segunda-feira, junho 21, 2010

E agora Dake? mais um episódio no caso...


Alguns pensavam que este assunto já tinha dado o suficiente e foi esgotado com as resoluções emitidas por órgãos ligados a CGADB. Porém com uma decisão não acatada( ignorada) da CPAD em favor das altas vendas, acrescentou-se o fato que a revisão feita pela editora não foi autorizada pela Família de Dake. Vejamos um trecho extraído do Blog do irmão Judson Canto:

"A informação veio de um brasileiro que mora na cidade de Laurel, no estado de Maryland, Estados Unidos: Moyses Pereira, que tem contrato de tradução de alguns livros de Dake. Ele esteve reunido com os herdeiros de Finis Jennings Dake em março deste ano, numa localidade nos arredores de Atlanta, na Geórgia. A família Dake, que detém os direitos de publicação da polêmica Bíblia de estudo, publicada em parceria pelas editoras Atos e CPAD, garantiu, nessa reunião, que não deu autorização para as mudanças feitas na edição brasileira. É fato que a Bíblia de estudo Dake já foi traduzida para o chinês e o espanhol, e lá ninguém mudou nada, lembram eles.

Outra mudança que irritou a família Dake foi a substituição do The Plan of The Ages [O plano das eras] original pelo mapa O plano divino através dos séculos, inserido no final da Bíblia. Isso porque, segundo eles, o famoso mapa publicado no Brasil pela CPAD foi plagiado justamente de Dake por Lawrence Olson.

A Dake Publishing, editora da família, revelou a intenção de processar a Editora Atos, com quem assinou contrato para a publicação da Bíblia no Brasil. Já a parceria com a CPAD foi iniciativa de Gary Haynes, diretor da executivo da Atos, que aliás deveria comparecer à reunião com a família Dake, mas não apareceu. No Brasil, segundo pude apurar, Haynes também “anda sumido”. Tentei ligar para a editora, mas os números constam como inexistentes. Deixei mensagem no campo de contatos no site, mas também não recebi resposta." (leia o texto completo  clicando aqui 
)

Cada vez mais a Dake traz atrás de si complicações, e agora não somente morais e espirituais, mas também jurídicas. E agora? Qual será a atitude tomada pela CPAD?  E pelos defensores da dita Bíblia? 

É esperar para ver...


Soli Deo Gloria

 


sábado, junho 19, 2010

Paul Washer - Viva para a Eternidade.

"Nós não somos chamados para construir impérios, nós não somos chamados para sermos aceitos, nós somos chamados para glorificar a Deus"

Paul Washer

sexta-feira, junho 18, 2010

99 anos de uma Assembléia



Hoje celebra-se 99 anos de uma das maiores denominações do Brasil, marcada por 99 anos de existência. Aquilo que aos olhos humanos era tão impossível quanto um camelo passar pelo buraco de uma agulha aconteceu. Dois jovens vindo das regiões distantes da Suécia, conseguiram erguer um movimento que, oriundo do grande reavivamento ocorrido em Azusa, impactou e causou uma marca indelével no cristianismo evangélico e protestante, em especial o brasileiro.

Com grande ênfase no evangelismo, batismo no Espírito e grande apego à Palavra de Deus, o movimento, apesar de Leigo, conseguiu tocar os corações de todas as classes sociais[1]. Não há dúvidas que o trabalho de Berg e Vingreen não foi mera ilusão ou resultado de uma heresia anti-cristã. como muito bem já ouvi essa colocação de certo irmão em Cristo, " o Diabo nunca realiza algo para trazer a Glória de Deus". Não há dúvidas que, apesar da ênfase dada ao Batismo com o Espírito Santo, o movimento pentecostal sempre foi de natureza cristocêntrica, como evidenciado pela célebre frase dos pioneiros: "Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará".

Não há dúvidas dos problemas que cercam essa tão importante denominação à beira de um centenário. A orientação divina expressa na palavra da importância da união poucas vezes é sentida pelas mais variadas lideranças.  Apesar disso, creio na onipotência e Soberania de Deus. Não sabemos o dia de amanhã e o que ele nos trará. Creio também que mais do que nunca é importante que a verdadeira Assembléia de Deus, composta por membros e pastores genuinamente comprometidos com Cristo possam realizar não somente esses 99 anos, mas com certeza um verdadeiro centenário pentecostal, não marcado por tantas corrupções e futilidades, mas sim pelo caráter cristão e poder de Deus, todos juntos com o amor de Deus derramados em nosso corações pelo mesmo Espírito que guiou e protegeu Daniel Berg e Gunnar Vingreen em todos os seus caminhos.

Que Deus abençoe a sua Assembléia.


Soli Deo Gloria


Nota:

[1] Apesar de muitas vezes o pentecostalismo ser classificado como um movimento sociologicamente condicionado à classe média pobre, historicamente verifica-se que este causou impacto significativo dentro das classes mais abastadas desde o início de seu movimento no Brasil. Todavia, em comparação com outras denominações, o pentecostalismo muito as superou ao conseguir penetrar de maneira permanente em comunidades de classes média baixa, influenciando bastante a vida dessas comunidades.


terça-feira, junho 15, 2010

7 Milhas

"E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús" (Lc 24: 13)


Matt Chandler - 7 Milhas from iPródigo on Vimeo.

Extraído do blog IPRÓDIGO

segunda-feira, junho 14, 2010

Bons Guerreiros


"Ai de mim! Será que nasci para ver a ruína de meu povo e a destruição da cidade santa, deixando-me ficar sentado enquanto ela é entregue às mãos dos inimigos?"

                                                                                    Matias, sacerdote, pai de Judas Macabeu


"Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena"

                                                                                   Provérbios 24:10


A figura de um bom guerreiro é mais do que necessária para se travar um combate onde se pode sair vitorioso. Porém assim como todo e qualquer combate, há sempre ferimentos, perdas e outras consequências. No campo da guerra pela Verdade dentro de uma denominação cristã, tal fato não poderia ser diferente.

Os últimos problemas envolvendo a CGADB testemunham claramente a necessidade  de uma mudança drástica de rumo administrativo, moral e espiritual, pois como muito bem o irmão Daladier Lima, o problema vai "de Norte a Sul". Tal problema não se deriva de uma mera crise institucional, com uma falta administrativa. Correlaciona-se com uma falta de caráter e testemunho cristão, evidenciando-se assim, um forte despreparo moral de uma liderança (falo no sentido geral) muitas vezes não chamada para exercer a vocação pastoral. O resultado é a criação de uma estrutura administrativa raquítica espiritualmente e rica em frutos pecaminosos. A CGADB só chegou a este tipo de crise espiritual porque há uma crise ministerial, algo que provavelmente vá muito além de púlpitos exclusivamente assembleianos, porém que provavelmente mais tem afetado a saúde espiritual da Assembléia de Deus como denominação cristã.

Há inúmeros novos evangelistas, diáconos e pastores surgindo a cada momento em nossa denominação. Os princípios espirituais utilizados nesta seleção para a consagração são mínimos. Escolhe-se pessoas para serem líderes porque possuem um forte carisma natural e são excelentes em citar Malaquias 3:10 para conseguir uma excelente  quantia para aumentar o estacionamento e para a expansão do império ministerial, escolhem-se pessoas porque possuem grandes recursos financeiros para ajudarem na obra e a colocam em posição de destaque (muitas vezes isso não precisa nem mesmo de consagração) ou porque são protegidos por algum líder assim como o personagem Don Corleone nunca negava o pedido feitos por alguns de seus afilhados. Gutierres Siqueira faz uma importante observação:

"Liderança sem capacitação, sem talento e sem dons ministeriais abre espaço para, digamos, pessoas que alcançaram um ministério pastoral simplesmente por serem amigas do pastor presidente. É sério, isso existe e é muito grave. Gravíssimo por sinal, pois ordenar alguém sem dom paro o pastorado é irresponsabilidade e pecado. Outros pecados surgem quando gente talentosa (no sentido de chamada ao ministério) e capacitada não alcançam espaço. Exemplos não faltam: O nepotismo, o amiguismo, o fisiologismo etc." [1]

Possuo amigos que, como diáconos, são excelentes evangelistas e pastores, mas para alcançar esse grau na cadeia hierárquica, devem passar pelos "níveis menores" na sucessão eclesiástica. Quantas vezes inúmeros candidatos ao ministério foram "batizados no Espírito" porque se não preenchessem essa parte do questionário não seriam aceitos, e quantos candidatos com genuína vocação não são aceitos por não possuírem aquilo que Paulo suprime como qualidade necessária para o ingresso no ministério (1 Tm 3:1-13)?[2].

"Mas e daí?", alguém poderia objetar. "Não seria melhor nos preocuparmos com assuntos mais importantes, como a promoção do Evangelho para a salvação de almas do que com assuntos meramente políticos?", tal pergunta soa bastante espiritual a primeira vista e parece ser legitimamente genuína. Concordo que o assunto da salvação deve ser o centro da vida do trabalho de uma igreja. Todavia, será que realmente estaríamos preocupados com pessoas quando permitimos que mercenários teológicos estejam tratando de seus cuidados? Onde está o Evangelho e o testemunho cristão nisso tudo? Muitas vezes tais desculpas provém de alguém que pelo menos sabe que será frouxo no dia da angústia. 

Dentro desse problemático contexto, o que se pode fazer é agir como um soldado disposto a combater pelo bom combate (1 Tm 6:12), se tiver que escrever, que se escreva, o que se puder falar, que se fale, o que se puder agir, que se aja. Isso possa aparecer um tanto quanto arrogante, como se os que levantam-se contra isso quisessem dar a aparência de heróis entre vilões, de cordeiro em meio aos lobos. Porém a verdade é claramente expressa na frase de William Sherman, General americano: " A Guerra é o inferno"[3]. Nessa batalha não há heróis como no sentido secular, seres humanos num patamar que alcançam feitos inigualáveis e por isso são reverenciados com glória dos homens, por isso posso afirmar que não há vencedores no sentido comum. O que mais importa é a Verdade, a Causa de Cristo, o Nome do Senhor sendo glorificado, só assim podemos ser classificados como vencedores, sabemos que temos um compromisso com o Senhor da Seara.

As mudanças institucionais são necessárias. Tão necessário quanto isso, é permanecermos nesta luta, ainda que para isso, tenhamos que passar por desânimos, dificuldades e frustrações. Isso é o que constitui um bom guerreiro segundo Cristo e tão exemplificado na vida do apóstolo Paulo. Só assim realmente tamparemos a cova que muitos se dispuseram a cavar, mesmo que inocentes morram nela.

Soli Deo Gloria


Notas:

[1] Extraído do artigo "Cavando a própria cova" de Gutierres Siqueira, publicado em seu blog Teologia Pentecostal.

[2] Apesar de muitas vezes isso ser um assunto controverso, creio que outro artigo específico sobre este tema seria mais adequado do que aprofundá-lo aqui. Ainda que a Assembléia de Deus seja uma igreja pentecostal e que enfatize o batismo com o Espírito Santo, precisamos lembrar que o Senhor é soberano na distribuição dos dons e Ele concede o batismo. A Bíblia não aponta em nenhum lugar o batismo com o Espírito como selo divino de aprovação ou até mesmo qualificação para o ministério pastoral.

[3] Citado por MACARTHUR, John. A Guerra pela Verdade. Fiel: São Paulo, 2008.

    

sexta-feira, junho 11, 2010

O que eles teriam a dizer sobre o Centenário?

Seria interessante, caso estivessem vivos, ouvir a voz desses três indivíduos a respeito do aniversário de cem anos daquela que é considerada a maior denominação evangélica do Brasil, da qual eles fizeram parte com louvor. Não seria uma mera opinião do aniversário em si, mas o que está acontecendo no contexto de tão importante data. A opinião destes três homens certamente poderia causar polêmica, porque certamente não seria dada com o intuito de agradar nossos ouvidos carnais. Vejamos quem seriam estes três atrevidos:




A pergunta permanece: O que será que eles iriam dizer?


Soli Deo Gloria


Obs: recomendo a leitura do mais recente artigo de meu amigo Gutierres Siqueira que trata sobre esta delicada questão: Um Centenário Pior que o do Corinthians