionistas. Entre os livros por ele escrito podemos citar a magnífica obra The Gênesis Flood escrito em co-autoria com John Whitcomb; o outro livro, em português, é O Enigma das Origens - A Resposta publicado pela Associação Brasileira de Pesquisa da Criação. Este último é uma exposição do Criacionismo Científico cuja leitura recomendo.
[2] Embora o texto original não possua as citações por extenso na nossa tradução disporemos as citações bíblicas por extenso para fim de leitura. Todas as referências bíblicas são única e exclusivamente da Almeida Corrigida e Fiel (ARC)
[3] O autor não defende a teoria dias-eras ou intervalo em Gn 1.1, mas o princípio bíblico-literal de dias de 24 horas em Gênesis. Diz ele: “sempre que o escritor bíblico realmente pretendia a idéia de um período de tempo bastante prolongado, ele normalmente usou uma outra palavra, como olam (que significa ‘era’ ou ‘longo período’ ) ou então faria yom [N.E – dia em hebraico] ser seguido de um adjetivo com rab (que significa ‘longo’), de forma que as duas palavras juntas, yom rab, então significaria ‘um longo período’. Contudo, não se pode provar a existência de um único caso em que yom tenha, por si mesmo, o significado de longo período de tempo e certamente nenhuma de sua aplicações sugere um era geológica.” Embora Dr. Morris admita que haja possibilidade de yom significar um longo período diz ele ainda: “não obstante, o escritor de primeiro capítulo de Gênesis guardou-se cuidadosamente contra essa noção, tanto ao modificar o substantivo com um adjetivo ordinal (‘primeiro dia’, ‘segundo dia’, etc) com ao indicar os limites do período de tempo em cada caso: ‘tarde e manhã’. Mesmo um destes artifícios seria suficiente para limitar o significado de yom ao de um dia solar, e quando ambos os artifícios são usados, não poderia haver maneira melhor ou mais segura para que o escritor expressasse o significado pretendido de um dia solar literal [itálico meu nesse ponto]” (MORRIS. Henry M. O Enigma das Origens – A Resposta, editora Origens – Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, Belo Horizonte – MG, 1974, p. 223
Traduzido por Gaspar de Souza, Recife, 2004.enarke at-signal yahoo.com
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segunda-feira, maio 14, 2007

Maçonaria e Fé Cristã: Incompatíveis?


É bastante difícil traçar a origem da Maçonaria, algumas correntes afirmam que ela teve inicío no templo de Salomão, todavia, os cristãos rejeitam tal versão e até mesmo maçons, pois não existe prova histórica que comprove isso - para os cristãos, essa afirmativa também não está abalizada teologicamente - então, segundo vários historiadores, a maçonaria teve inicio no final da idade média, com organizações feitas por pedreiros na França( o próprio nome maçon, em francês, significa pedreiro). Rapidamente, a maçonaria ganhou adeptos e está espalhada em praticamente quase todo o mundo. Por muito tempo taxada como sociedade secreta, hoje ela prefere ser chamada de sociedade discreta,pois qualquer um pode livremente saber a respeito. Afirma que não mantém nenhum vinculo com religião, por isso é perfeitamente possível ser budista, islâmico, cristão e maçon. É uma sociedade marcada por um alto rigor moral, beneficiente, filantrópica e altamente preocupada com o bem estar dos "irmãos" da ordem e ligada com questões político-sociais. Entre seus adeptos destacam-se Bejamin Franklin, George Washigton, Mozart e o presidente Roosevelt. Afirma-se que até mesmo o ator Charles Chaplim era um Maçon. Então é importante perguntarmos: Podemos ser Maçons e cristãos ao mesmo tempo? É provável que muitos dentro da igreja evangélica - em particular as igrejas tradicionais - digam sim a resposta, afinal ainda não se viu nada incompatível até o momento. Entretanto, será essa toda a verdade? Nada mais e nada menos? Óbvio que não.

Dentro dessa sociedade existem um conjunto de regras chamados "Os Ladmarks", por onde o maçon deve ser guiado por toda a vida. O landmark número 5 afirma:"A Maçonaria impõe a todos os seus membros a prática exacta e escrupulosa dos ritos e do simbolismo , meios de acesso ao conhecimento pelas vias espirituais e iniciáticas que lhe são próprias:." e o número 6 diz:"A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um:. Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa:. Ela é ainda um centro permanente de união fraterna , onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros:." Cabe-se perguntar: isso é biblico? A frase do landmark 5 com certeza é estranha. O que são os "símbolos" e "Vias espirituais"? No ritual de iniciação, é necessário que o iniciante passe das "trevas" para a "luz" da maçonaria. Como assim? A maçonaria é luz? Não foi por acaso o próprio Senhor Jesus disse que : "Eu Sou a Luz do mundo, quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida"(Jo 8:12). E o que dizer do Landmark 6 quando ele afirma que é proibida qualquer controvérsia religiosa dentro da maçonaria, ou seja, converter algum "irmão" maçon judeu está fora de questão! É extremamente proibido! Então como poderemos cumprir o ide de Jesus( Mc 16:15)?, a questão se complica ainda mais quando se observa o detalhe da maçonaria ser uma sociedade secreta, onde o membro não pode contar o que se passa nas reuniões. Então onde fica o principio bíblico que Jesus nos ordenou fazer(Mt 10:27)? A questão se complica ainda mais quando vemos que o "rito tradicional" - existem vários ritos na maçonaria, porém será abordado aqui apenas o tradicional escocês e o rito de York - possui uma filosofia abertamente deísta, ou seja, a crença que Deus apenas criou o universo e o deixou com leis naturais para guia-lo e ao homem deu a lei moral. esse é o Deus da Bíblia? Não é o Senhor um Deus que intervém e se preocupa com o homem? Esse deus deísta da maçonaria é chamado de GADU( Grande Arquiteto do Universo) e representa todo os deuses existentes. Jesus nada mais é que um grande homem como maomé e buda, que absurdo! Jesus é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores(Ap 19:16)! O próprio Deus, UM com o Pai e o Espirito Santo(1Jo 5:7). Existe outro rito na maçonaria, chamado de rito de York, esse, por sua vez, é teísta, crê na intervenção divina, entretanto ainda é mais pagão do que o escocês. Antes que se chame Gadu, o deus do rito de York se chama JABULOM("Ja" de Javé, ou Jeová, Bu de baal, om de osiris,deus do sol egipicio). Indicando claramente um sincretismo brutal e incompatível com a fé cristã. A maçonaria tem vínculos com o misticismo esotérico, além de estar fortemente influenciada pela filosofia pagã da História Antiga, só isso nos faz pensar seriamente se realmente é lícito participar de tal coisa destituída de respaldo bíblico-teológico.

A Igreja e a Maçonaria.

Infelizmente poucos eram os irmãos capacitados para ver essa praga no corpo de Cristo, pelo menos há alguns anos atrás. A maçonaria entrou fortemente nas igrejas tradicionais. Nos Estados Unidos, até o Seminário Batista do Sul é lotado de maçons, muitos missionários, não somente batistas, como também metodistas, anglicanos, luteranos e principalmente presbiterianos maçons vieram para o Brasil com o intuito de evangelizar na época do império. A igreja presbiteriana, sem dúvida, foi a mais afetada por tal praga desde o início, pois se envolveu com a maçonaria com o propósito de conseguir a liberdade religiosa no Brasil. Até hoje existem diversos maçons confessos dentro da denominação e somente em tempo recente que o Supremo Concilio da igreja se manifestou contra essa questão, porém não ordenou que os presbitérios aplicassem a disciplina nos membros envolvidos com as lojas maçônicas.

Uma pesquisa recente divulgou que há maçons em toda as igrejas evangélica no Brasil. que possamos estar alertas para os falsos obreiros e se possível, tirando-os verdadeiramente das trevas existentes nessa sociedade "discreta", caso isso não seja possível, afastemo-nos dos tais.(Tt 3:10)

* As citações desses Landmarks foram extraídas do site português "Portal Macónico", por isso existem diferenças na ortografia.
link: http://www.maconaria.net/index.html

sábado, maio 12, 2007

O Vinho é Pecaminoso?


Uma questão até hoje polêmica na igreja é sobre a ingestão de bebidas alcoólicas pelo crente. Seria pecado? Ou uma simples questão de consciência onde o cristão "forte" pode livremente desgustar prazerosamente? Todas essas questões até hoje causam tumultos.

No âmbito Batista Fundamentalista e Pentecostal, o cristão é proibido de ingerir bebidas alcoólicas, pois ela o prejudica perante o mundo e pode levar ao pecado explicíto da bebedeira. Por outro lado existe o ramo das igrejas históricas -presbiterianos, batistas tradicionais, anglicanos ,Luteranos, entre outros - é permitido que o crente beba bebidas alcoólicas, porém com moderação e bom senso.

A Biblia tem a resposta para essa questão. A bebida em si não é pecado, tem valor medicinal( 1Tm 5:23) alegra o coração do homem(Sl 104:15), entre outras coisas. Entretanto o excesso pode levar a perda da sobriedade, por isso a Escritura explicitamente diz para não nos embriagarmos(Pv 20:1), e também diz que o não podemos dar escândalo aos irmãos mais fracos na fé(Rm 14:21), por isso, devemos analisar a seguinte questão: onde bebemos, com quem bebemos e como bebemos. Ainda que bebamos sabiamente, não convém estarmos sentados em uma mesa de bar, onde há pecado e incredulidade, além de correr o risco de ser visto por um irmão fraco na fé e levá-lo a tropeçar. Outro fator importante é com quem bebemos. O mundo previsa ver que somos luz do mundo, por isso creio que não ajudará muito sentar junto com um incrédulo para beber qualquer tipo de bebida, além de corrermos um risco desnecessário de nos desviarmos do caminho do Senhor sendo levados para uma possível bebedeira.

Já debati com muitos jovens de uma determinada igreja confessional sobre isso, e infelizmente notei certa repulsa por parte deles com relação a advertências de coisas que não convém, infelizmente estamos numa época de oito ou oitenta. Que Deus possa nos dar a benção de sermos moderados como a sua Palavra!

A Questão da Septuaginta


A Septuaginta é uma tradução de alguns livros do hebraico para o grego. Foram traduzidos todos os livros canônicos da Bíblia hebraica, entretanto, com grandes diferenças em relação ao texto aceito por judeus e cristãos como canônico. Também estão traduzidos vários outros livros espúrios, ou apócrifos. A tradução da Septuaginta está envolta em lendas, entre as quais a mais famosa é a de que foi escrita por 72 sábios eruditos judeus (?), sendo 6 de cada tribo de Israel (?). Segundo a lenda ela teria sido escrita para compor o rol de livros da biblioteca de Alexandria, um populoso centro urbano, que à época (segundo ou terceiro século antes de Cristo, segundo esta mesma lenda), já era o centro mundial da intelectualidade helenística e pagã.

A esta tradução, que supostamente foi terminada ainda durante o reinado do macedônio Ptolomeu II Philadelphus (de 281 a.C. a 246 a.C.) foi dado o título de LXX1, em algarismos romanos (?), significando o número setenta.2 É importante notar que não há qualquer confirmação para esta lenda, a qual se baseia em um único documento chamado "Carta de Aristeas", documento este que está crivado de dados claramente fictícios e mitológicos, o que faz com que este escrito também conste da lista de livros apócrifos do Antigo Testamento.

Não há qualquer registro de um documento bíblico em grego, como tendo sido escrito em 250 a.C. Bem como, não há qualquer registro na história judaica de que tal esforço de tantos eruditos hebreus, que tivessem à época também conhecimento pleno do grego, e que tivessem se deslocado para Alexandria de modo a realizar tão grande tarefa. Algo assim teria sido, com certeza, digno de nota. Lembrando também que as dez tribos do norte estavam (como hoje ainda estão) perdidas, sem que se possa discernir sequer onde cada uma está, quanto mais selecionar-se 6 eruditos de cada uma delas, que conhecessem profundamente o hebraico e também o grego!
Os defensores desta lenda, quando pressionados a mostrar provas concretas de sua veracidade, apontam para a Hexapla de Orígenes (do 3º século depois de Cristo), contudo, deste trabalho pouco resta para se analisar, e entendendo-se a quinta coluna desta obra como sendo o texto original da Septuaginta veríamos vários livros apócrifos incluídos, livros estes que se tivessem sido traduzidos pelos supostos 72 sábios hebreus, o teriam sido antes mesmo de serem escritos, pois a data destes livros é claramente posterior à suposta tradução dos setenta. Pode-se concluir que se a quinta coluna realmente segue os manuscritos da Septuaginta, então ou ela foi uma tradução realizada pelo próprio Orígenes ou é de qualquer forma um trabalho posterior à alegada data da tradução da LXX.

Eusébio e Filo afirmaram que apenas o Pentateuco em grego existia à época de Jesus, e não todo o Antigo Testamento. Na verdade, encontramos hoje somente o papiro de Ryland # 458 contendo os capítulos de 23 a 28 de Deuteronômio. Mas, como este papiro é datado de 150 a.C. podemos concluir que provavelmente havia razão para que Eusébio e Filo afirmassem a existência do Pentateuco em grego à época de Jesus. Entretanto, mesmo sendo este o caso, como parece ser, dificilmente tal documento teria qualquer influência fora do seu habitat, ou seja, Alexandria e outras localidades onde o grego era a língua dominante, e teria menos influência ainda, ou melhor, não encontraria qualquer guarida, em Israel, junto a fariseus e zelotes que lutavam com todas as forças para manter sua religião e suas tradições intocadas. Este argumento é reforçado pelos achados de Qumram, a partir dos quais se conclui que o hebraico era língua conhecida e corrente à época do Senhor Jesus Cristo. Seja como for, as evidências de uma completa LXX existente e em uso à época de Jesus Cristo, são poucas e não conclusivas.

O mais provável é que uma tradução de todo o Antigo Testamento (ou uma revisão de um texto já existente??) do hebraico para o grego tenha sido concluída posteriormente (no decorrer do segundo século), usando inclusive como base o texto de passagens do Novo Testamento em grego para completar e facilitar a tradução dos versos do Antigo Testamento citados pelo Novo Testamento.
Nós podemos ver este fato claramente ilustrado no caso de Romanos 3:10-18, onde:
3:10-12 é citação do Salmo 14:1-3 ou Salmo 53:1-3
3:13 é citação de Salmo 5:9 e Salmo 140:3
3:14 é citação do Salmo 10:7
3:15-17 é citação de
3:18 é citação do Salmo 36:1
Na Septuaginta, os versos de Romanos 3:13-18 estão anexados ao final do verso 3 do Salmo 14 (acrescentando ao seu conteúdo original), e em seqüência, verso a verso, palavra por palavra, tal qual foram citados pelo apóstolo Paulo em Romanos. Neste exemplo podemos perceber com clareza que não é o Novo Testamento que cita a Septuaginta, mas sim, é a Septuaginta que cita o Novo Testamento, até porque não há um só manuscrito em hebraico que traga uma leitura sequer semelhante à da Septuaginta no Salmo 14:3, nem tampouco se encontra esta leitura em traduções antigas da Palavra de Deus como a Peshitta (antiga tradução para o siríaco).

Jerônimo, após ter comparado os manuscritos da Septuaginta com manuscritos em hebraico, afirma:
"Seria tedioso agora enumerar, as muitas adições e omissões que a Septuaginta fez, e todas as passagens que nas cópias das igrejas estão marcadas com cruzes e asteriscos [N.T.: símbolos que indicavam palavras que apareciam no grego e não no hebraico e vice-versa]. Os judeus geralmente riem quando ouvem nossa versão desta passagem de Isaías: 'Bendito é aquele que tem sementes em Sião e servos em Jerusalém [Isaías 31:9].' Em Amós também ... Mas como nós devemos lidar com os originais em Hebraico nos quais estas passagens e outras como estas estão omitidas, passagens tão numerosas que reproduzi-las irá requerer livros sem conta?" - [Carta LVII de Jerônimo].
Diante de todos os fatos, é possível afirmar, com boa dose de certeza, que a Septuaginta é um texto posterior (com exceção feita ao Pentateuco), e é, em geral, não confiável, e que assim o foi desde o princípio. Não devendo, portanto, em momento algum, ser tomada como autoridade escriturística.
Bibliografia
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BURGON, John William, Causes of the Corruption of the Traditional Text of the Holy Gospels, Christian Classics Ethereal Library, Grand Rapids, Ml, 2006.
DANIELS, David, What is the "Septuagint"?, Disponível em: [http://www.scionofzion.com/septuagint1.htm]. Acesso em: 14 nov.2006.
DAVILA, James R., Josephus and the LXX, Divinity School of the University of St. Andrews, 1999.
HOUAISS, Antonio, Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, versão eletrônica;
JONES, Floyd, The Septuagint, The Bible for Today, Collingswood, NJ, 1995.
JONES, Floyd, The Septuagint: A Critical Analysis, 6a Edição Revisada e Aumentada, KingsWord Press, The Woodlands, Texas, 2000.
KINNEY, Will, No LXX, Disponível em: [http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXOne.html] e [http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXTwo.html] e [http://www.geocities.com/brandplucked/NoLXXThree.html]. Acesso em: 13 out. 2006.
LIDDELL, Henry George; SCOTT, Robert, A Greek-English Lexicon, electronic version;
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SPARGIMINO, Larry, Mitos Sobre a Septuaginta e Traduções Modernas, trad. W. Janzen, Disponível em: [http://apologetic.waetech.com.br/Septuaginta.htm]. Acesso em: 13 out. 2006.
STRONG, James LL.D., S.T.D, Strong's Concordance of the Whole Bible, Abingdon, Nasville, EUA, 1981.
1 L = 50, X = 10, X = 10, formado 70.2 Algo realmente surpreendente é não ter sido escolhido o título de LXXII, o que seria, com certeza, mais apropriado à lenda.

Este artigo foi escrito por Walter Andrade Campelo, extraído do site Luz Para o Caminho, sob permissão do autor.

sexta-feira, maio 11, 2007

As Grandes Traduções da Biblia.









A Bíblia foi escrita principalmente em dois idiomas, Hebraico e Grego e uma pequena porção em Aramaico. Com o avanço do cristianismo, desde cedo começaram a produzir traduções para outras línguas, como o siríaco, copta e latim. A Latina Antiga foi revisada pelo "Pai da Igreja" Jerônimo, a partir de manuscritos do hebraico e grego, também utilizou a versão grega do Antigo Testamento, chamada Septuaginta, essa revisão resultou a famosa Vulgata(Bíblia do Povo) e se tornou a Biblia oficial da Igreja católica.


Porém o "boom" das traduções começou com a Reforma Protestante. A partir do texto grego do Novo Testamento feito por Erasmo de Roterdan, feito a partir do milhares de manuscritos existentes, em especial alguns códices gregos e manuscritos, que eram considerados os melhores por Erasmo, publicando então o Textus Receptus(Texto Recebido). Com o texto grego de Erasmo e o texto Massorético do Antigo(copiado por eruditos judeus) , Lutero publicou a Bíblia(Novo Testamento) em 1534. Na Espanha, a tradução espanhola Reina-Valera foi publicada em 1569. Na Inglaterra a King James Version(Versão do rei Tiago) ou Authorized Version(Versão Autorizada) , foi feita em conjunto por puritanos e anglicanos a partir de traduções já existentes como a de Tyndale(reformador inglês), a Biblia dos Bispos e a de Genebra. A King james Version foi um verdadeiro monumento da língua inglesa, muitos a consideram como a melhor tradução já feita, e a meu ver merece destaque também a de Lutero, que praticamente unificou o idioma alemão e deu base para a educação germânica.


É claro que não podia faltar a tradução de João ferreira de Almeida, que até hoje é a mais querida tradução na lingua portuguesa, sendo até hoje a mais vendida.


Que Deus possa conceder a Sua benção a todos os que guardam a Sua Palavra na lingua materna.

Papa no Brasil: Crise da ICR?


O mundo católico, em especial,o Brasil , está agitado nesses dias devido a visita do Papa Bento XVI, que ficará até domingo no país.

Uma das preocupações do "Sumo Pontífice" é sobre a canonização de frei Galvão como o primeiro "santo" brasileiro, que deve a essa hora, já estar no témino ou já houve a finalização. Todavia, os motivos do Papa Bento também são outros como o crescimento de evangélicos no Brasil demonstrando que a igreja de Roma está perdendo espaço(membros) na terra tupiniquim.

Bento XVI foi inicialmente taxado como o "Inquisidor" linha dura, porém logo que assumiu o papado falou de si mesmo como sendo "incapaz", por isso dependia exclusivamente de Deus, mostrou firmeza na doutrina, não cedendo a nehum tipo de pressão para aceitar a legalização do aborto ou prática do sexo antes do casamento. Também afirma com vigor os valores bíblicos da familia como benção na humanidade.

Ainda que Bento demonstre ortodoxia em muitos pontos, ser um teólogo inteligente e mais destacado(teologicamente) do que João Paulo II, ainda carrega o titulo de Pontifex Maximus,"Infalível" e "Vossa Santidade", desvirtuando e contradizendo o Livro que ele afirma defender, no caso, as Sagradas Escrituras, e outras desvirtuações, como idolatria, mediação de santos para se chegar a Deus e as tradições no mesmo nível que a Bíblia.

A Bíblia é muito clara com relação ao que Deus pensa da idolatria (Ex 20:4), só existe um mediador entre Deus e os homens(1 Tm 2:5), as tradições não estão acima da Palavra de Deus ( 1 Tm 3:16, Cl 2:8). Tudo isso e muitos outros versiculos comprovam que Roma tem muito que aprender, não aos pés de um Pontifex Maximus, mas aos pés do próprio Cristo.

Como cristãos protestantes, devemos continuar pregando o Evangelho Fiel e orando por todo o nosso país que ainda não conhece o Senhor Jesus.

quinta-feira, maio 10, 2007

Qual Jesus?


"Quisera eu me suportásseis um pouco mais na minha loucura. Suportai-me, pois. Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11.1-4)."Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo" (Marcos 8.29)."Irmão, eu não estou interessado em qualquer conversa sobre doutrinas que nos dividam. A única coisa que me importa saber é se alguém ama a Jesus. Se ele me diz que ama a Jesus, não me interessa a qual igreja vai; eu o considero meu irmão em Cristo." Naquele momento, não me pareceu que fosse a hora e o lugar certo para argumentar com a pessoa que dizia isso. No entanto, eu me senti compelido a fazer uma pergunta para ela antes que a conversa se encerrasse: "Quando você fala com alguém que lhe diz amar a Jesus, você nunca lhe pergunta: ‘Qual Jesus?'"Após um breve momento de reflexão, tal pessoa me respondeu que nunca faria tal pergunta. "Não seria simpático".Sempre que visito alguns amigos de um outro estado, há um homem que me esforço em encontrar. Ele é a alegria em pessoa, um dos homens mais amigáveis que conheço. Mesmo sendo um muçulmano consagrado, ele se declara ecumênico, e orgulha-se do fato de compartilhar algumas das crenças tanto dos judeus como dos cristãos. Ocasionalmente ele freqüenta uma igreja com um de meus amigos e de fato aprecia a experiência e a comunhão. Certa vez em um restaurante, ele estava expondo o seu amor por Jesus para mim e nossos amigos cristãos, e encerrou a sua declaração com as seguintes palavras: "Se eu pudesse rasgar a minha carne de tal maneira que todos vocês entrassem em meu coração, vocês saberiam o quanto eu amo a Jesus." Os sentimentos que envolveram suas palavras foram impressionantes; na verdade, é incomum ouvir este tipo de declaração tão devotada, até mesmo em círculos cristãos.Estamos falando da mesma pessoa?Voltando agora para o meu dilema inicial. Eu estava admirando a expressão de amor de meu amigo quando um pensamento preocupante tomou conta de mim: Qual Jesus? Um breve conflito mental aconteceu. Pensei se eu devia ou não lhe fazer tal pergunta. Minhas palavras, no entanto, saíram antes que minha mente tomasse uma decisão. "Fale-me sobre o Jesus que você ama." Meu amigo muçulmano nem hesitou: "Ele é o mesmo Jesus que você ama." Antes de me tornar muito "doutrinário" com meu amigo, achei que deveria mostrar-lhe como era importante definirmos se estávamos realmente falando sobre o mesmo Jesus.Eu usei o seu vizinho, que é um grande amigo nosso, como exemplo. Ele e eu realmente amamos esse cidadão. Depois de concordarmos sobre nossos sentimentos mútuos, eu comecei a dar uma descrição das características físicas de nosso amigo comum: "Ele tem um metro e setenta de altura, é totalmente careca, pesa mais ou menos uns 150 quilos e usa um brinco em sua orelha esquerda..." Na verdade, eu não pude ir muito longe, pois logo algumas objeções foram feitas. "Espere aí... ele tem quase dois metros, eu gostaria de ter todo o cabelo que ele tem, e ele é o homem mais magro que eu conheço!" Meu amigo acrescentou que certamente não estávamos falando sobre a mesma pessoa. "Mas isto realmente faz alguma diferença?", perguntei. Ele me olhou com incredulidade. "Mas é claro que faz! Eu não tenho um vizinho que se encaixa com a sua descrição. Talvez você esteja falando de uma outra pessoa, mas não de meu bom vizinho e amigo." Então destaquei o fato de que se nós verdadeiramente aceitássemos a descrição que eu acabara de dar, certamente não estávamos falando da mesma pessoa. Ele concordou.A seguir continuei descrevendo o Jesus que eu conhecia. "Ele foi crucificado e morreu na cruz pelos meus pecados. O Jesus que você conhece fez o mesmo?""Não, Alá o levou para o céu logo antes da crucificação. Judas é quem morreu na cruz.""O Jesus que eu conheço é o próprio Deus, que se tornou homem. O seu Jesus é assim?"Ele negou com a cabeça e disse: "Não, Alá é o único Deus. Jesus foi um grande profeta, mas somente um homem." A discussão prosseguiu a respeito das muitas características que a Bíblia atribui a Jesus. Em quase todos os casos, meu amigo muçulmano tinha uma perspectiva diferente. Mesmo mantendo-se convencido de que ele tinha o ponto de vista correto sobre Jesus, o fato de que nossas convicções contraditórias não podiam ser reconciliadas pareceu reduzir o seu zelo em proclamar o seu amor por Jesus.Discussão doutrinária é sectarismo?Alguns enxergam este meu questionamento como algo não amoroso – como uma prova do sectarismo que a discussão doutrinária produz. Eu o vejo como uma tentativa de clarear o caminho para que meu amigo tenha um relacionamento genuíno com o único Salvador verdadeiro, o nosso Senhor Jesus Cristo – não com alguém que ele ou outros homens, intencionalmente ou não, têm imaginado ou inventado.Doutrinas, simplesmente, são ensinamentos. Elas podem ser verdadeiras ou falsas. Uma doutrina verdadeira não pode ser divisiva de maneira prejudicial; esta característica se aplica somente a ensinos falsos. "Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles" (Rm 16.17; veja também Rm 2.8-9). Jesus, que é a Verdade, só pode ser conhecido em verdade e somente por aqueles que buscam a verdade (Jo 14.6; 18.37; 2 Ts 2.13; Dt 4.29). O próprio Cristo causou divisão (Mt 10.35; Jo 7.35; 9.16; 10.19), divisão entre a verdade e o erro (Lc 12.51)."Qual Jesus?" é uma pergunta importantíssima para todo crente em Cristo. Nós deveríamos primeiro nos questionar, testar nossas próprias crenças sobre Jesus (2 Co 13.5; 1 Ts 5.21). Incompreensões sobre o Senhor inevitavelmente se tornam obstáculos em nosso relacionamento com Ele. A avaliação também pode ser vital com respeito à nossa comunhão com aqueles que se dizem cristãos. Recentemente, durante uma rápida viagem aérea, um dos meus amigos, preocupado o suficiente, fez algumas perguntas cruciais à pessoa próxima a ele sobre o relacionamento dela com Jesus. Mesmo tendo confessado ser um cristão, participando há quatro anos de uma comunidade cristã, essa pessoa na verdade não conhecia a Jesus nem entendia o evangelho da Salvação. Meu amigo o levou ao Senhor antes que o avião aterrizasse.A "unidade cristã"Com muita freqüência, frases parecidas com "nós teremos comunhão com qualquer um que confessar o nome de Cristo", estão sensivelmente impregnadas de camuflagens ecumênicas. O medo de destruir a unidade domina os que levam a sério este tipo de propaganda antibíblica, até mesmo ao ponto de desencorajar qualquer menor interesse em lutar pela fé. Surpreendentemente, "a unidade cristã" agora inclui a colaboração para o bem moral da sociedade com qualquer seita "que confessa o nome de Jesus.""Jesus", o irmão de LúciferOs ensinamentos heréticos sobre Jesus incluem todo tipo inimaginável de idéias sem base bíblica. O "Jesus Cristo" dos mórmons, por exemplo, não poderia estar mais longe do Jesus da Bíblia. O Jesus inventado por Joseph Smith, que a seguir inspirou o nome de sua igreja, é o primeiro filho de Elohim, tal como todos os humanos, anjos e demônios são filhos espirituais de Elohim. Este Jesus mórmon se tornou carne através de relações físicas entre Elohim (Deus, o Pai, o qual tinha um corpo físico) e a virgem Maria. O Jesus mórmon é meio-irmão de Lúcifer. Ele veio à terra para se tornar um deus. Sua morte sacrificial dará imortalidade para qualquer criatura (incluindo animais) na ressurreição. No entanto, se uma certa criatura, individualmente, vai passar a sua eternidade no inferno ou em um dos três céus, isto fica por conta de seu comportamento (incluindo o comportamento dos animais)."Jesus", uma idéia espiritualO Jesus Cristo das seitas da ciência da mente (Ciência Cristã, Ciência Religiosa, Escola Unitária do Cristianismo, etc.) não é diferente de qualquer outro ser humano. "Cristo" é uma idéia espiritual de Deus e não uma pessoa. Jesus nem sofreu nem morreu pelos pecados da humanidade, porque o pecado não existe. Ao invés disto, ele ajudou a humanidade a desacreditar que o pecado e a morte são fatos. Esta é a "salvação" ensinada pela tal Ciência Cristã."Jesus ", o arcanjo MiguelAs Testemunhas de Jeová também amam a Jesus, mas não o Jesus da Bíblia. Antes de nascer nesta terra, Jesus era Miguel, o Arcanjo. Ele é um deus, mas não o Deus Jeová. Quando o Jesus deles se tornou um homem, parou então de ser um deus. Não houve ressurreição física do Jesus dos Testemunhas de Jeová; Jeová suscitou o seu corpo espiritual, escondeu os seus restos mortais, e agora, novamente, Jesus existe como um anjo chamado Miguel. A Bíblia promete que, ao morrer um crente em nosso Senhor e Salvador, a pessoa imediatamente estará com Jesus (2 Co 5.8; Fp 1.21-23). Com o Jesus deles, no entanto, somente 144.000 Testemunhas de Jeová terão este privilégio – mas não depois da morte, porque eles são aniquilados quando morrem. Ou seja, eles gastam um período indefinido em um estado inativo e inconsciente; de fato deixam de existir. Minha comunhão com Jesus bíblico, no entanto, é inquebrável e eterna."Jesus", ainda preso numa cruzOs católicos romanos também amam a Jesus. Eu também o amei da mesma forma durante vinte e poucos anos de minha vida, mas ele era muito diferente do Jesus que eu conheço e amo agora. Algumas vezes ele era apenas um bebê ou, no máximo, um garoto protegido pela sua mãe. Quando queria a sua ajuda eu me assegurava rezando primeiro para sua mãe. O Jesus para quem eu oro hoje já deixou de ser um bebê por quase 2000 anos. O Jesus que eu amava como católico morava corporalmente em uma pequena caixa, parecida com um tabernáculo que ficava no altar de nossa igreja, na forma de pequenas hóstias brancas, enquanto que, simultaneamente, morava em milhões de hóstias ao redor do mundo. Meu Jesus, na verdade, é o Filho de Deus ressuscitado corporalmente; Ele não habita em objetos inanimados.O Jesus dos católicos romanos que eu conhecia era o Cristo do crucifixo, com seu corpo continuamente dependurado na cruz, simbolizando, de forma apropriada, o sacrifício repetido perpetuamente na missa e a Sua obra de salvação incompleta. Aproximadamente há dois milênios, o Jesus da Bíblia pagou totalmente a dívida dos meus pecados. Ele não necessita mais dos sete sacramentos, da liturgia, do sacerdócio, do papado, da intercessão de Sua mãe, das indulgências, das orações pelos mortos, do purgatório, etc. para ajudar a salvar alguém. Os católicos romanos dizem que amam a Jesus, mesmo quando se chamam de católicos carismáticos, católicos "evangélicos", ou católicos renascidos, mas na verdade eles amam um Jesus que não é o Jesus bíblico. Ele é "um outro Jesus"."Jesus", o bilionárioAté mesmo alguns que se dizem evangélicos promovem um Jesus diferente. Os chamados pregadores do movimento da fé e da prosperidade promovem um Jesus que foi materialmente próspero. De acordo com o evangelista John Avanzini, cujas roupas chiques refletem o seu ensino, Jesus vestia roupas de marca (uma referência à sua capa sem costura) semelhantes às vestidas por reis e mercadores ricos. Usando uma argumentação distorcida, um pregador do sucesso chamado Robert Tilton declarava que ser pobre é pecado, e já que Jesus não tinha pecado, então, obviamente, ele devia ter sido extremamente rico. O pregador da confissão positiva Fred Price explica que dirige um Rolls Royce simplesmente porque está seguindo os passos de Jesus. Oral Roberts sustenta a idéia de que, pelo fato de terem tido um tesoureiro (Judas), Jesus e Seus discípulos deviam ter muito dinheiro.O "Jesus" do movimento da fé e das igrejas psicologizadasAlém da pregação sobre um Cristo que era materialmente rico, muitos pregadores do movimento da fé, tais como Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, proclamam um Jesus que desceu ao inferno e foi torturado por Satanás a fim de completar a expiação pelos pecados dos homens. Este não é o Jesus que eu conheço e amo.O Jesus de Tony Campolo habita em todas as pessoas. O televangelista Robert Schuller apresenta um Jesus que morreu na cruz para nos assegurar uma auto-estima positiva. Para apoiar sua tese sobre Jesus, psicólogos cristãos e numerosos pregadores evangélicos dizem que Sua morte na cruz prova o nosso valor infinito para com Deus e que isto é a base para nosso valor pessoal. Não somente existe uma variedade enorme de "jesuses" que promovem o ego humano hoje em dia, como também estamos ouvindo em nossas "igrejas" psicologizadas que a verdade sobre Jesus pode não ser tão importante para o nosso bem psicológico do que nossa própria percepção sobre Ele. Esta é a base para o ensino atual do integracionista psicoespiritual Neil Anderson e outros que promovem técnicas não-bíblicas de cura interior. Eles dizem que nós devemos perdoar Jesus pelas situações passadas, nas quais nós sentimos que Ele nos desapontou ou nos feriu emocionalmente. Mas, qual Jesus?ConclusãoA comunhão com Jesus é o coração do Cristianismo. Não é algo que meramente imaginamos, mas é uma realidade. Ele literalmente habita em todos que colocam nEle a sua fé como Senhor e Salvador (Cl 1.27; Jo 14.20; 15.4). O relacionamento que temos com Ele é ao mesmo tempo subjetivo e objetivo. Nossas experiências pessoais genuínas com Jesus estão sempre em harmonia com a Sua Palavra objetiva (Is 8.20). O Seu Espírito nos ministra a Sua Palavra, e este conhecimento é o fundamento para nossa comunhão com Ele (Jo 8.31; Fp 3.8). Nosso amor por Ele é demonstrado e aumenta através de nossa obediência aos Seus mandamentos; nossa confiança nEle é fortalecida através do conhecimento do que Ele revela sobre Si mesmo (Jo 14.15; Fp 1.9). Jesus disse: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (Jo 18.37). Na proporção em que nós crentes aceitarmos falsas doutrinas sobre Jesus e Seus ensinamentos, também minaremos nosso relacionamento vital com Ele.Nada pode ser melhor nesta terra do que a alegria da comunhão com Jesus e com aqueles que O conhecem e são conhecidos por Ele. Por outro lado, nada pode ser mais trágico do que alguém oferecer suas afeições para outro Jesus, inventado por homens e demônios. Nosso Senhor profetizou que muitos cairiam na armadilha daquela grande sedução que viria logo antes de Seu retorno (Mt 24.23-26). Haverá muitos que, por causa de sinais e maravilhas, como são chamados, feitos em Seu nome, se convencerão de que conhecem a Jesus e O estão servindo. Para estes, um dia, Ele falará estas solenes palavras: "...Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade" (Mt 7.23). Mesmo que sejamos considerados divisivos por perguntarmos "Qual Jesus?", entendam que este pode ser o ministério mais amoroso que podemos ter hoje em dia. Porque a resposta desta pergunta traz conseqüências eternas. (TBC 2/95 – traduzido por Ebenezer Bittencourt)Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, Fevereiro de 1998. (foto: extraída do site jesussite.com.br)

A Familia Cristã

“Deixará o homem seu pai e sua mãe para se unir com sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa” (Gn 2:24).
DEUS instituiu a família para que o lar fosse um lugar de portas abertas, o qual fosse praticados o amor, a bondade, a misericórdia, o perdão e a fé. Sendo o lar um santuário, lugar de adoração, tão bom que dá vontade de voltar, um verdadeiro refúgio em tempo de tempestade. Nossa casa tem que ser um pedacinho do céu.
Um dos princípios mais importantes e infalíveis para manter uma família unida é o perdão, porém o perdão não funciona sem o amor.
O amor de DEUS está derramado em nossos corações através do ESPÌRITO SANTO (Rm 5:5) a partir daí você tem capacidade de amar. O próximo passo é aprender a perdoar, tendo a certeza que o perdão é transformador e gratificante, é uma forma de crescer. Quando você ama, você é capaz de perdoar.
Para que uma família pudesse chegar a uma harmonia (a um pedacinho do céu) DEUS criou um papel para o homem e para a mulher no lar. ”Porque o marido é o cabeça da mulher, como também CRISTO é o cabeça da igreja, sendo este o salvador do corpo” (Ef 5:23).Em seguida: “Marido, ame sua esposa assim como CRISTO amou a Igreja e deu Sua vida por ela” (Ef 5:25). A única maneira de ser o cabeça da família é amando, porque aquele que não ama, pisa e destrói. O alvo é ter o amor de CRISTO. A submissão deve ser encarada como uma sub-missão, ou seja, missão base, missão de apoio, de alicerce. O marido deve conduzir, mas tudo precisa ser bem conversado com esposa e filhos. Ele precisa cuidar da vida espiritual do casal assim como a proteção de todos, e cuidar de sua esposa com respeito (delicadeza) também é de grande importância como podemos ler em 1Pedro 3:7 “Marido, na vida em comum com a esposa, reconheça que a mulher é o sexo mais fraco e que por isso deve ser tratada com respeito. Porque a esposa também vai receber junto com você, o dom da vida, que é dado por DEUS. Aja assim para que nada atrapalhe as orações”. A esposa deve respeitar e amar seu marido e filhos (Tito 2:4) “As mulheres aprendam a amar o marido e o filho”. Em Provérbios 31:10,11 diz: “Como é difícil encontrar uma boa esposa! Ela vale mais do que pedras preciosas. O seu marido confia nela e nunca ficará pobre”. Este versículo mostra a importância da honestidade da mulher na administração da casa.
Muitas vezes os filhos ficam chateados com seus pais por eles chamarem atenção, disciplinar é a palavra, porém esse é o dever dos pais, eles amam seus filhos e tem mais experiência na vida, por isso, um conselho dos pais vale muito. O SENHOR nos fala em Provérbios 1:8,9 o seguinte: “ Meu filho escute o que seu pai ensina e preste atenção no que sua mãe diz. Os ensinamentos deles vão aperfeiçoar o seu caráter, assim como um belo turbante ou colar melhoram a sua aparência”. Em Efésios 6:1-4 segue essas palavras: ”Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à sua mãe, pois isto é certo. Como dizem as escrituras “Faça isso a fim de que tudo corra bem para você, e você viverá muito tempo na terra”. Em Efésios capítulo 6 versículo 4 o SENHOR diz aos pais para não tratarem seus filhos de maneira que os irritem e sim criá-los com disciplina e nos ensinamentos cristãos.
Mesmos cristãos não estão livres de problemas (tribulações) na família. Segundo diz em Rm 5:3 “Nos alegramos nos sofrimentos (tribulações), pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência”. A tribulação produz perseverança, paciência, daí como resultado, a experiência. A diferença de quem tem a vida pautada na rocha (Palavra de Deus) para quem não tem, é que nós cristãos sempre sobrevivemos às tribulações! VEJA VOCÊ MESMO EM LUCAS 6:47-49.
DEUS nos disciplina através de sua palavra nos mostrando o caminho a qual devemos seguir, ELE faz isso por amor. Assim como temos um diálogo com DEUS (a oração), pais e filhos precisam manter um diálogo, e isso os torna mais próximos.
“A família é o espaço aonde o AMOR se aventura na guerra contra o egoísmo, o orgulho e a falsidade”.
Afinal, você leitor, já expressou hoje seu amor por seus familiares?
João Neto e Priscila Soares