
Depois de vários meses e muita expectativa, a noite desta quinta-feira(23/04) anunciava a vitória do pastor José Wellington como o presidente da CGADB. Tal fato foi surpresa para alguns, alegria para outros e escândalo para muitos. Essa foi uma das convenções mais comentadas dos últimos anos, quer seja na internet, rádio e televisão. Depois de tudo isso, cabe agora umas considerações finais.
As propagandas eleitorais.
Não há dúvida do empenho e das propagandas eleitorais que ocorreram nos últimos meses, quer seja deste ou daquele candidato. Tais propagandas, de tão ferrenhas, criavam disputas e rivalidades acirradas entre os dois partidos, muitas vezes tendendo para a carnalidade total. Boatos, mexericos e intrigas rondavam esta AGO em Vitória, muito antes da eleição.
O Desenrolar da eleição
Apesar de não ser profeta ou filho de profeta, já era mais que evidente que esta eleição teria a (infelizmente) já tradicional pitada de pecados, meninices e carnalidades, todavia, creio que o resultado desta eleição foi bem menos polêmico do que a da anterior. Porque digo isto: simples, há poucas acusações (pelo menos por enquanto) neste pós-eleição, há uns boatos aqui aqui e ali, mas estes são extremamente rasos. O que há do lado que perdeu a eleição é de certa forma uma revolta(algo totalmente compreensível) e não conformismo. Além de, é claro, muito choro.
Do lado vencedor alegrias, muitas expectativas e certo silêncio.
Na blogosfera já surgiram mesmo novas(e justas) cobranças para a atual administração. Fica agora a pergunta: E agora José?[1]
Análise dos resultados e a expectativa para o futuro.
a) Wellington: O Touro Indomável?
Não creio. Os poucos votos que fizeram a diferença a favor de Wellington possivelmente vieram de pessoas que, mesmo achando que ele não seria o ideal, pelo menos era o melhor que a situação apresentava. Não há como Wellington ficar mais tempo do que este quadriênio na frente da CGADB. Não há dúvidas de seus talentos(e seus defeitos), mas não há como permanecer mais do que isso. Ainda assim, creio as pressões não diminuirão, pelo contrário, só irão crescer em torno dele e de sua equipe. E isso é extremamente plausível e necessário. Não adianta buscar ser "conservador" defendendo a tal "identidade assembleiana" sendo incoerente e contraditório. Que adianta defender e afirmar prezar pela sabedoria bíblica aprovando o GMUH e abençoando Paulo Roberto? Tais questões precisam ser revistas urgentemente. A CGADB passará por grandes mudanças? Ouso dizer que não, mas por certo este quadriênio vai ser diferente, ainda que tal diferença seja sutil. Que Deus possa auxiliar o presidente da CGADB e quele seja instrumento de um maior dinamismo institucional, que também aprenda com e abandone seus erros. Que a fidelidade à Palavra seja reconhecida.
b) Câmara, o Injustiçado?
Também creio que não. Se houve coerção esta foi pequena ou então bastante ignorada pelos eleitores(se houve jogo de interesses aí é outra história). Não deu desta vez. Mas por certo tal derrota nunca vai ser sinônimo de fracasso total. Muitas vitórias foram alcançadas, vários postos galgados. A própria igreja-mãe é um exemplo disso. Como afirmei em artigo anterior, a despeito de seus erros, não há outra Igreja-Mãe, a não ser a de Belém, quer outros gostem disso ou não, que outros citem isso ou não, nunca alguém pode, ainda que queira, tirar tal "glória" desta congregação. A meu ver, essa é uma das maiores honras (e responsabilidades) que alguém pode ter, pois está cuidando de algo muito precioso e que não pode ser menosprezado, abandonado, ou entregue aos cães e chacais.
O que impediu Câmara não foi sua falta de dotes, disso não há dúvidas que ele possui em grande quantidade. Como também já escrevi, talento, gênio intelectual e dinamismo ministerial ele tem de sobra, além de conhecer a palavra de Deus. O problema não foi esse. Os problemas começaram desde 2007, com a "excomunhão" da revista da CPAD do último trimestre em decorrências de problemas pessoais com um conhecido de juventude. Não havia heresias na revista, mas apenas rixa e problemas pessoais, no quais os membros da igreja em Belém não tinham nada haver com a história. As alianças "Salomônicas" com Jorge Tadeu e a participação deplorável de Marco Feliciano. em festas e aniversários da igreja, pessoas que em nada contribuíem para uma divulgação sadia do Evangelho. Fora a pressa. Se tivesse esperado para se candidatar não nessa, mas na próxima eleição, o resultado poderia ser diferente. para muitos, inclusive adversários, como no dizer dos filmes, "você era o escolhido". Se deixou de ser a esperança de uma geração, há um motivo para tal.
Como ovelha,em eu conselho, só posso dizer: é necessário descansar, relaxar, ficar com a família. Neste período também fazer uma auto-análise de possíveis erros e acertos, em todos os sentidos. Arrependa-se quando necessário, e busque ficar acima de tudo em sintonia com a Palavra de Deus, que, eu sei, o senhor conhece muito bem. lembrando que, quem quis que Wellington ganhasse não foi simplesmente os votos e os interesses particulares, foi aquele que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade(Ef 2:11b).
O futuro de certa forma será desconhecido. Muita água jorra em quatro anos. há muitas especulações, pois o pastor Silas Malafaia foi eleito o vice. Muitos especulam senão haverá uma rivalidade existente entre ambos. Talvez rivalidade seja algo muito forte a ser dito, mas tensão é provável que haja, se em grande ou pequena escala, só o tempo nos dirá.
Com isso, fecho o ciclo de artigos sobre a CGADB 2009. Como já tinha planejado antes, volto aos temas mais teológicos e apologéticos. Claro que, quando houver necessidade, falarei, se Deus me permitir, sobre a tão falada política( ou politicagem) eclesiástica.
Que Deus abençoe os eleitos e que possa instruir , orientar e consolar os corações daqueles que não foram.
Soli Deo Gloria
Nota:
[1] o pastor Newton Carpinteiro possui um excelente artigo com o nome 'E Agora José?", que vale a pena ser lido.
As propagandas eleitorais.
Não há dúvida do empenho e das propagandas eleitorais que ocorreram nos últimos meses, quer seja deste ou daquele candidato. Tais propagandas, de tão ferrenhas, criavam disputas e rivalidades acirradas entre os dois partidos, muitas vezes tendendo para a carnalidade total. Boatos, mexericos e intrigas rondavam esta AGO em Vitória, muito antes da eleição.
O Desenrolar da eleição
Apesar de não ser profeta ou filho de profeta, já era mais que evidente que esta eleição teria a (infelizmente) já tradicional pitada de pecados, meninices e carnalidades, todavia, creio que o resultado desta eleição foi bem menos polêmico do que a da anterior. Porque digo isto: simples, há poucas acusações (pelo menos por enquanto) neste pós-eleição, há uns boatos aqui aqui e ali, mas estes são extremamente rasos. O que há do lado que perdeu a eleição é de certa forma uma revolta(algo totalmente compreensível) e não conformismo. Além de, é claro, muito choro.
Do lado vencedor alegrias, muitas expectativas e certo silêncio.
Na blogosfera já surgiram mesmo novas(e justas) cobranças para a atual administração. Fica agora a pergunta: E agora José?[1]
Análise dos resultados e a expectativa para o futuro.
a) Wellington: O Touro Indomável?
Não creio. Os poucos votos que fizeram a diferença a favor de Wellington possivelmente vieram de pessoas que, mesmo achando que ele não seria o ideal, pelo menos era o melhor que a situação apresentava. Não há como Wellington ficar mais tempo do que este quadriênio na frente da CGADB. Não há dúvidas de seus talentos(e seus defeitos), mas não há como permanecer mais do que isso. Ainda assim, creio as pressões não diminuirão, pelo contrário, só irão crescer em torno dele e de sua equipe. E isso é extremamente plausível e necessário. Não adianta buscar ser "conservador" defendendo a tal "identidade assembleiana" sendo incoerente e contraditório. Que adianta defender e afirmar prezar pela sabedoria bíblica aprovando o GMUH e abençoando Paulo Roberto? Tais questões precisam ser revistas urgentemente. A CGADB passará por grandes mudanças? Ouso dizer que não, mas por certo este quadriênio vai ser diferente, ainda que tal diferença seja sutil. Que Deus possa auxiliar o presidente da CGADB e quele seja instrumento de um maior dinamismo institucional, que também aprenda com e abandone seus erros. Que a fidelidade à Palavra seja reconhecida.
b) Câmara, o Injustiçado?
Também creio que não. Se houve coerção esta foi pequena ou então bastante ignorada pelos eleitores(se houve jogo de interesses aí é outra história). Não deu desta vez. Mas por certo tal derrota nunca vai ser sinônimo de fracasso total. Muitas vitórias foram alcançadas, vários postos galgados. A própria igreja-mãe é um exemplo disso. Como afirmei em artigo anterior, a despeito de seus erros, não há outra Igreja-Mãe, a não ser a de Belém, quer outros gostem disso ou não, que outros citem isso ou não, nunca alguém pode, ainda que queira, tirar tal "glória" desta congregação. A meu ver, essa é uma das maiores honras (e responsabilidades) que alguém pode ter, pois está cuidando de algo muito precioso e que não pode ser menosprezado, abandonado, ou entregue aos cães e chacais.
O que impediu Câmara não foi sua falta de dotes, disso não há dúvidas que ele possui em grande quantidade. Como também já escrevi, talento, gênio intelectual e dinamismo ministerial ele tem de sobra, além de conhecer a palavra de Deus. O problema não foi esse. Os problemas começaram desde 2007, com a "excomunhão" da revista da CPAD do último trimestre em decorrências de problemas pessoais com um conhecido de juventude. Não havia heresias na revista, mas apenas rixa e problemas pessoais, no quais os membros da igreja em Belém não tinham nada haver com a história. As alianças "Salomônicas" com Jorge Tadeu e a participação deplorável de Marco Feliciano. em festas e aniversários da igreja, pessoas que em nada contribuíem para uma divulgação sadia do Evangelho. Fora a pressa. Se tivesse esperado para se candidatar não nessa, mas na próxima eleição, o resultado poderia ser diferente. para muitos, inclusive adversários, como no dizer dos filmes, "você era o escolhido". Se deixou de ser a esperança de uma geração, há um motivo para tal.
Como ovelha,em eu conselho, só posso dizer: é necessário descansar, relaxar, ficar com a família. Neste período também fazer uma auto-análise de possíveis erros e acertos, em todos os sentidos. Arrependa-se quando necessário, e busque ficar acima de tudo em sintonia com a Palavra de Deus, que, eu sei, o senhor conhece muito bem. lembrando que, quem quis que Wellington ganhasse não foi simplesmente os votos e os interesses particulares, foi aquele que faz todas as coisas segundo o conselho da Sua vontade(Ef 2:11b).
O futuro de certa forma será desconhecido. Muita água jorra em quatro anos. há muitas especulações, pois o pastor Silas Malafaia foi eleito o vice. Muitos especulam senão haverá uma rivalidade existente entre ambos. Talvez rivalidade seja algo muito forte a ser dito, mas tensão é provável que haja, se em grande ou pequena escala, só o tempo nos dirá.
Com isso, fecho o ciclo de artigos sobre a CGADB 2009. Como já tinha planejado antes, volto aos temas mais teológicos e apologéticos. Claro que, quando houver necessidade, falarei, se Deus me permitir, sobre a tão falada política( ou politicagem) eclesiástica.
Que Deus abençoe os eleitos e que possa instruir , orientar e consolar os corações daqueles que não foram.
Soli Deo Gloria
Nota:
[1] o pastor Newton Carpinteiro possui um excelente artigo com o nome 'E Agora José?", que vale a pena ser lido.