sábado, janeiro 14, 2017

Internet: uma péssima companhia para momentos em família

É sexta-feira. O shopping está lotado. Depois de um bom tempo, finalmente, eles encontram uma mesa disponível. Marido, esposa e seus três filhos sentam-se próximos uns aos outros – pelo menos, aparentemente.

O líder do lar dá dinheiro para a esposa comprar o lanche; o caçula e a filha do meio vão juntos. O clima está perfeito para conversar com a primogênita. Por que não perguntar como anda o coração da filha? Ou por que não tratar das dificuldades na escola? Ter uma conversa descontraída e rir um pouco com a filhota também poderia ser uma boa pedida. Porém, uma tragédia acontece: o pai da família liga o tablet e começa a navegar na internet. Enquanto o pai está fixado em notícias irrelevantes, a filha fica olhando para o horizonte. Não há sequer uma palavra trocada entre os dois.  

A filha do meio retorna com um milk shake. O silêncio é quebrado por poucas conversas entre as irmãs. Para não dizermos que a interação do pai é zero, de vez em quando, ele toma um pouco do milk shake, sem tirar os olhos da tela do dispositivo eletrônico.

Os dois membros da família que faltavam retornam. O filho senta-se de frente para o pai. Entretanto, ironicamente, os dois não trocam nenhum olhar. O celular e os fones de ouvido roubam, completamente, a atenção daquele.

O passeio que deveria ser um momento de lazer familiar, infelizmente, tornou-se um momento lastimável.

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A cena descrita acima é verídica. Enquanto arriscava-me em comer um sushi (daqueles inteiramente crus) na companhia de minha noiva, acabei observando um pouco a família que estava perto de nós. Sinceramente, isto me deixou muito angustiado. Geralmente, os jovens e adolescentes são os mais antissociais nos passeios em família – o que também é um problema sério. Contudo, neste episódio de ontem, o pai era o pior de todos. Ele não tinha nem “moral” para repreender o filho atolado na internet…

Se não combatermos o vício no mundo digital (incluo-me nesta luta), nós e nossas famílias sofreremos (se é que já não estamos sofrendo) terríveis consequências.

Que Deus nos abençoe de modo que experimentemos as bênçãos descritas no Salmo 128:

"Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel."

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