terça-feira, julho 28, 2009

Confissões de Um Professor(Parte 1)




"O desabafo de um jovem professor"

Às vezes me pergunto se o que faço realmente vale à pena... Por que ensinar a um bando de adolescentes, se eu posso curtir o domingo junto com a minha cama (dormir bastante)? Será que as minhas aulas na Escola Bíblica Dominical (EBD) realmente farão alguma diferença significativa na vida de meus alunos?
Não sei se acerto ao ler e estudar durante horas somente para ministrar uma aula de 1h30min(senão menos que isso) a pessoas as quais não sei se querem conhecer a Deus verdadeiramente. E o tempo de oração pela aula? Será que ele tem sido, na verdade, perda de tempo? Como disse John Owen: "Pregar a Palavra e não acompanhá-la com oração fervorosa e constante, em favor de que seja bem sucedida, significa não acreditar na sua utilidade, negligenciar seu propósito e lançar fora a semente do evangelho.”
Além disso, como fica a questão do salário? Faço tanta coisa para os alunos; e o que ganho por isso? Praticamente... Nada! Poxa, é muito triste comparar um professor de escola secular com um de EBD. Primeiro, o de secular não necessita estudar como o de EBD; devido ao fato de suas aulas serem quase que repetitivas - porque o conteúdo dessas aulas é praticamente o mesmo ano após ano.Segundo, ele pode até não estudar muito; porém, tem um carrinho bom para locomoção, um salário no fim do mês e ainda é considerado um "educador". Terceiro, o objetivo de um professor secular é preparar os seus alunos para uma prova de vestibular ou para o mercado de trabalho. E o de EBD? Ai dele se não estudar muito ou se repetir uma aula... Até porque numa aula de EBD os alunos influenciam- e muito! Cadê o carro dele? Coitado, quando não vai de ônibus é de bicicleta ou a pé... E o objetivo dele? Não se resume a preparar os alunos para uma provinha( quem dera!); e sim a ensiná-los o Evangelho de forma que Cristo seja formado neles- e isso é muitas vezes doloroso e demorado( Gl 4.19).
Bem, após essa simples reflexão, concluo que ser professor de EBD não é um Mar de Rosas. Muito pelo contrário, é uma vida de doação a Deus e aos alunos; e embora não tenha muitos ganhos materiais, ela concede algo que nenhum professor secular pode obter: o prazer de ver os seus alunos servindo a Deus com maturidade cristã, e saber que Deus o usou para ajudar a cada um deles. Realmente é um privilégio saber que Deus deu crescimento aos alunos usando a semente a qual eu também ajudei a plantar. Esta é a recompensa de um professor de EBD: os próprios alunos, convertidos e maduros(1 Ts 2.19- 20).
Por isso, meus irmãos, peço a Deus que Ele continue a nos capacitar para ensinarmos aos nossos alunos com amor e sabedoria. E que o nosso Pai não permita que nós nos entreguemos aos possíveis tipos de sofrimento que virão em nossa carreira de professor- cristão. Que sempre estejamos focados em Jesus, autor e consumador de nossa fé.

Obs.: Sei que o que falei sobre professores seculares ou de EBD não vale para todos eles.


Que Deus nos perdoe...

quinta-feira, julho 23, 2009

Sobre a frase Randômica de Nilton Rodolfo


Ontem o Twitter da GQL foi atualizado com a seguinte frase:

"Cuidado! às vezes(quase sempre) ouço mais o nome de J.C.( João Calvino) do que do próprio Jesus Cristo."

A frase proferida por Nilton Rodolfo, não possui como objetivo depreciar o calvinismo (sendo que ele mesmo, no post subseqüente, afirma ser calvinista). tal frase é um prelúdio de uma série artigos que serão postados em mui breve neste espaço, todavia Nilton ainda está com três artigos sendo engatilhados, tendo um a ser publicado esta semana. Após a publicação destes artigos ou então com a permissão dele, a série começará.

Os artigos terão como propósito analisar e refletir sobre um dos pontos mais complicados no exercício da Teologia Evangélica: A questão do Calvinismo e seu embate com a Teologia Arminiana.

Ambos os sistemas teológicos serão analisados à Luz das Sagradas Escrituras. creio eu que o resultado será muito proveitoso. Espero ser justo com os ambos os pensamentos. Além de uma reflexão, se buscará, como estes artigos estimular praticidade na vida cristã genuína. Creio que o resultado será muito proveitoso, talvez não agrade a todos, quer calvinistas ou arminianos(por certo muito mais os segundos do que os primeiros),mas pela graça de Deus, será útil a uma legítima reflexão teológica e piedosa.


Peço a oração dos leitores e amigos do blog.


Soli Deo Gloria.


segunda-feira, julho 20, 2009

Os 4 Jotas do Pentecostalismo


Por várias vezes acusado de movimento sem doutrina por muitos grupos cristãos e visto com desconfiança por outros , os pentecostais sempre procuraram mostrar, direta ou indiretamente, que sempre permaneceram fiéis aos princípios da Palavra de Deus. Logo no início do pentecostalismo brasileiro, o missionário Daniel Berg, ainda sem muita habilidade com o português, porém zeloso para com as almas perdidas, sempre buscava destacar 4 pontos fundamentais, que na verdade esboçava resumidamente sua teologia. tais pontos podem ( e a meu ver, devem) ser considerados como os quatro pontos fundamentais do Pentecostalismo bíblico e genuíno.

Jesus salva: Tal frase, pronunciada e crida por inúmeros cristãos, é a primeira e mais importante mensagem da doutrina evangélica-pentecostal. Sem salvação, não há remissão de pecados, não há transformações de vidas, não há dons espirituais, simplesmente não há nada. Todo o pentecostal genuíno crê que que a salvação é pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus, morto por nossos pecados na cruz do calvário. E todo aquele que Nele crê possui a vida eterna e a habitação do seu Santo Espírito. Quem crê em Cristo possui uma nova vida, as coisas velhas se passaram, eis que tudo se fez novo (2 Co 5:17).

Jesus Cura: Hoje se fala muito sobre a cura divina, e muitos cristãos, quer pentecostais ou não, oram hoje em dia em sua busca. Talvez tal afirmação possa ser tida como rotineira nos tempos atuais. Porém quem possui tal visão não vê a importância e o profundo impacto teológico que isso causou na época. do surgimento do movimento. Muitos criam que Deus continuava a curar seus filhos nos dias contemporâneos, mas a questão é que muitos não criam em uma intervenção sobrenatural; uma cura extraordinária da parte de Deus, a semelhança do que acontecia nos primórdios da vida cristã. Junto com a cura divina sobrenatural, abriam-se as portas também para a manifestação sobrenatural: A contemporaneidade dos dons do Espírito e a Soberania d'Ele em distribuí-los de acordo com a sua Soberana vontade.


Jesus Batiza no Espírito Santo: Aqui se verifica a importância de ser cheio do Espírito Santo. Não se tem em mente aqui somente o exercício dos dons do Espírito Santo, como o falar em Línguas desconhecidas, o dom de profecia, de curar e outros. Mas um poder sobrenatural, um revestimento e capacitação especial para glorificar o Nome do senhor, além de um profundo desejo de buscar ser instrumento de salvação de almas perdidas e sem Cristo. Tal doutrina foi a mais "inovadora" da época e uma das quais mais causou distinção no movimento pentecostal de outros movimentos evangélicos. Hoje, mais do que nunca, é necessário buscar ser revestido do poder que vem do alto.

Jesus em Breve Voltará: A crença na segunda vinda de Cristo, física e literal, não é somente essencial ao pentecostalismo, mas para toda a igreja genuinamente cristã. Os pentecostais, como bons dispensacionalistas, afirmam a urgência e necessidade de trabalhar em prol do Reino de Deus. O tempo urge, e a qualquer momento o Senhor arrabatará a sua igreja. É necessário que busquemos cada vez mais viver uma vida santa e piedosa.

Nota-se, em todas a proposições doutrinárias apresentadas, que o pentecostalismo é de natureza fortemente cristocêntrica. O foco está em todo tempo glorificar a Cristo como Senhor. Tal afirmação é verdade e de forma alguma, como pentecostal, busco contorná-la. Quem é pentecostal, é cristocêntrico também, independente do que nossos "rivais" possam afirmar. É óbvio pentecostalismo buscar glorificar a Cristo, tal ato só pode ser oriundo da ação sobrenatural do Espírito Santo.

O pentecostalismo foi o movimento que mais contribuiu no século XX para causa de Cristo do que presbiterianos, batistas, metoldistas e anglicanos juntos. Longe de mim querer menosprezar tais denominações, mas ninguém pode menosprezar a realidade dos fatos.

Como afirmei anteriormente, temos muito o que aprender com nossos amados irmãos "tradicionais". Creio que esse processo já começou, e muitas bençãos virão quando estes começarem a aprender de nós.

Soli Deo Gloria.




segunda-feira, julho 06, 2009

A Cruz e o Cristo: considerações sobre a expiação


No nascimento do Filho de Deus, houve luz à meia-noite; na morte do Filho de Deus, houve trevas ao meio dia". Douglas Webster


Por que se acrescenta "desceu ao inferno"?
Resposta: para que em minhas mais duras tribulações eu esteja certo de que Cristo, o meu Senhor, redimiu-me das angústias e dos tormentos do inferno por sua indizível angústia, dores e terrores que sofreu em sua alma, tanto em sua cruz como antes.
Catecismo de Heidelberg, pergunta 11


Não há palavras suficientes para descrever o sacrifício de Cristo ao morrer por nós na cruz do Calvário. Não há dúvidas que a propiciação de Cristo no gólgota suscita controvérsias (vide por exemplo, a teorias da expiação ao longo dos séculos da história da igreja), além de um profundo mistério, pois ali vemos o Deus-homem pregado em um madeiro, tendo sido dado pelo Pai, por amor ao mundo (Jo 3:16).

Obviamente que, em assunto tão profundo e delicado, muitos erros quase foram introduzidos dentro do corpo de Cristo durante os séculos, alguns foram propagados de forma até mesmo inconsciente. A teoria do resgate pago a Satanás, proposta pelo pai da Igreja Orígenes é um exemplo disto.

Porém umas das mais perniciosas heresias modernas concernentes a este assunto se trata da doutrina da morte espiritual de Cristo e de sua vitória no inferno (hades), propagada pelos gurus da confissão positiva, tendo diso estabelecida por Keneth Hagin. Tal doutrina, que é mais baseada no credo apostólico[1] do que nas Escrituras, afirma que na cruz, Jesus provou a morte espiritual; ou seja, sua natureza humana se tornou pecadora. Jesus foi feito pecado, literalmente![2], tal doutrina é condenada veementemente pelos apologistas Paulo Romeiro e Ciro Sanches Zibordi, nos livros Supercrentes e Mais Erros que os Pregadores Devem Evitar. No livro Supercrentes, Romeiro afirma:

Se a morte física de Jesus não pudesse fazer a expiação mas somente a sua morte espiritual, a encarnação do Verbo perderia o seu propósito. Não poderia Jesus morrer espiritualmente no mundo espiritual? Afirmar que a morte física de Jesus não removeria os nossos pecados é contradizer as Escrituras. Observe Hebreus 10:19, 20: "Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne" e Efésios 2:13: "Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo". Podemos citar ainda 1 Pedro 4:1; 1 João 1:7; Apocalipse 1:5.


Ciro Zibordi ainda é mais enfático:


Quarto motivo. O papai H. declarou: "Jesus se tornou como nós éramos: separado de Deus. Porque provou a morte espiritual por todos os homens. Seu espírito, seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar... A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte espiritual" (O Nome de Jesus, Graça Editorial, p.25).

De onde alguém pode ter tirado tamanha inverdade! Teria Jesus se separado de Deus em razão de possuir uma vida pecaminosa? Ora, morte espiritual implica afastar-se do Senhor em decorrência do pecado (Is 59.2; Rm 3.23), e Jesus nunca pecou. Ele foi feito pecado por nós (2 Co 5.21), e não pecador, e levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro (1 Pe 2.24), recebendo em sua carne a punição que a nós convinha (Is 53.4,5). Isso jamais pode ser equiparado à morte espiritual, haja vista o Senhor nunca ter pecado (Hb 4.15).

Jesus não se tornou como nós éramos, pois isso implicaria reconhecer que Ele se fez pecador, e não pecado. Quando estudamos, sem preconceito, com calma e em oração, os textos de 2 Coríntios 5 e Filipenses 2.6-8, desaparecem as dúvidas quanto ao fato de o Senhor ter-se feito pecado, levando sobre si todos os nossos pecados, e não pecador, morrendo espiritualmente. Mas essa afirmação falaciosa de K.H. não foi por acaso; ele tinha em mente outras heresias ainda maiores.


Os argumentos de Hagin não possuem base bíblica de sustentação, além de aniquilarem o sacrifício de Cristo na cruz do calvário. Todavia, creio devemos atentar um pouco mais para definirmos da forma mais bíblica a questão da expiação e do sofrimento de Nosso Senhor.

Quando os célebres apologistas (que respeito e admiro muito), companheiros de batalhas pela pregação genuína do Evangelho, refutam a doutrina de Hagin, afirmam que o sacrifício físico de Cristo foi suficiente para pagar os nossos pecados é passível de algumas considerações, não querendo com isso, afirmar que tais cometem heresias doutrinárias, creio que seja necessário adentramos mais na doutrina da expiação para obtermos maior compreensão bíblica.

Romeiro afirma que "se a morte física de Jesus não pudesse fazer a expiação mas somente a sua morte espiritual, a encarnação do Verbo perderia o seu propósito". Concordo com tal afirmação, mas a questão é que a encarnação não foi somente Deus em um corpo. Tenho plena certeza que Romeiro não defende o apolinarismo, assim também como não quis expressar isso com tal afirmação, mas creio eu ser uma necessidade esclarecer que Deus se fez homem e homem completo, dotado de corpo, alma e espírito e o sacrifício de Cristo envolve todo o homem Jesus. Se ele não fosse homem completo, somente nossos corpo seriam redimidos, e o sacrifício de cristo teria sido insuficiente.

Jesus, não somente passou por um sofrimento físico na cruz, mas também espiritual. Ele levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, mas também bebeu todo o cálice que Seu Pai lhe deu (Lc 22: 42). Jesus ali não se tornou um pecador (essência pecaminosa), como afirma Zibordi. Todavia, ele foi contado com os transgressores. Não foi apenas o chicote, a angústia psicológica e a tensão do momento que constituem-se o sacríficio de Cristo, mas sim que Ele recebeu o ira de Deus destinada aos pecadores. Ou seja, Ele experimentou o inferno: a separação de Deus, ou como alguns expressam, a presença favorável de Deus foi substiutuída pela condenação ativa de Deus. Deus despejou sua ira em Cristo. John Stott afirmou com clareza tal realidade:

"O pavoroso conceito de Jesus "levar", na realidade "tornar-se" nosso pecado e maldição, como poderia ser isso e o que podia significar, deixaremos para os próximos capítulos. por enquanto, parece que a escuridão do céu foi um símbolo externo das trevas espirituais que o envolveram. pois que são as trevas no simbolismo bíblico senão a separação de Deus que é "luz, e nele não há treva nenhuma" (1 João 1:5)? "trevas exteriores" foi uma das expressões que Jesus usou para descrever o inferno, visto que é uma exclusão total de da luz da presença de Deus. Nessas trevas exteriores o Filho de Deus se atirou por nós. Nossos pecados apagaram o brilho do rosto do seu Pai. Podemos até ousar dizer que os nossos pecados enviou Cristo ao inferno - não ao "inferno" (hades, a habitação dos mortos) a que se refere o Credo ao dizer que ele "desceu ao inferno" depois de sua morte, maos ao "inferno" (gehenna, o lugar de castigo) a que nossos pecados o condenaram antes que seu corpo morresse".

Calvino, citado por Stott, também possui comentário semelhante: "Se Cristo tivesse apenas morrido uma morte física, teria sido ineficaz... A menos que sua alma partilhasse do castigo, ele teria sido um redentor de corpos somente... ele pagou um preço muito maior e muito mais excelente ao sofrer em sua alma os terríveis tormentos de um homem condenado e abandonado". Fica agora claro porque Jesus recitou o Salmo 22 (messiânico, por sinal) na cruz do calvário. a frase "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?" mostrou claramente ser na verdade um grito de um abandono real por parte do Pai ao Filho.

Quando atentamos para estas profundas verdades, começamos a ver de forma mais nítida as suas implicações. As preciosas lições que podemos tirar daqui são importantíssímas. Lutero afirmou que nenhum homem teve mais medo da morte do que este (Jesus). A razão disso creio que já foi apresentada: era necessário Ele morrer por nossos pecados bebendo o cálice da ira de Deus. Ele foi abandonado e rejeitado, ele foi como um de quem os homens escondiam o rosto (Is 53:3) , ficou como um verme, o opróbrio dos homens e desprezado do povo (Sl 22: 6), ele sofreu o abandono de seu Pai, que havia livrado os seus antepassados israelitas, mas não atentou para Ele ( Sl 22: 1-3). Não há amor como esse. O Filho de Deus foi abandonado, desamparado e Deus não o ouvia. ele foi tudo isso, para que nós não sejamos. Todo aquele que crê em Cristo nunca será abandonado ou receberá a santa ira de Deus. Com este sacríficio, em Cristo há a redenção.

Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. (Rm 3: 25-26)

A única coisa que podemos fazer é dobrar nossos joelhos com um coração contrito, pedindo perdão por nossos pecados e confiando em Cristo Jesus, que juntamente com o Pai, nos amou e voluntariamente pagou o preço por nós. Nada temos a oferecer,a não ser responder com arrependimento e fé aquilo que Ele fez por nós. Muito obrigado Pai! Glória a ti Senhor e Salvador Nosso!

Soli Deo Gloria


Notas:

[1] O Credo apostólico fora credo que surgiu nos primeiros anos da igreja, sobre este credo e a expressão "desceu aos infernos", Wayne Grudem tece importantes considerações em sua Teologia Sistemática: "O credo apostólico não foi escrito nem aprovado por algum concílio eclesiástico num tempo específico. Antes, ele tomou forma gradual desde cerca de 200 d.C até 750 d.C"

[2] O argumento de Hagin, que tem como base o trecho de 2 Coríntios 5:21, cai de várias formas. o próprio argumento de Jesus ter assumido uma natureza satânica invalidaria o sacrifício, já tipificado no sacrifício de animais no rituais hebraicos do Antigo Testamento. Para que o sacrifício de jesus fosse válido, ele deveria ser Perfeito e sem pecado. porém com este argumento, Hagin contradiz uma questão essencial da Escritura.


Referências:

ROMEIRO, Paulo. Supercrentes. O evangelho segundo Keneth Hagin, Valnice Milhomens e os profetas da prosperidade.
São Paulo: Mundo Cristão, 1993.

STOTT, John. A Cruz de Cristo.
11° edição.São Paulo: Editora Vida, 2006.

ZIBORDI, Ciro Sanches. mais Erros que os Pregadores Devem Evitar. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.