segunda-feira, novembro 30, 2009

Vale a pena ler...

Em 2009, comemorou-se o 70° aniversário da Segunda Grande Guerra. Milhares de revistas e artigos foram escritos, além de muitos livros serem publicados. Não como esquecer um fato que tão grande impacto causou na história da humanidade. Dentro deste contexto, milhares de best-sellers foram escritos sobre tão forte conflito, sendo a maioria abordando o nazismo, os combates, a crueldade da ideologia fascista.
Porém dentro desse bojo há livros que se consagraram por sua tocante e profunda história, como um retrato vivo do horror da guerra. Dentre esses destacam-se A Lista de Schindler, O Diário de Anne Frank e O Refúgio Secreto.

A Lista de Schindler - um herói do Holocausto, escrito por Thomas Keneally, vemos a história do empresário alemã Oskar Schindler, que arriscou sua própria vida para proteger a vida de seus empregados judeus em Cracóvia. O livro, relata, de forma tocante, o sacrifício de um homem (membro do partido nazista) em favor do povo judeu. O livro, escrito em 1982, é baseado nos relatos dos schindlerjuden( os Judeus de Schindler) e tiveram contato pessoal com Schindler. Com aguda precisão histórica, o livro não perde o fôlego por ser escrito em uma narrativa ágil, em estilo de romance, relatando toda a fúria nazista contra pessoas inocentes. Em 1993, o livro foi adaptado para o cinema. Dirigido por Steven Spielberg, o filme fez grande sucesso e foi vencendor de 7 oscars, incluindo o de melhor filme. No livro, há detalhes importantes(principalmente com relação à pessoa de Schindler) e relatos que não estão inclusos no filme.

O Diário de Anne Frank relata a dor e o sofrimento da judia Anne frank, que relata em seu diário sua dificil convivência dentro de um esconderijo secreto da Holanda ocupada pelos soldados nazistas. No livro, vemos o amadurecimento de Anne, o despertar da paixão, o amor pelo pai e as richas com a mãe e outros hóspedes do esconderijo. A perspectiva do livro é dramática do início ao fim. Anne morreu no campo de concentração em Bergen-Belsen, pouco antes do fim da segunda guerra, em 1945, de febre Tifo. Seu pai foi o único sobrevivente e publicador de seu diário, que depois teve uma nova edição, devido a ter se achado um novo fragmento do diário de Anne. O livro provoca profunda reflexão ao ver tão jovem vida sendo ceifada devido ao terror da guerra.


Em O Refúgio Secreto, vemos a história de Corrie teen Bom, cristã reformada, que junto com sua família na Holanda, foi responsável pela proteção de vários judeus em um quarto secreto, construido pela resistência holandesa. Tal ato heróico, acalentou grandes sofrimento e conseqüencias à vida de Corrie e toda a sua famíla. Presa com seu pai e sua irmã, foi levada à prisão, campos de concentração e por último de extermínio, sofrendo todo o tipo de humilhação, sofrimento e injustiça. Corrie apoiou-se, nesse período, apenas em uam coisa: A bondade de um Deus Soberano e bom, que faz todas as coisas para o louvor de sua glória. Seu testemunho impactou milhares de crentes por todo o mundo e serviu como incentivo à perseverança aos crentes que viviam na chamada Cortina de Ferro. O livro, escrito a partir das memórias de Corrie dadas a John e Elizabeth Sherril é um belissímo testemunho de fé em meio ao sofrimento e é considerado um clássico evangélico.


Tais livros são muito mais que breves entretenimento, mas verdadeiros relatos e testetmunhos de um dos períodos mais conturbados e cruéis da humanidade, mas que, ainda que mergulhados em densas trevas, há sempre a Luz e cuidado de Deus, onde se demonstra não simplesmente uma bondade humana, mas a providência santa de Deus, testificada através dos sofrimentos e perseverança de homens e mulheres que tiveram seus nomes gravados nos relatos de tão difícil e duro conflito. Que possamos aprender com tais exemplos,e que possamos aprender a confiar na bondade divina, no Deus que tanto nos amou, a tal ponto que deu seu único Filho para morrer por nós. O retrato mais claro do sofrimento. Testemunho este no qual todos os que sofrem possam confiar.

Soli Deo Gloria

quinta-feira, novembro 19, 2009

Uma Flor Gloriosa


Seu amor ultrapassava sua gloriosa beleza. Sendo esta apenas um autêntico reflexo da glória de Deus, revelada em seus olhos de amor. Seu pai, oriundo de um pequeno vilarejo de Portugal, casara-se com uma jovem moça da região de Belém no Pará. tal moça distinguia-se das demais, pois vinha de uma família diferente em seu estilo de vida. tal moça costumante se chamava de "crente" e era freqüentemente chamada de "irmã".

Dessa união vieram cinco filhos, sendo quatro meninas e um menino. Estava assim, formada a a família dos Baeta em Belém, mais precisamente localizada no bairro conhecido como "Cidade velha", devido às suas casas antigas, de séculos anteriores. Esta ramificação da família situara-se dentro do surgimento do movimento pentecostal brasileiro. Neste caminho, tal família seria uma das testemunhas mais vivas dessa expansão.

Por propósito celeste, aprouve ao Senhor permitir a morte do único filho do casal, ainda em tenra idade. Sobraram apenas as moças, as quatro belas rosas, que preenchiam os assentos do então antigo Templo- Central da assembléia de Deus em Belém do Pará. Era a mais nova e bela das rosas.

Sensível, protegida e afável, ela fora a única que herdara os claros olhos do pai, o "gigante português", apelido dado devido a sua considerável altura.
A primeira rosa era mais sábia, forte e perseverante das três, casara-se cedo e cedo e constituíra família. A segunda rosa, qual nutro afeto especialíssimo, era a mais valente, corajosa e franca das irmãs( ficando, neste último quesito, um pouco abaixo da irmã mais velha).

A terceira rosa se diferenciava da segunda em apenas pequenos pontos. talvez a maior diferença não era em questões de moral e caráter, mas a cor de sua pele, que "puxara" para sua mãe. era a única morena das quatro. Apesar das inúmeras qualidades das três últimas, o autor deste artigo concentra-se na quarta rosa.

Esta foi cotejada e era cheia de beleza. Sua delicadeza e doçura destilava-se nos ambientes onde se encontrava, o que não excluía sua personalidade forte, algo característico das três. Apesar das três rosas possuírem características distintas semelhantes, o que conferia ainda mais unidade ao grupo, a última possuía o sorriso e o ânimo necessário em tempos de júbilo e em tempos trabalhosos.

Ela sempre fora uma mulher respeitável e não casara-se cedo, optando por ser uma das que mais se doava em prol de sua família. Devido a isso, fora a que também recebera grande doses de sofrimento.

Com a morte precoce do marido, as expressões de lutas mais se acentuaram em seu rosto, assim como o seu sofrimento. Tal fatores contribuíram para sua saúde e problemas no coração.

Tais empecilhos, todavia nunca a impediu de ter uma vida de oração e conhecimento da palavra do Senhor. Seu constante relacionamento com o Senhor a fortalecia diante dos desgaste físico que tinha de suportar. Sua vida de oração constitui-a-se de oração e reflexão. Muito lhe preocupara a saúde espiritual de seus sobrinhos, em especial de um, o primogênito da segunda rosa.

Após a morte da primeira rosa e juntamente com todos os obstáculos, ela permanecera como uma das irmãs mais firmes em oração, caridade e dedicação genuinamente cristã.

Com seu testemunho, ela fora instrumento de bençãos para muitos, assim como de instrução para um menino.

Tal menino crescera e, quando ainda adolescente se convertera, para alegria de sua mãe e tia, e para certo desgosto, ainda que disfarçado, do pai.
Muitos questionam qual seria a maior benção que Deus pode conceder a um ser humano depois da salvação de sua alma. Afirmo veementemente que é a salvação de outra.

Nos últimos dias de sua vida ela pôde contemplar o maior presente de sua vida: A conversão do primogênito da segunda rosa. Quando testemunhou a conversão de seu amado sobrinho, ela entoou um cântico composto recentemente. O título desse cântico ainda ecoa em minha mente: "FELICIDADE".

Poucos dias após esta noite, seu estado de saúde repentinamente se agravara. aquele que dantes era um menino conversou com ela no telefone:

- Tia, como a senhora está? se cuide, há muita gente que pode cuidar da senhora aí.

- Tá bom filho -respondera ela, com sua doce voz habitual - Eu te amo tá?

- Eu também tia - replicou aquele que já fora um menino - lhe amo demais.

Esta fora a minha última conversa que tivera com Leonor baeta, a mais delicada das irmãs de minha avó. Eu nunca me esquecerei de seu carinho e afeto não somente em tempos de paz, mas também seu apoio em tempos de tribulação e não pouco sofrimento. A mais bela das rosas partira; deixando um impacto indelével na família, amigos e irmãos em Cristo. assim como no belo hino de Frida Vingreen, a rosa de saron havia sido tirada, e foi brilhar em outro lugar

É dever de todos nós, jovens, lutarmos por tais rosas e recebermos legitimamente seus dons, com alegria, amor, firmeza e fidelidade cristã, para que seu legado seja um benigno memorial para as gerações que virão.
Este é o meu sincero desejo, pela graça de Deus. abençoados sejam todos aqueles que puderam contemplar esta mulher, abençoados sejam todos os que puderam contemplar tão belo testemunho.

Em memória de Leonor Baeta.

Victor Leonardo, o menino que ela amou.

Soli Deo Gloria.

segunda-feira, novembro 09, 2009

Próximos Artigos


 - Uma Flor Gloriosa

 - TULIP: Reflexões sobre o Calvinismo ( Série)

 - Pérgamo - O perigo Iminente na igreja( Título provisório)*

 - Inimigo Meu - Reflexões sobre o amor fraternal e a amizade cristã

Falta ainda a continuação dos artigos Nilton Rodolfo e dos outros GQL, aterafados com trabalhos e estudos universitários.

Pedimos a oração dos irmãos, para que Deus abençoe essa série de artigos e outros derradeiros de 2009.

Soli Deo Gloria