terça-feira, dezembro 24, 2013

Deus manifesto na Carne






"E, sem dúvida, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em Carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregados aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória".

                                                                                                                              1 Timóteo 3:16.


Nos tempos em que vivemos, é comum vermos, na época de natal, cada vez mais pessoas correndo de um lado para o outro em busca de compras para o seus familiares e amigos. Não poucas vezes o stress aparece e o que seria um momento de reflexão, mesmo em meio aos cristãos, acaba sendo um momento vazio e e destituído de valor. Na passagem acima, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espíri:to, tece esta bela verdade histórica em uma linguagem sonoramente poética: Deus foi manifesto em Carne¹, tal afirmação está intimamente ligada com João 1:14², onde o apóstolo João afirma que o Verbo se fez carne. Há profundas verdades neste texto, dentre as quais, podemos destacar:


- Deus é gracioso: Ao vir a este mundo e assumir a natureza humana, O Senhor Jesus revelou a graça de Deus, seu favor imerecido, sua bondade para com os homens(Lc 2:14 ). Deus enviou seu filho não porque éramos homens imperfeitos querendo acertar, mas porque éramos pecadores, alienados de Deus e por natureza, filho de Sua ira, porém , ainda assim, Deus nos amou perfeitamente (Jo 3:16).

- Deus é Fiel: O nascimento de Jesus revela a maravilhosa soberania de Deus, que guiou a história de tal maneira que tudo o que ocorreu, ocorreu segundo seu santo e perfeito plano, e suas promessas para com o seu povo, foram cumpridas: havia chegado então o go'el( hb. resgatador), aquele que libertaria o povo de Deus( Mq 5:2).

- Deus é verdadeiro: Cristo é a plenitude da Verdade, ele é a Verdade (Jo 14:6 ). Nosso Senhor demonstra que esse foi um dos propósitos de Seu nascimento. Através da verdade, é que somos salvos (Jo 18:37).

Deus está perto de nós: Em Jesus, vemos de maneira clara o intenso desejo de Deus manifestado desde o antigo Testamento, através das Teofanias, do Anjo do Senhor, do tabernáculo, dos templos de Salomão e de Zorobabel: Deus habitar entre os homens. Ele fez isso de de forma plena. Deus é real e verdadeiro, não é uma simples ideia ou conceito filosófico, mas um Deus pessoal que amou tremendamente os homens para o louvor da Sua Glória. Moisés olhou para Deus "de costas". Hoje, podemos contemplar a face de Deus na pessoa de Jesus Cristo. Nas palavras de David Murray, Cristo é "a visível face de Deus"³. Em Cristo, cumpre-se o anelo do salmista Davi,  Deus não escondeu o Seu rosto (27:8-9), benditos são aqueles que não viram e creram, e sabem que um dia o Verão (cf. Jo 20:29/ Mt 5:8), pois ele é Deus conosco (Mt 1:23, cf. Is 7:14) .


À luz de tudo o que foi dito, ou seja, Deus é gracioso, Fiel, verdadeiro e presente, não nos resta mais coisa alguma, a não ser declarar como Tomé: "Senhor meu, e Deus meu!" (Jo 20:28). Que você possa se juntar com o anteriormente incrédulo apóstolo e confessar: Cristo Jesus é Senhor, para a glória de Deus-Pai.

O blog Geração que Lamba deseja a todos os seus leitores um Feliz Natal nas bençãos do Emanuel!

AMÉM.

Soli Deo Gloria

Notas:

1. A maioria das Bíblias atuais segue o texto grego crítico, que adota a variante "aquele que se manifestou em carne", omitindo a palavra "Deus". Todavia, a variante "Deus" é atestada pela maioria dos manuscritos gregos e citações dos Pais da Igreja, sendo adotada pelos Texto Recebido, Majoritário e pelo Texto Patriarcal da Igreja Ortodoxa Grega. Não há motivos, a meu ver, para não considerar tal variante como legítima. (para mais informações vide PICKERING, William. Qual o Texto Original do Novo Testamento? Disponível em: http://issuu.com/victorleonardobarbosa/docs/qual_o_texto_original_do_novo_testamento).
2."E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de Verdade".
3. MURRAY, David. Jesus on Every Page. Nashiville: Thomas Nelson Publishers, 2013. p. 76

Nenhum comentário: