terça-feira, dezembro 24, 2019

Natal: Celebrando a vinda do Filho de Deus.

A época de natal, sem dúvida, é um momento especial para a maioria dos cristãos. Em meio ao turbilhão de pessoas que saem às ruas para desesperadamente comprar algo para um amigo, familiar ou irmão da igreja, é comum o ressoar de cânticos "natalinos" como "Noite Feliz" ou "Noite de Paz" (Como resgistrado na Harpa Cristã das Assembleias de Deus no Brasil).  Como o próprio nome já diz, no natal celebramos o nascimento daquele dantes profetizado pelos profetas, como por exemplo Isaías (Is 7:14). Dentre os vários aspectos do propósito de Deus ao enviar Jesus para nascer no mundo, revelados nos Evangelhos de Mateus e Lucas, é interessante notar que o evangelho de João, que não traz um relato acerca do nascimento de Jesus, destaca o motivo dado pelo próprio Senhor a Pilatos:

"Para isso que nasci e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz".

Quando o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, João nos diz que pode-se ver aquela glória, a glória do "unigênito do Pai", cheio de graça e Verdade" (Jo 1:14). Quando lemos o evangelho de João, percebemos a ênfase do apóstolo na Palavra "Verdade". A Resposta que Pilatos deu a Jesus é uma mistura de cinismo, desdém e até mesmo expressa certa melancolia. O leitor atento, porém, percebe a própria ironia do fato. Ao orar pelos seus discípulos, Jesus chama Deus-Pai de único Deus verdadeiro (Jo 17:3), um pouco antes, ele mesmo se auto-proclama como aquele que é a Verdade (Jo 14.6), e que enviaria o Espírito Santo, que convenceria o  mundo da Verdade, sendo que ele mesmo é a Verdade (Jo 16.3; Cf. 1 Jo 5:6). Na oração sacerdotal no evangelho joanino, Jesus ora para que os discípulos sejam santificados na verdade, sendo que a Palavra de Deus era a Verdade (Jo 17.17). Diante disso, vemos uma íntima relação entre o Deus triúno e sua Palavra que apontam para Jesus Cristo. Quando Jesus nasceu, vemos a Verdade. Não é simplesmente como um conceito filosófico, não é simplesmente como um motivo de uma suposta celebração do espírito humano. Não, quando Jesus nasceu, contemplamos algo a mais. Contemplamos o Verbo, o Deus manifesto na Carne (1 Tm 3:16). Portanto, os motivos para nos alegrarmos nessa data são imensos. Dentre os quais destacamos:

Ele nos revelou o Deus Verdadeiro: Através de Cristo, podemos conhecer o Único Deus verdadeiro, que nos amou e enviou seu Fiho para morrer pelos nossos pecados (Jo 3:16).

Ele próprio é a Verdade: Jesus é a plenitude da Verdade, na qual dependemos para viver dignamente uma vida que agrada a Deus, cheia de sentido e de propósito.

Ele nos Libertou pela Verdade: quando ouvimos as palavras de Jesus Cristo e cremos verdadeiramente n'Ele, genuinamente somo libertos do domínio do pecado e da morte, tanto física, quanto eterna. Como disse certa vez  o saudoso John Stott: Só quando nos submetemos à Verdade é que somos verdadeiramente livres.  Tal liberdade, que Cristo nos dá, é verdadeira e dura para sempre.

Ele nos enviou a Verdade: Quando cremos em Cristo, cremos pelo testemunho glorioso do seu Santo e Divino Espírito. Por isso, temos certeza daquilo que recebemos de Deus: a nossa salvação.

Quando nos voltamos ao momento em que Pilatos profere as cínicas palavras, vemos a ironia: A resposta à sua indagação estava bem à sua frente. Que diferentemente de Pilatos, possamos ver, receber e crer na Verdade com todo o nosso coração. Verdade essa que se fez Carne e habitou entre nós. Que continemos a celebrar essa importante data: O Filho de Deus nasceu, viveu plenamente uma vida que agrada a Deus, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação (Rm 4:25). Que você, caro leitor, possa se alegrar em conhecer tão precioso salvador, ao ouvir a voz d'Ele.

O blog Servorum Dei deseja a seus leitores um feliz Natal nas bênçãos do Senhor Jesus Cristo.

Amém!

Soli Deo Gloria



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