
Hoje, pela graça de Deus, minha denominação completa 98 anos de existência. Nesse período, incontáveis bençãos foram derramadas e incontáveis vezes o nome de Nosso Senhor foi glorificado. Isso desde o início da igreja, em 1911; constituída de alguns pequenos "rebeldes" oriundos da até então jovem
Primeira Igreja Batista de Belém.

Um marco na história do cristianismo brasileiro, a Assembléia de Deus, mais do que ninguém, contribuiu para o conhecimento salvífico de nosso Senhor e Salvador Cristo Jesus mesmo em meio as mais diversas perseguições, tribulações e angústias. Assim como o resto do pentecostalismo, os crentes eram vistos em muitas situações, como merecedores de verdadeiro ódio, desconfiança e acusados de fanatismo.
O zelo dos pioneiros, assim como o seu suor, não pode ser esquecido.

"Abandonando" suas terras, os jovens missionários Daniel Gustav Högberg e Adolf Gunnar Vingreen atentaram apenas para uma coisa: Jesus Cristo e este crucificado. Pelo fruto de seu sofrimento, juntamente com a piedade de seus sucessores, homens piedosos como Nels Nelson e Samuel Nyström, alegres como Francisco Pereira do Nascimento e zelosos como Alcebíades Pereira dos Vasconcelos e tantos os outros, podemos com alegria dizer: Somos assembleianos!
Mas até que pontos eles diriam isto de nós?
Um legado esquecido?Não podemos cair no erro de romantizar a nossa história (apesar de muito romance autêntico, no melhor sentido da palavra, existir nela). A assembléia de Deus também possuiu certos erros em seu crescimento, que com o passar do tempo foram ficando cada vez mais acentuados. porém jamais poderemos dizer que tais erros sobrepujaram o poder de Deus em nossas congregações.
Porém seria esta denominação como era antigamente? Não estou me referido com isso ao longo cabelo das mulheres, nem tampouco ao jeito de pregar dos homens. A pergunta que faço é: estamos indo nos mesmos passos bíblicos dos pioneiros? estamos seguindo a sua piedade, o seu carinho ou o seu zelo? tais perguntas servem tanto para membros quanto para líderes.
Hoje, nossos bancos de igreja estão cheios de pessoas que aprenderam evangelizar com outras denominações, e priorizam mais métodos pragmáticos pois não conhecem a santidade de Deus e a depravação humana revelada nos capítulos de Romanos. Prioriza-se hoje eventos que nada mais trazem é apetite e satisfação egocêntrica do que arrependimento e confissão de pecados. Somos mais soft, mais engajados, mais políticos e mais... civilizados.
Será que hoje olhamos para estes homens, que trilharam um caminho antes de nós e dizemos: "oh sim, foram ótimos em sua época, mas os tempos mudaram...". gostaria apenas de saber se o Deus deles mudou, assim também como sua Palavra.
Nomes como o de Vingreen e Berg são doces em nossa boca. Mas se realmente engolíssemos esse nomes e não apenas os mastigássemos, possivelmente sentiríamos queimação visceral, devido a nossa própria incapacidade, ignorância e pecados. Não é a toa que precisamos nos chegar, hoje mais do que nunca, a tais homens para aprender o que realmente é pentecostalismo.
Uma liderança esquecida?
Nenhum prioneiro era perfeito, isso também equivale dizer de suas lideranças. Todavia, se chamarmos Nels Nelson de ladrão e avarento, possivelmente iremos para a fogueira. Sinceramente creio que com toda a razão.
Porém cada vez mais vemos uma liderança eclesiástica à beira do abismo, pelo simples fato de se esquecerem do Nome do Senhor Jesus Cristo. Talvez seja exagero afirmar que "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus", mas por certo, tal palavra cada vez se torna aplicável a muitos nos dias de hoje. Se temos membros cada vez mais fracos, é porque temos líderes cada vez mais pecadores.
Até quando tal situação insustentável irá existir? Até quando a meninice espiritual irá prevalecer? Creiuo que não adianta somente criticar lider X e elogiar líder Y. É necessário criticar X e Y,esperando que X e Y atentam par seus papéis dentro do alfabeto. Se necessário, atentar para um A, um B e também um C.
Fim ou um novo começo?É necessário uma conscientização bíblica. Principalmente por parte da liderança eclesiástica. Uma conscientização que um dia todos seremos adubos para flores, sendo que a atual geração obviamente, se tornará primeiro do que a minha. Depois disso, só o estado intermediário - isso inclui o de cima ou o debaixo - só a ressureição - para a vida ou para a morte, para o trono barnco ou o tribunal de Cristo. É por demais necessário atentar para a geração futura e investir o máximo possível nela com Bíblia e teologia. Além do poder do Espírito Santo para a transformação de vidas. É necessário atentar para que possamos viver uma vida para a glória de Deu em cada sgundo que nos resta, ainda que isso nos custe, ainda que soframos retaliação. Tais coisas só podem vir acompanhadas de arrependimento e confissão de pecados, além de um expurgo do joio eclesiástico e uma transfomação de mente em convenções assembleianas. Creio que sim, que não estamos no fim, mas sim de um começo. Basta saber se esse começo - que nada mais é que uma continuidade, mais pura, testada pelo fogo. - virá com aquilo que mais precisamos à beira dos cem anos: um legítima e verdadeira unidade.
Que Deus seja louvado!
Soli Deo Gloria