É
sexta-feira. O shopping está lotado. Depois de um bom tempo,
finalmente, eles encontram uma mesa disponível. Marido, esposa e
seus três filhos sentam-se próximos uns aos outros – pelo menos,
aparentemente.
O líder do lar dá dinheiro para a esposa comprar o lanche; o caçula
e a filha do meio vão juntos. O clima está perfeito para conversar
com a primogênita. Por que não perguntar como anda o coração da
filha? Ou por que não tratar das dificuldades na escola? Ter uma
conversa descontraída e rir um pouco com a filhota também poderia
ser uma boa pedida. Porém, uma tragédia acontece: o pai da família
liga o tablet e começa a navegar na internet. Enquanto o pai está
fixado em notícias irrelevantes, a filha fica olhando para o
horizonte. Não há sequer uma palavra trocada entre os dois.
A filha do meio retorna com um milk shake. O silêncio é quebrado
por poucas conversas entre as irmãs. Para não dizermos que a
interação do pai é zero, de vez em quando, ele toma um pouco do
milk shake, sem tirar os olhos da tela do dispositivo eletrônico.
Os dois membros da família que faltavam retornam. O filho senta-se
de frente para o pai. Entretanto, ironicamente, os dois não trocam
nenhum olhar. O celular e os fones de ouvido roubam, completamente, a
atenção daquele.
O passeio que deveria ser um momento de lazer familiar, infelizmente,
tornou-se um momento lastimável.
*
A cena descrita acima é verídica. Enquanto arriscava-me em comer um
sushi (daqueles inteiramente crus) na companhia de minha noiva,
acabei observando um pouco a família que estava perto de nós.
Sinceramente, isto me deixou muito angustiado. Geralmente, os jovens
e adolescentes são os mais antissociais nos passeios em família –
o que também é um problema sério. Contudo, neste episódio de
ontem, o pai era o pior de todos. Ele não tinha nem “moral” para
repreender o filho atolado na internet…
Se não combatermos o vício no mundo digital (incluo-me nesta luta), nós e nossas famílias sofreremos (se é que já não estamos
sofrendo) terríveis consequências.
Que Deus nos abençoe de modo que experimentemos as bênçãos
descritas no Salmo 128:
"Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos.
Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá
bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua
casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. O Senhor
te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos
os dias da tua vida. E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre
Israel."
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