Eu não costumo pensar em morte. Embora quase todos os dias eu escute ou veja alguma notícia acerca de fatalidades, dificilmente eu imagino algum amigo nesta triste situação. Pelo contrário, geralmente clamo ao Senhor para que Ele preserve a vida de minha família e de meus amigos. Neste contexto, mais raro ainda é conceber a minha própria morte ou lidar de frente com o fato de que ela pode me encontrar a qualquer momento. Mas gostaria de tratar um pouco sobre isso neste breve texto.
Meu nome é Nilton Rodolfo, sou filho de Raimundo Rodrigues (em memória) e Sônia Melo. Sou cristão protestante, membro da Assembleia de Deus e colaborador no blog Geração que Lamba (GQL). Além disso, sou estudante de Engenharia Elétrica e, quando solicitado, "professor" de matemática.
Assim como você, eu tenho sonhos para o futuro. Penso com bastante seriedade em constituir uma família, de modo que eu seja diariamente capacitado por Deus a conduzir tanto a futura mulher mais feliz do mundo quanto as crianças, no caminho reto do Senhor - para a Sua própria glória e alegria nossa. Penso, também, em concluir o curso de engenharia e no trabalho no qual Deus me dará como fonte material de provisão para o lar. Além de pensar como posso servir melhor na obra de Deus para o louvor de Seu Nome e para a edificação de Seu povo, e em todas as inúmeras coisas envolvidas em todos estes sonhos e planos.
Entretanto, de que valeria tudo isso se hoje fosse o meu último dia? Pois dessa forma não seria possível realizar esses sonhos. Bem, tomara que eles servissem muito mais que somente para serem citados nas "palavras de consolo do enterro "... Agora, creio que mais importante que os sonhos em si, são as pessoas que os constituem: a minha família, os meus amigos, a garota que eu gosto, etc. Mais ainda, melhor é também fazer parte dos sonhos destas pessoas o que está intimamente relacionado ao meu grau de importância para elas. Porquanto isso tem tudo a ver com o nosso valor para as pessoas - o próprio velório de alguém revela um pouco a sua importância, porque provavelmente só irão ao velório aqueles que o amavam e pensavam nele.
Se hoje fosse o meu último dia de vida, exatamente agora seria o momento para dizer adeus ; adeus à engenharia, família, garota de minhas orações, amigos do GQL, blogosfera cristã e Assembleia de Deus - sem deixar de mandar um grande abraço a todos, é claro (risos). Mas saiba que mesmo assim não seria o fim. Porque caso nenhum de meus planos se realize e se meu fôlego de vida expire, eu sei em quem tenho crido; e sei que faço parte de Seu plano gracioso.
Isto dá bastante sentido para a ideia de nossa importância estar relacionada ao fato de fazermos parte dos planos de alguém ou não. Porque se você é um cristão, tenha certeza de que você é constantemente lembrado pelo Senhor, em especial nas intercessões de Cristo[1]. O que demonstra que somos importantes para Deus, devido à Sua maravilhosa graça que nos alcançou. Portanto, mesmo que percamos tudo nesta vida - juntamente com os nossos sonhos -, se estamos de fato em Cristo, Ele é nosso, logo, a vida eterna é nossa[2]. Então passaremos uma eternidade de eternidades de alegria em comunhão com o Senhor no céu.
Termino esta reflexão com a seguinte conclusão: a morte é real e ela pode chegar a qualquer momento até nós. Mas ela não deve ser motivo de desespero, e sim um lembrete de que temos de, acima de todos os nossos projetos e em todos eles, viver para a glória de Deus. Pois somente vivendo em Sua presença há real sentido para todas estas coisas. Nas palavras do apóstolo Paulo, inspirado pelo Santo Espírito de Deus:
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Co 10.31).
Que Deus seja glorificado.
Notas:
[1] Hb 7.25
[2] Jo 17.3
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