"E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona. E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias, e logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo. E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos. E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus. E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir; entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu" (Mateus 27.45-56).
Jesus foi desamparado. Na cruz do calvário, o Filho de Deus encarnado experimentou as piores consequências do pecado: a ira e o afastamento de Deus. Ele jamais pecou (Hb 4.15), porém ele foi feito pecado por nós (2 Co 5.21). O imaculado cordeiro de Deus levou sobre si os nossos pecados (Is 53.4,5) e morreu substitutivamente por nós -- no lugar do povo de Deus.
Se o Senhor Jesus não tivesse efetuado eterna redenção na cruz, nós permaneceríamos afastados de Deus -- sem o favor paternal do santo Deus. Veja bem: nem sequer clamaríamos "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?", visto que já estávamos condenados e longe da comunhão salvífica do Senhor (Jo 3.18). Pela misericórdia do Deus triúno, o Messias prometido cumpre o clamor profetizado no salmo 22: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?" (Sl 22.1)
O Redentor, o Senhor Jesus Cristo, é o único que pode nos livrar da ira e do afastamento da presença de Deus. É apenas por meio dele, confiando nele de todo o coração, que podemos nos achegar a Deus favoravelmente. Sem a fé em Cristo, teremos de lidar com o juiz de toda a criação, o próprio Deus, com base em nossas próprias obras. No entanto, quem de nós pode subsistir diante da justiça do Deus eterno? Somente quem é limpo de mãos e puro de coração pode adentrar à presença de Deus com segurança (Sl 24.3,4). Ou seja, sem Jesus, estamos perdidos. Sem Jesus, lidaremos com Deus baseados em nossa sujeira, nossos pecados conhecidos e ocultos perante os homens. Não há como fugir: sem Jesus, já estamos condenados.
Contudo, ainda há esperança. A maravilhosa Palavra de Deus continua ecoando: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Pelo fato de Jesus ter clamado o início do salmo 22, ele também pôde cumprir o verso 22 do mesmo salmo: "Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação." Assim, graças à obra de Deus em Cristo, todo aquele que arrepende-se de seus pecados e confia na obra e na pessoa do Filho de Deus, Jesus de Nazaré, é admitido no povo de Deus. Mais que isso, os crentes em Jesus são feitos irmãos dele -- o povo de Deus é a família de Deus.
Se você quer experimentar da comunhão genuína com o santo Deus e com a família de Deus, a igreja do Senhor, entregue-se a Cristo hoje. Por meio da Palavra, ele declara a você:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve" (Mt 11.28-30).
Que Deus seja glorificado.
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