
Uma das doutrinas mais contundentes da reforma, depois dos Sola, sem dúvida alguma é a do sacerdócio de todos os crentes. A primeira vista essa doutrina parece simples e banal, principalmente nos dias de hoje. Mas foi revolucionária na história do protestantismo,e hoje mais do que nunca, essa doutrina precisa ser revivida na memória dos crentes.
A doutrina do sacerdócio de todos os crentes afirma que cada fiel é capaz de interpretar a Bíblia por si mesmo, com o auxilio(iluminação, direção, testemunho) do Espírito Santo, sem necessidade de mediadores. Na idade média quem detinha o conhecimento e interpretação era a instituição estabelecida, ou seja, a igreja católica-romana. O fiel necessitava da igreja para entender a Bíblia. Com o passar do tempo a igreja acabou sendo de certa forma uma mediadora entre Deus e os homens, substituindo o lugar da Bíblia e até mesmo do próprio Cristo.
Com o advento da reforma tudo mudou, e a partir de agora, o fiel teria a capacidade de aprender a palavra de Deus por si mesmo com o auxilio do Espírito Santo. Essa, certamente foi uma das doutrinas que mais abalou Roma, que possuía um controle fortíssimo sobre a consciência dos cristãos da época.
Todavia com essa doutrina, o tiro pode certamente sair pela culatra. Se todos podem interpretar a Bíblia, como saber se uma interpretação é correta ou não? Haja vista que há muitos casos de interpretação forçada ou errada da palavra, muitas vezes com consequências gravíssimas para a saúde espiritual dos crentes. Diante desse fato, o que fazer? É aí que entra o papel do pastor/líder na congregação.
Em nenhum momento a doutrina do sacerdócio de todos os crentes busca denegrir o papel do pastor na congregação. Pelo contrário, o papel dos pastores são fundamentais,pois são ministros de Deus treinados na Palavra com o intuito de edificar os crentes. A principal diferença nessa doutrina é que ao invés do crente ser meramente um ouvinte passivo e dependente do conhecimento do clero, ele é um investigador, que pensa por si mesmo, tendo a mente totalmente cativa por Deus e pela sua Palavra, orientado pelo Espírito Santo, ele é um exemplo de crente bereiano, que apear de respeitar o pregador, confere se suas palavras estão de acordo com a Palavra de Deus.
Diante desse fato, não custa nada perguntar: Ainda há o sacerdócio de todos os crentes? Muitos crentes estão cada vez mais deixando-se envolver por pastores e líderes heréticos, sem um mínimo de compromisso com Deus. Tais pessoas acabam defendendo e lutando por uma pessoas e não pela causa do evangelho, e certamente isto é por demais anti-bíblico. Líderes compromissados com a Palavra devem buscar dar alimento sólido pra o rebanho, produzindo um laicato fortalecido e vibrante pela causa do Senhor. Se os crentes não buscarem este auxilio juntamente com o Espírito Santo,e se não existirem líderes compromissados com a palavra para ensina-los, então a saudade e a pergunta sobre um lugar prevalecerão: Onde estás, ó Beréia?
Soli Deo Gloria
A doutrina do sacerdócio de todos os crentes afirma que cada fiel é capaz de interpretar a Bíblia por si mesmo, com o auxilio(iluminação, direção, testemunho) do Espírito Santo, sem necessidade de mediadores. Na idade média quem detinha o conhecimento e interpretação era a instituição estabelecida, ou seja, a igreja católica-romana. O fiel necessitava da igreja para entender a Bíblia. Com o passar do tempo a igreja acabou sendo de certa forma uma mediadora entre Deus e os homens, substituindo o lugar da Bíblia e até mesmo do próprio Cristo.
Com o advento da reforma tudo mudou, e a partir de agora, o fiel teria a capacidade de aprender a palavra de Deus por si mesmo com o auxilio do Espírito Santo. Essa, certamente foi uma das doutrinas que mais abalou Roma, que possuía um controle fortíssimo sobre a consciência dos cristãos da época.
Todavia com essa doutrina, o tiro pode certamente sair pela culatra. Se todos podem interpretar a Bíblia, como saber se uma interpretação é correta ou não? Haja vista que há muitos casos de interpretação forçada ou errada da palavra, muitas vezes com consequências gravíssimas para a saúde espiritual dos crentes. Diante desse fato, o que fazer? É aí que entra o papel do pastor/líder na congregação.
Em nenhum momento a doutrina do sacerdócio de todos os crentes busca denegrir o papel do pastor na congregação. Pelo contrário, o papel dos pastores são fundamentais,pois são ministros de Deus treinados na Palavra com o intuito de edificar os crentes. A principal diferença nessa doutrina é que ao invés do crente ser meramente um ouvinte passivo e dependente do conhecimento do clero, ele é um investigador, que pensa por si mesmo, tendo a mente totalmente cativa por Deus e pela sua Palavra, orientado pelo Espírito Santo, ele é um exemplo de crente bereiano, que apear de respeitar o pregador, confere se suas palavras estão de acordo com a Palavra de Deus.
Diante desse fato, não custa nada perguntar: Ainda há o sacerdócio de todos os crentes? Muitos crentes estão cada vez mais deixando-se envolver por pastores e líderes heréticos, sem um mínimo de compromisso com Deus. Tais pessoas acabam defendendo e lutando por uma pessoas e não pela causa do evangelho, e certamente isto é por demais anti-bíblico. Líderes compromissados com a Palavra devem buscar dar alimento sólido pra o rebanho, produzindo um laicato fortalecido e vibrante pela causa do Senhor. Se os crentes não buscarem este auxilio juntamente com o Espírito Santo,e se não existirem líderes compromissados com a palavra para ensina-los, então a saudade e a pergunta sobre um lugar prevalecerão: Onde estás, ó Beréia?
Soli Deo Gloria