quinta-feira, julho 26, 2007

1 João 5:7 : Uma excelente interpolação???



Não existe talvez um versículo mais controvertido na Bíblia Sagrada do que o trecho de 1 João 5:7. Contra ele, há o grande número de eruditos cristãos e a maioria dos manuscritos gregos existentes. A grande parte das versões bíblicas modernas como NVI, BLH, NTLH não contém o verso, enquanto outras como a RA colocam-no entre colchetes, na tentativa de mostrar que o verso foi um acréscimo posterior de algum escriba bem intencionado. Para início de conversa, é preciso mostrar que esse assunto não está fechado, pelo contrário, com a publicação em 1999 do livro de Michael Maynard the History of  the Debate Over 1 Jo 5:7 a controvérsia ganhou um novo fôlego.

Os argumentos levantados pela maioria dos críticos textuais, eruditos bíblicos e como diria Carlos Eduardo, outros Ph'deuses modernos são os seguintes:

- O verso não está na maioria dos manuscritos gregos existentes do novo testamento.

- O verso não consta nos melhores e mais antigos manuscritos gregos, o Vaticanus e o Sinaítico.

- O manuscrito mais antigo que contém o verso é o da Vulgata Latina chamado r, que é por demais obscuro.

- O verso não consta na Vulgata latina original de Jerônimo.

- O manuscrito gregos que contém o verso são da época da idade média, ou seja, foram influenciados pela Vulgata latina e por isso não passam de meras cópias nessa passagem.

- O verso foi incluído no Textus Receptus, o primeiro texto grego editado do Novo Testamento, por um descuido de Erasmo, que não o incluiu na primeira versão.

Todos esses argumentos soam por demais convincentes, então, por que não retirá-lo da Bíblia? Afinal, a maioria dos eruditos e críticos bíblicos de peso como Bruce Metzger, D. A. Carson, rejeitam-no? Nessa hora devemos lembrar-nos da grande advertência que Deus faz com aqueles que pensam em retirar algum versículo da Sua Palavra. Apesar das celebridades eruditas não concordarem com a genuinidade do verso, há muitos argumento racionais e pressupostos apologéticos e bíblicos para a sua defesa.

É verdade que o trecho em questão não consta na maioria dos manuscritos gregos existentes, porém o verso consta na maioria dos manuscritos latinos, incluindo o Latim antigo( que foi revisado por Jerônimo para a confecção da Vulgata) e a Vulgata de Jerônimo. Os que defendem que o verso não existia no autógrafo da vulgata se baseiam no argumento que os manuscritos latinos mais antigos dela não contêm o verso, todavia, se atentarmos para os documentos históricos sobre Jerônimo. Lemos o que ele escreveu sobre o verso: "Escribas irresponsáveis retiraram este trecho dos códices [um tipo de manuscrito] gregos", ora, com esse testemunho do próprio Jerônimo ( que pode ser encontrado no site católico catholic apologetics.net, caso se encontre alguma dificuldade, é fácil acessa-lo pelo google. O site está em inglês), vemos na verdade que o verso pode ter sido retirado desses manuscritos mais antigos da Vulgata por causa de copistas mal intencionados, todavia o verso sobreviveu na maioria dos manuscritos latinos, que chegam ao total de 8.000, ao contrário dos gregos que somam cerca de 5.700 versos.
É absurdo que manuscritos gregos contivessem trechos latinos, pois até hoje existe rivalidade entre essas duas igrejas.

Os manuscritos Sinaitico e Vaticanus são mais antigos, é verdade. Todavia, são os piores existentes (é bem provável que foram por isso que até hoje eles foram preservados), pois se contradizem cerca de 3.000 vezes somente nos evangelhos (segundo o grande erudito anglicano John Burgon e grandes críticos textuais modernos como Wilbur Pickering) e por isso ser objeto de certo desprezo para alguns, como por exemplo de Edward Hills, além da maioria dos críticos saberem disso, porém não afirmarem) e omitem não somente a cláusula, mas quase capítulos inteiros, como o final de Marcos 16:9-20, ou seja, esse manuscritos não são dignos de crédito, apesar de serem quase idolatrados pela maioria de Ph'deuses textuais. Apesar dos manuscritos gregos existentes que contém a cláusula são recentes, eles são perfeitos gramaticalmente, pois se retirarmos o verso no grego, os versículos 6 e 8 não se ligam, mas ficam incoerentes, além do que no grego original a parte que está escrito: "há três que dão testemunho na terra: o Espírito, a água e o sangue, e esses três concordam em um" , literalmente é: " e esses três estão voltados para o UM", que Um é esse que o texto grego que se refere? é simples, basta vermos o que os manuscritos gregos que contém o parêntese joanino, que vem anteriormente a esses versos: "Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito, e esses três são UM" , vemos que nos manuscritos gregos que contém o verso, não há incoerência alguma, enquanto que os que não contém não ficamos sabendo quem é esse Um, que é encontrado abruptamente no texto. Erasmo não incluiu o verso por descuido, mas por que ele encontrou um manuscrito grego que o continha, o Manuscrito 61. A maior parte desse mito foi propagada por críticos textuais como Metzger, além do que, segundo especialistas modernos em Erasmo, a história de que ele fez uma aposta para ver se encontrava o verso em algum manuscrito não passa de uma lenda.

Para mim, na verdade, a maior prova de que esses versículos são autênticos é por que sabemos que Deus preserva a Sua Palavra através dos séculos, ele é Soberano e sabemos: Ele cuida da Sua Palavra, ainda que homens busquem pervertê-la, as Suas Palavras jamais passarão. Lembremos também daquilo que João Calvino falou, ironicamente, baseado em 1 Jo 5:7, o testemunho do Espírito é superior a qualquer argumento. Por isso confiemos em Jesus, pois Ele mesmo dá testemunho, pelo Seu Espírito, da veracidade da Sua Palavra. É nesse testemunho que devemos nos apegar, tanto eu quanto você. Lembremos da palavra de Lutero: "Diante da Escritura, todos precisam ceder!"


Soli Deo Gloria

terça-feira, julho 24, 2007

As Sete Igrejas da Ásia(parte2): Esmirna, o desejo de perseverança e o desejo de Deus



A cidade de Esmirna era uma espécie de "rival" da igreja de Éfeso, que, segundo Lucian era "a melhor cidade de Ioana" e também um grande centro comercial, abrigava uma grande colônia judaica e foi dali que surgiu o célebre pai da igreja Policarpo, discípulo do apóstolo João. Todavia, ao contrário da beleza arquitetônica da cidade, a igreja cristã localizada ali não estava bem.

Jesus fala para a igreja: "eu sei as tus obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são sinagoga de Satanás", Jesus mostra um conhecimento das obras dela, ele também sabia as boas obras da igreja, conhecia a sua pobreza( mas ela era rica!). Cabe a nós fazer uma boa observação: Esmirna era uma igreja pobre, simples, maltratada, passando por tribulações e angústia, entre os motivos por causa de alguns Judeus vindo de Satanás, pois estavam servindo ao seu propósito e não ao de Cristo. Então, nessa hora, Jesus muito bem poderia ter dito: "Esmirna, não aceite isso, estou disposto a tira-la desse sofrimento, decrete a mim que eu lhe tirarei dessa enrascada, eu morri por vocês...vocês são príncipes!!!!". Mas não, Jesus não se portou como os modernos pregadores da atualidade, pelo contrário, Ele afirmou: ela era pobre, mas também era rica. ela não possuía nada, mas tinha tudo!!! O que Jesus diz a essa igreja e a nós hoje é claro: Não precisamos ter um excesso de bens materias para sermos vitoriosos e termos sucesso. Nosso lugar é no céu e não aqui. Se atentarmos somente para essa vida, seremos os mais miseráveis de todos os homens. Na igreja atual há um certo inverso: há muitos ricos, mas que são pobres, pobres de Cristo, sem amor e sem sua Palavra, possuem o carro do mês e egos inflados, mas o poder de Deus e o enchimento do Espiríto está longe deles, nessa hora que todos esses tipos de pessoas possasm escutar a voz de Jesus, que nos dá umaaparente contradição, mas que ilumina grandemente o nosso caminho.

Mas então o que fazer? a tribulação parece só mais aumentar, o sol escurecer, a luz apagar, o que seria dela? Jesus continua e diz algo surpreendente: "Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte...", há certo paralelo com esse texto e aquele que encontramos em Lucas 22:30-32, onde Jesus afirma que Satanás estava disposto a ciranda-lo como trigo. O objetivo de Satanás talvez não era igual para a igreja de Esmirna, todavia semelhante. Satanás queria que os pecados de pedro ficassem à amostra, já com a igreja de Esmirna o que ele queria é que ela cometesse um pecado brutal: negasse o nome do Senhor( o mesmo que Pedro acabou cometendo), então Jesus diz: a prisão os aguardava, a maior provação até então haveria de vir, era necessário ser fiel até a morte, será que ela resistiu? É bem provável, todavia muitos provavelmente resistiram até a morte, e deram com o sangue um dos maiores testemunhos de Cristo. O medo que assolava Esmirna é o mesmo de muitos Crentes atuais: realmente conseguir pagar o preço para poder seguir à Cristo, ainda que esse preço seja tão caro que tenhamos que suportar a tribulação, a miséria, a morte. Mas a tribulação não duraria muito tempo. Teria um prazo de dez dias. Era necessário olhara para Cristo para poder passar esses Dez dias. Essa experiência pode ser aplicada a cada um de nós a qualquer momento.

Nessa hora de tribulação, Cristo certamente não nos deixará sós, pois Ele mesmo dá um belíssimo complemento:" Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida", o que seria essa coroa? seria essa coroa algo literal? talvez...mas ao que tudo indica era o próprio Cristo, o Seu galardão, a herança eterna dos crentes fiéis, que não amaram a sua própria vida. No vale da sombra da morte, que possamos lembrar disso: Olhemos para Jesus, e assim como Paulo, regozijemos em ter a honra de sofrer por Cristo, pois o que passamos aqui, comparado ao que vamos ter, é leve e momentâneo. Sim, Satanás fará de tudo para nos pegar, para nos peinerar como trigo, ele nos quer, mas lembremos: Deus também nos quer, é necessário ter vontade de perseverar, pois esse é o desejo de Deus e também o seu desejo é que Ele nos tenha!!! Que continue continuando a caminhada da vida cristã, ainda que seja difícil e repleta de dificuldades, tendo em mente constatemente essas palavras: "quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte"

Fique firme na fé!!!


Soli Deo gloria


obs:estudo baseado em Ap 2: 8-11

segunda-feira, julho 23, 2007

As Sete Igrejas da Ásia(parte 1): A igreja em Éfeso, um exemplo que não devemos imitar?



Fica claro no início do livro de Apocalipse que este se dirigia especificamente para as igrejas da Ásia: “João, às sete igrejas que estão na Ásia: graça e Paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e dos sete espíritos que estão diante do seu trono;”(Ap 1:4).
Pouco depois, Jesus aparece a João e ordena que ele escreva para as igrejas da Ásia, a começar por Éfeso: “Eu fui arrebatado no Espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta. Que dizia: Eu Sou o Alfa e o ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro. E envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia”(Ap 1:10-11).

Da cidade para uma igreja: Éfeso, uma introdução.

A cidade de Éfeso recebeu a forte presença do Apóstolo Paulo, que solidificou e praticamente fundou a igreja na região, pois lá encontrou pessoas que não haviam sido batizadas nem sabiam que havia o Espírito Santo (At 19: 1-2). Alguns crentes da ala pentecostal que encontro acabam, por incrível que pareça, afirmando que foi daí que existiram a s Igrejas históricas, que não creem no Espírito Santo!!! Absurdos à parte, a visita de Paulo causou confusão na cidade, que era marcada por uma grande idolatria à deusa Diana. Os ourives da cidade, influenciados por Demétrio, que estava preocupado com seu emprego, desencadearam uma perseguição ao apóstolo, que só foi parado pela providencial mão de Deus sobre o escrivão da cidade (At 19:35-41). O fruto na cidade de Éfeso foi muito grande, pois milhares de livros esotéricos foram queimados.
A igreja também teve em sua companhia o amado Timóteo, que era como um filho adotivo de Paulo. Além dele, também tiveram o apostolo João, que permaneceu nessa igreja até a sua morte.

A carta de Jesus a Igreja em Eféso:

Jesus começa elogiando grandemente a igreja em Eféso: “conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que se dizem ser apóstolos, e o não são, e tu os achaste mentirosos. E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste” (Ap 2:2).
O elogio de Jesus é importantíssimo para entendermos o contexto daquela igreja. Quando Paulo partiu definitivamente de Éfeso, para não mais voltar, ele alertou à igreja que se introduziriam falsos profetas que não poupariam o rebanho, o alerta foi em especial aos líderes daquela igreja (At 20: 28-32). Alguns comentaristas sugerem que os falsos obreiros a quem Paulo se refere são certos hereges gnósticos primitivos, o que é provável. Mas então, o que aconteceu a Éfeso depois disso? Ao que tudo indica realmente a palavra que Paulo pronunciou se cumpriu. Todavia, ele também sabendo da sua responsabilidade, enviou para a igreja seu filho Timóteo, o que foi uma grande benção para aquela igreja, apesar de, logo no inicio, o rapaz apresentar timidez e ser novo demais para o pastorado, como Paulo revela na epístola para o jovem, que também fala que ele deveria refutar as falsas doutrinas e ser um exemplo de liderança na igreja.
Depois de Timóteo, veio o Apóstolo João
Levando isso em conta, vemos porque Éfeso foi elogiada por Cristo, ela havia lutado pelo Seu Nome, ela pôs à prova os que se diziam discípulos e não eram, em outras palavras, Éfeso guerreou e permaneceu firme, e não se cansou!!! Ou seja, ela foi como um boxeador inabalável mesmo levando golpes e pontapés dos hereges, refutou as heresias e os mestres que a pregavam mostrando que eles eram falsos apóstolos. Ela era equipada para isso, havia sido treinada por “um time de feras” experientes, “perfeitos”, por isso, Éfeso era puramente ortodoxa!!! A batalha foi grande, “E sofreste...”, a igreja passou por tribulação e angústia, porém trabalhou e não se cansou, continuaria o trabalhando a serviço de Cristo, pelejaria o quanto fosse necessário. “tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor...” infelizmente há um porém em tudo isso, Éfeso havia perdido o seu primeiro amor. Todavia, cabe a nós perguntarmos: o que significa o primeiro amor? Os comentaristas não são tão unânimes como se imagina, alguns afirmam que o primeiro amor se referia ao amor pelas almas perdidas, que não era mais o mesmo dos tempos do apóstolo Paulo, outros afirmam que o primeiro amor se referia à aquela busca por Cristo, que não era mais fervorosa. Essas conclusões são complementares e não contraditórias. Todavia, falta algo mais. Muitos comentaristas são sensatos quando afirmam que na verdade o problema de Éfeso é que ela ERA UMA IGREJA EM POSIÇÃO DE BATALHA O TEMPO TODO. As lutas fizeram com que Eféso se concentrassem tanto em batalhas e lutas doutrinárias que deixaram o seu primeiro amor, não somente a busca por Cristo, mas a comunhão com os irmãos, onde se mostraria o amar a Deus e amar ao próximo. Nessa hora, lembramos da carta do apóstolo João – que, quer seja coincidência ou não, foi provavelmente escrita em Éfeso e destinada as igrejas sobre a sua supervisão, o que incluiria também a Eféso – que diz: “Se alguém diz: eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, a qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele também temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”(1 Jo 4:20-21), ou seja, as brigas estavam “esquentando” o ânimo da comunidade com ira e a contenda deviams ser grande e deveriam vir de muito tempo, talvez foi por isso que o apóstolo Paulo escreveu a Timotéo sobre aquela igreja:” quero pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mão santas, sem ira nem contenda.”( 1 Tm 2:8). A igreja não podia “sofrer”( que aqui, significa “suportar”) os maus, por isso estavam constantemente desconfiados, ou seja, o relacionamento cristão estava abalado naquela comunidade. A repreensão de Jesus é clara: “lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu Castiçal, se não te arrependeres”, a igreja precisava voltar a ter aquela comunhão com Cristo e com os irmãos, ela não podia deixar que as lutas doutrinárias tomassem todo o tempo da sua atenção, tirassem a alegria da Salvação, a busca por Cristo e o amor ao próximo. Porém não podemos nos esquecer o que Jesus fala para aquela que era uma das principais igrejas dos tempos bíblicos: “tens, porém, isto: que odeias as obras do nicolaítas, as quais também eu odeio” havia algo em Éfeso que fazia com que Jesus não derramasse sua ira, pelo menos temporariamente, ou então abrandasse o seu Juízo: ela odiava os nicolaítas. As opiniões sobre esse grupo divergem, alguns dizem que eram seguidores do pervertido Nicolau, um dos sete diáconos escolhidos em atos dos apóstolos, o prosélito de Antioquia. Hoje essa não é a opinião dominante, alguns afirmam que eram pessoas que provocavam fornicações e outros pecados no povo de Deus. Independente quem exatamente eram, o importante é saber que eles eram hereges.

A igreja em Éfeso: um péssimo exemplo?

É comum ouvirmos hoje em muitas pregações que a igreja está perdendo o seu primeiro amor por Cristo, o que é realmente uma verdade, porém muitas vezes isso se dá por causa da constante iniqüidade e não exatamente por aquilo que aconteceu a Éfeso. Muitos menosprezam essa igreja taxando-a de sem Cristo e sem fervor, uma igreja fria e seca, um péssimo exemplo para o cristianismo. Mas será que isso é verdade? Devemos lembrar de tudo aquilo que Jesus disse sobre ela, a luta que ela teve, os sofrimentos que passou, a paciência que exercitou, a Palavra que cumpriu. Tudo isso revela que Cristo verdadeiramente amava aquela igreja e jamais deixaria de reconhecer tudo aquilo que Ele fez de bom através dela, porém nosso Senhor falou, por amor a ela, que ela precisaria se arrepender, ela precisaria voltar aos primeiros anos, ela precisava lembrar de onde ela tinha caído, o problema aqui não é ela ser uma igreja que refutava as heresias, não, Cristo as elogia e até diz que ela tinha uma coisa importantíssima, ela odiava as obras más, que odiava, não os nicolaítas, mas suas obras diabólicas. Muitos crentes hoje fazem uma divisão brutal entre ortodoxia e experiência, porém tal diferença não existe, só teremos uma experiência correta com um pensamento correto, um pensamento correto acerca de Deus, Salvação, fé perseverança e Cruz.
Devemos sim imitar a Éfeso na luta contra as heresias, todavia devemos tomar cuidado, principalmente os que pelejam bastante pela fé: não podemos esquecer de nosso primeiro amor, não podemos deixar de nos relacionar, não podemos deixar de amar. Devemos ter nossa consciência limpa, tanto para com Deus como para os homens. Sabendo que para com os homens que sempre praticamos o bem para a glória de Cristo. E ainda que não sejamos compreendidos, estejamos livres do sangue de todos, pois nunca deixamos de anunciar todo o conselho de Deus. Para com Deus, vigiemos, e nunca desviemos-nos de nosso primeiro amor para com Ele, lembrando que não estamos sós, pois Ele constantemente nos encoraja dizendo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus”

Soli Deo Gloria.

Obs: este artigo foi baseado em Ap 2:1-7.





As Sete Igrejas da Ásia: um Comentário.


Depois de alguns dias de precioso descanso, a GQL volta a postar no blog. Para falar a verdade, Nilton Rodolfo, Carlos Eduardo e Renan Diniz ainda se encontram na Ilha de Soure, no Marajó. Cabendo, portanto a eu escrever sobre este importante assunto, que fala sobre as grandes igrejas da Ásia, a começar por uma especial: a igreja na cidade de Éfeso. Que Deus possa nos abençoar na volta ao trabalho.

segunda-feira, julho 02, 2007

GQL nas férias




Caros amigos, a GQl estará de retiro em quase todo o mês de julho, só voltando a postar a partir do dia 22, com artigos sobre as sete igrejas do apocalipse e "Falando com intrepidez" de Carlos Eduardo. Pela graça de Deus esperamos visitar as igrejas em abaetetuba e em Soure(marajó). Gostaríamos de pedir aos queridos irmãos que orem por nós para que Deus nos dê o descanso necessário e a força para "Continuar continuando" a caminhada na vida cristã.


Que Deus abençoe a todos os quanto participam e visitam o nosso blog.


Soli Deo Gloria!!!