sábado, maio 26, 2012

Laodiceia, a Igreja Morna. Subsídio para Lição Bíblica

                                              Ruínas de Laodiceia

Após se dirigir à seis igrejas da Ásia Menor, o Senhor Jesus se dirige a derradeira igreja daquela região, sendo que esta receberá a maior repreensão de Jesus.

"E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:"

Cristo Jesus é Soberano. Ele não é um ser criado, mas a origem de toda a criação. Ele estava com Deus no princípio (Jo 1:1-5). Após mostrar  sua soberania de maneira distinta para a sua igreja, Cristo prossegue:; 

"Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem deras fora frio ou quente! Assim, como és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca".

Laodiceia, cidade conquistada pelo sírio Antíoco II em 250 a.c e batizada em homenagem a mulher deste, Laodice, era uma cidade conhecida por sua produção de colírio para os olhos, produção de roupas caras e por sua água. Ao contrário das águas frias e refrescantes que surgiam Colossos ou então das fontes termais da cidade Hierápolis, a água de Laodiceia era suja e morna, oriunda de um aqueduto subterrâneo. O visitante que se aventurasse a beber de tais águas sentia náuseas e a cuspia fora. Nosso Senhor compara a situação espiritual daquela  igreja com suas águas. Laodiceia não era uma igreja com refrigério(fria) nem zelosa(quente) por Cristo; e ao contrário de Sardes, o Senhor Jesus não cita algum grupo de crentes fiéis em particular, mas todos estavam envolvidos em monidão espiritual. Laodiceia demonstrava a pior forma de rebeldia ou frieza espiritual: a indiferença. Não se importava genuinamente com o próximo, com a doutrina, com a causa de Cristo. Devido a esse tipo de atitude, A igreja em Laodiceia causava náuseas a Cristo por sua podridão e imundícia. Era como a água pouco potável da cidade. Por isso, a rejeição por parte de Cristo estava as portas (No grego, a expressão "Vomitar-te-ei da minha boca" pode ser traduzida por "estou para te vomitar da minha boca"). Era gravíssima a situação espiritual daquela igreja.

"Como dizes: rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas."

A igreja em Laodiceia pensava que tudo estava bem espiritualmente, devido a sua imensa prosperidade, o que causava uma auto-suficiência e orgulho espiritual. Todavia, aquela igreja estava totalmente aniquilada em miséria, pobreza e desgraça espiritual. O Senhor Jesus dirige para aquela igreja palavras duras, porém extremamente autênticas e necessárias. Era necessário demolir toda a soberba e egocentrismo daquela igreja, mostrando sua real condição espiritual.  Era preciso comprar "ouro provado no fogo", ou seja,  o maior e melhor dos ouros, que nesse caso, são as ricas bençãos espirituais providas por Cristo: a graça, o perdão, a salvação e comunhão com Ele. A verdadeira prosperidade é a prosperidade que provém da graça de Deus. "E roupas brancas", roupas, tanto em Apocalipse quanto em outros livros proféticos, possui íntimo significado com a vida prática (Is 64:6). Era necessário que Laodiceia tivesse vestes brancas, fosse revestida de glória e imortalidade que provém do Santo. "Unjas teus olhos com colírio, para que vejas", era necessário a iluminação do Espírito naquela igreja, e isso se daria por meio da Palavra. Era necessário voltar  às Escrituras, voltar ao Evangelho. Assim, Cristo faz uma perfeita analogia das riquezas materiais de Laodicéia com as bençãos genuínas e necessárias para aquela igreja. Mais do que nunca, ela precisava dessas coisas.

"Eu reprendo e castigo a todos quanto amo, sê pois zeloso, e arrepende-te"

Faltava zelo por Cristo, faltava amor por Cristo, falta a busca incessante da face de Deus. As repreensões e alertas feitas por nosso Senhor não buscavam destruir aquela igreja, mas salva-la, ainda havia tempo, o senhor Jesus, por amor, estava concedendo para aquela igreja uma oportunidade para o arrependimento.

"Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo."

Que triste era a situação daquela igreja! A seus próprios olhos, era rica espiritualmente, mas Jesus não estava com Ela! Quantas igrejas não podem estar nesta mesma situação? Aparentemente estão gozando prosperidade, mas Cristo está do lado de fora, batendo na porta, conclamando ao arrependimento para a salvação. Jesus faz um promessa àquela igreja que tinha o seu nome, mas estava sem ele, totalmente perdida. Se alguém dali desse ouvidos, ou seja, se aquela igreja desse ouvidos, aceitasse o evangelho (abrir a porta) haveria salvação e deleite, pois ela cearia com o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores!

"Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono".

Outra promessa de Cristo, o caminho da salvação foi exposto por Ele, o "Autor e Consumador da nossa fé" (Hb 12:2). O verdeiros vencedores receberão de Cristo o seu galardão eterno.

"Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas"

A mensagem das Sete Igrejas não destina-se somente para aquelas igrejas em particular, mas para toda a igreja cristã, tanto a do presente, quanto a do futuro. Que possamos estar em alertas para não cairmos nos mesmos pecados cometidos. Que não sigamos Laodiceia, mas tenhamos a fidelidade vívida de Filadélfia, a perseverança de Esmirna, as qualidades expressas por Cristo. a lição da última igreja nos mostra que não devemos ser justos aos nossos próprios olhos, pois o importante é como Cristo nos vê. Que Deus nos dê graça para sermos vitoriosos e perseverarmos até o fim.

                                                                                                   Amém!

                                                                                  Soli Deo Gloria

quinta-feira, maio 24, 2012

Acerca das Traduções Bíblicas

Recentemente a Editora Fiel divulgou no youtube um trecho onde o pastor Augustus Nicodemus Lopes (editor do excelente blog O Tempora O Mores!) trata acerca da questão das traduções bíblicas, desde o texto grego adotado até os métodos de tradução existentes. Vale a pena dar uma conferida (segue-se depois um comentário adicional).





Particularmente apreciei bastante o comentário de Nicodemus, sensato e equilibrado, ele dá um bom panorama das versões bíblicas. Todavia, alguns pontos, creio eu, devem ser ponderados um pouco mais. Dos textos citados por exemplo, o final do Evangelho de Marcos (Mc 16:9-20), a perícope da Adultera no evangelho de João (Jo 7:53/8-11) e a Cláusula Joanina na 1 Epístola de João (1 Jo 5:7) são as diferenças mais polêmicas (há milhares de outras) entre as edições do Texto Crítico, preparado por eruditos modernos a partir de dois manuscritos mais antigos, o Sinaiticus e o Vaticanus e o Texto Receptus /Majoritário, que se baseia na maioria dos manuscritos gregos, É esse último que os reformadores e protestantes utilizaram em seus estudos e traduções como a King James, Reina-valera e Almeida (Revista e Corrigida e Corrigida Fiel) Um fato importante que Augustus não menciona é a questão do texto bíblico e os pais da Igreja. Pais como por exemplo Justino Mártir, no século II fazem alusão ao texto de Marcos (Assim como Irineu no século III), Cipriano à Clausula Joanina no século IV e Jerônimo à mulher adúltera no século IV igualmente. Todas essas testemunhas fortalecem o Texto Tradicional (Receptus/Majoritário) e são tão antigas quanto os manuscritos mais antigos. 

Dentre essas traduções, as baseadas no texto crítico são todas as modernas, como a Atualizada, NVI, BLH e Almeida Século XXI. Em termos de método de tradução, creio que há um risco muito maior em querer traduzir o sentido do texto do que buscar reproduzir o texto em si. A título de comparação, pegue o texto grego, uma tradução literal e a linguagem de hoje. A diferença é gritante. É óbvio que há pontos positivos nessas traduções, elas têm a utilidade mais como comentário do que como tradução propriamente dita. Há muito do que se falar acerca das questões textuais, todavia, creio que cabe ao crente buscar agradar à Deus com uma boa versão bíblica, baseada em um bom texto grego. A meu ver, o Texto Tradicional se candidata como o som de um trovão. 


                                                                                    Soli Deo Gloria

sábado, maio 19, 2012

Filadélfia, A Igreja do Amor Perfeito. Subsídio para lição bíblica



                            Ruína da antiga Filadélfia, hoje chamada de Alasehir

Depois de tratar com cinco principais igrejas na Ásia, o Senhor Jesus se dirige a igreja que está em Filadélfia, nome esse derivado de seu fundador, Átalo II Filadelfo (que significa o irmão amoroso).  Filadélfia era conhecida por sua produção de vinho e outras bebidas. Ao dirigir-se a essa igreja Jesus a atitude do mestre é quase idêntica a de Esmirna, não há palavras de repreensão, mas apenas elogios e encorajamentos.

E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre: Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar...”.

Cristo é soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; Cordeiro puro e sem mácula. Nosso Senhor, revelando-se a sim mesmo, encoraja a aquela igreja a confiar e se deleitar n’Ele, pois ele que ele assegurava  a segurança e proteção, sendo que a igreja continuaria sendo preservada em seu viver cristão e na expansão do reino de Deus (“diante de ti pus uma porta aberta”).  É possível sentir o prazer e doçura de Jesus para com essa comunidade de crentes. A seguir, Jesus elogia de sobremaneira tal igreja:

Tendo pouca força, guardaste a minha Palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei  aos da sinagoga de Satanás ( aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem aos teus pés, e saibam que eu te amo

Quer goste-se ou não, por muitas vezes pequenas e insignificantes igrejas aos olhos dos outros são as que mais glorificam a Deus, como é o caso de Filadélfia. Mesmo sendo simples e de com pouco número de cristãos, não desanimara, não desfalecera no fervor, não negara a Cristo. Mesmo diante das perseguições promovidas por supostos Judeus, o senhor Jesus garante a vitória última, sendo que seu amor por aqueles crentes era tão imenso que seus perseguidores iriam “adorar aos teus pés”.

Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora, guarda o que tens para que ninguém roube a tua coroa”.


O salvador está as portas, cada vez mais seu retorno é iminente, para aqueles que pertencem a  Ele, Jesus promete livramento da tribulação e tentação que há de cair sobre esse mundo. A porta de Filadélfia estava aberta e não iria se fechar. Filadélfia é encorajada a “guardar que tem”, que no caso era “guardar a palavra da minha paciência”. O êxito espiritual de Filadélfia dependia de contínua obediência a Sua Palavra. Só guardando a Palavra, expressaremos nosso amor por Deus. Dessas coisas dependem toda a saúde espiritual do crente. Filadélfia cumprira essa tarefa com louvor. Mesmo depois das perseguições islâmicas e de suas vizinhas terem caído, Filadélfia permaneceu firme, sendo que até hoje a cidade (denominada atualmente de Alasehir) possui uma das maiores populações cristãs da Ásia menor. Tal igreja deve ser o padrão de toda aquela que busca seguir fielmente os ensinos apostólicos, zelando com profundo amor pelo nome de Cristo. Essencialmente não importa o número de membros, mas sim nosso coração reto para com Aquele a quem um dia iremos prestar contas. Para toda a igreja que quer ser como Filadélfia, Cristo faz uma promessa:

“Ao que vencer, eu o farei uma coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome”.

Por mais que a teologia da prosperidade diga ao contrário, A bíblia dá testemunho que o alvo do crente não é simplesmente gozar dos prazeres desta vida, nem tampouco  de todos os seus deleites, mas sim glorificar a Deus e receber a santa recompensa, do Rei dos Reis, na cidade Santa. Amém!

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.

                                                                                         Soli Deo Gloria

sexta-feira, maio 18, 2012

O Caminho da Cruz - Conferência Graphe

Dando prosseguimento à série de pregações da Conferência Graphe, Anderson Alan fala sobre os elementos que aplainam o caminho da cruz, para que assim, os homens se acheguem até ela. Confira!




                                                                                                   
                                                                                             Soli Deo Gloria

sábado, maio 12, 2012

Sardes, a Igreja Morta. Subsídio para Lição Bíblica


    Ginásio de Banho nas ruínas da Antiga Sardes

Após tratar com quatro igrejas na Ásia Menor, o Senhor Jesus volta sua atenção para a igreja em Sardes, cidade que assim como as outras, possuía uma grande importância no contexto da Ásia Menor. De Sardes viera o célebre Esopo, sendo que a cidade também gozava de ampla popularidade, pois em tempos passados fora considerada inconquistável, sendo também a capital do reino de Lídia. A confecção de roupas de lã a tornava bastante popular naquele cenário. A igreja em Sardes possuía grande popularidade, sendo que sua fama era de uma igreja rica espiritualmente e guardiã da sã doutrina. Todavia, Jesus não começou sua carta com um elogio, mas sim atacou diretamente a raiz do problema.

Conheço as tuas obras, que tens nomes de que vives, e estás morto”.

A semelhança do que ocorrera ao confrontar Nicodemus, Jesus não perdera tempo com o desnecessário. E à semelhança de Nicodemus, muitos em Sardes não criam genuinamente em Cristo. É bem provável que anteriormente tal igreja fora bíblica e extremamente próspera espiritual e doutrinariamente (Cristo não a repreende por estar seguindo algum tipo de heresia ou falso mestre). Aparentemente Sardes gozava do mesmo vigor em que começou, tudo estava bem; os membros gozavam de boa reputação entre outras igrejas, os problemas doutrinários eram praticamente nulos e ela continuava a praticar boas obras.  Todavia, o diagnóstico dado por Aquele que sonda os corações dos homens era bem diferente: Os atuais de membros não eram atuantes, mas estavam em profundo sono espiritual, as pregações não surtiam efeito nenhum.

Sê vigilante e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei

A exortação do Mestre é clara: a necessidade de arrependimento. Em Éfeso, contemplamos o trato de Jesus com uma igreja que está morrendo, em Sardes vemos Jesus despertando uma igreja morta. Por mais que Sardes apresentasse profundo ativismo, faltava vigilância. Devido à similaridade com as palavras de Paulo na Epístola aos Efésios: “Desperta, tu que dormes, e levanta-te dos mortos, e Cristo te esclarecerá” (Ef 5:15) é bem provável que muitos não estavam atentos ou mesmo ignoravam por completo a doutrina da Segunda Vinda  de Cristo. O resultado prático disso é a sonolência espiritual. A vinda do Senhor é iminente, porém muitos estão pouco atentos para isso, e a semelhança das virgens displicentes, muitos estão dormindo, tanto em Sardes quando em nossas igrejas, o Senhor Jesus ordena o arrependimento.  Pode-se dividir em três pontos principais a repreensão do senhor à igreja de Sardes: Vigilância, tanto para sim quanto para os que estavam morrendo espiritualmente; lembrança daquilo que Cristo tinha ensinado através de seus líderes pela ministração da Palavra de Deus e sua vida espiritual (“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido); e por fim o arrependimento.

“Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso”.

Como em vários lugares de sequidão espiritual, Deus preserva alguns. Esse era o caso de Sardes. A minoria fiel permanecia genuinamente viva espiritualmente e não se contaminara com o triste quadro em redor, eram como Ezequiel no vale de ossos secos.  A esses, Cristo revela-se fiel, e por certo recompensaria a perseverança daqueles eram seus.
         
A igreja em Sardes serve como sério alerta para a igreja em geral, e porque não mesmo, nossas próprias denominações? A Assembleia de Deus é extremamente conhecida por sua reputação em realizar grandes feitos, como centenários, criação de museus, trabalhos sociais e ativismo religioso. Também é conhecida como uma igreja viva e zelosa espiritualmente. Todavia, por vezes vemos a indiferença para os ensinamentos das Escrituras. O exemplo de Sardes nos mostra que por mais ativista que um a igreja pareça ser, caso não esteja vigilante e atenta para os ensinamentos e dons de Cristo, sua vivacidade nada mais é do que uma grande fama, que pode facilmente ser dissipada com o passar do tempo. Não adiante apenas viver da glória do passado. È necessário permanecermos vivos e pelo poder do Espírito, vivificar os que estão morrendo. E assim como Ezequiel no imenso vale de ossos secos,  sermos uma minoria a serviço do Mestre, Aquele que “tem os Sete espíritos de Deus e a sete estrelas”. A esse, a promessa está garantida:

O que vencer, será vestido de vestes brancas, e de nenhuma maneira riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”.
Amém. Soli Deo Gloria

quinta-feira, maio 10, 2012

GQL: 5 anos para a Glória de Deus.

Um mundo novo era descoberto a cada momento em que eu digitava as primeiras frases do artigo "Escravos da Verdade", no ano de 2007. Na época, ainda na Missão com Adolescentes do Templo central da Assembleia de Deus em Belém, as batalhas  teológicas estavam à flor da pele e eu, com apenas 20 anos recentemente completados, sentia uma necessidade de "Entrar no campo de batalha" através da internet. Motivado por outros blogs apologéticos, vi na blogosfera um excelente veículo para confrontar os mais variados tipos de modismo e doutrinas alheias ao cristianismo bíblico. Todavia, eu não faria isso sozinho. Juntamente com Nilton Rodolfo, Renan Diniz e Carlos Eduardo, nascia o blog Geração que Lamba (um nome satírico das mais variadas "gerações de apaixonados" e "geração que dança").

Haja vista que a base da vida cristã não é  a apologética (ainda que seja importante e necessário ingrediente), vários assuntos foram abordados neste espaço, desde devocionais, cosmovisão, evangelismo e política eclesiástica. Não se pode dizer que foram anos fáceis, haja vista que após a criação do blog, não foram poucos o número de "inimigos" que surgiram; porém não há  dúvidas do intenso deleite no Senhor e na grande benção dos vários amigos recebidos, como Gutierres Siqueira, João Paulo Mendes, Carlos Roberto, Geremias do Couto, Esdras Bentho, Mário Sérgio, só para citar alguns. Com o passar dos anos, vem também maior maturidade, algo talvez percebido até na própria construção dos textos (vide o exemplo de Renan Diniz, com seu primeiro artigo "Corte, o que é Corte"¹ e o mais recente "Pare de Sofrer, Saia da igreja de Cristo"), algo que aperfeiçoa o trabalho na ceara do Mestre. Olhando para trás, a única coisa sensata a fazer é glorificar a Deus pela Sua abundante misericórdia derramada em todas as áreas de nossas vidas, pois Ele nunca nos desamparou em nenhum momento. 

Ainda que, diante de muitos de nossos conterrâneos, os editores deste blog nada mais sejam do que "perturbadores de Israel", o foco dos artigos de maneira alguma fora confusão por confusão, polêmica por polêmica. Nas palavras de Sun Tzu, a finalidade da guerra é a paz. Tal paz, todavia, só é real quando nos firmamos na Verdade. O lema, a bem da verdade não mudou, buscamos ser um geração que  busca a glória de Deus, sendo cristã e biblicamente sadia (ortodoxa).

O ambiente hoje mudou. Nenhum de nós se encontra na missão com adolescentes (o motivo se encontra aqui), nem se congrega mais na Igreja-Mãe (ainda que breves visitas não sejam incomuns e aconteçam com pequena regularidade). Todavia, as batalhas continuam, e por vezes o quadro parece piorar. Estamos certos, entretanto, que manter-se fiel à Palavra de Deus é o que mais importa, sabendo em quem temos crido: Aquele que é Rei dos Reis e Senhor dos Senhores! À Ele pertence nossa vida e nossos escritos, À Ele confessamos como Senhor, para a Glória de Deus Pai, no poder do Espírito Santo. 

Ao Deus trino seja dada toda a honra e glória para sempre!

AMÉM.

Nota:

[1] O mais interessante é que o artigo de Renan, 'Corte, o que é corte"?, escrito em 2007, é o mais visto do blog até hoje, sendo que essa única postagem conta com mais de 8.000 visualizações, com uma média de 100 visualizações por dia.

quarta-feira, maio 09, 2012

O Voto de Jefté: Restaurando a Reputação de um Herói - David P. Murray.

É comum ouvirmos hoje na igreja que o voto de Jefté foi uma grande abominação, característica daquele ignorante período dos juízes. Todavia, o professor de Antigo Testamento David Murray, ao estudar atentamente a passagem, chegou a uma conclusão diferente e com certos detalhes surpreendentes. Vale a pena conferir!




Clique aqui e acesse o site do pastor Murray (em inglês).

Soli Deo Gloria

sexta-feira, maio 04, 2012

1° Conferência Graphe: A Mensagem da Cruz no Antigo Testamento

Dando continuidade a série de sermões ministrados na 1º Conferência Graphe, o  GQL publica hoje a pregação inaugural da Conferência, onde trato da Mensagem na Cruz no Antigo Testamento. Seria o Antigo Testamento nada mais do que um conjunto de máximas morais apenas? Ou a revelação daquilo que Deus iria realizar na cruz? É desse importante tema que trata dessa pregação. Confira!



Soli Deo Gloria.


Obs: Pela graça de Deus, em breve disponibilizaremos em vídeo.