quarta-feira, dezembro 31, 2014

GQL 2014: "Combate o bom combate da fé".


A noite estava tranquila e movimentada para o horário, cerca de 21:30, quando andávamos pelos quarteirões de Belém. A conversa que tive com o irmão da igreja estava tranquila e agradável, e quando chegamos em casa, que não ficava muito distante da dele, a conversa se estendeu. Naquela noite, eu e Nilton Rodolfo conseguimos interagir mais, e finalmente, uma amizade realmente sólida começara a surgir, pois até então minhas idas aos cultos da missão com adolescentes se resumiam a breves conversas e participação nos cultos. Isso completará 10 anos em 2015, quando após isso surgiram outros amigos como Renan Diniz, Carlos Eduardo e Janyson Costa.

De lá para cá, não há como contar as inúmeras bençãos que foram derramadas por Deus em nossas vidas e ministério, assim também como a força para continuar continuando mesmo em meio a lutas e desafios enfrentados. Hoje, continuamos nosso ministério em uma pequena congregação local e dos desafios que esta apresenta. Por vezes, temos a pensar que os desafios são maiores em uma mega-igreja, onde há milhares reunidos, por vezes de maneira superficial. Porém, o desafio muitas vezes é maior quando lidamos com pessoas frente a  frente, onde conhecemos mais de suas vidas, seus medos e dificuldades. É ali que somos forjados ministerialmente, e de uma maneira singular, em 2014 isso cada vez mais se consolidou. Neste ano, realizamos mais uma Conferência Graphe, que contou com a participação de Gutierres Siqueira, amado irmão do blog Teologia Pentecostal, blog que surgira um pouco antes do GQL e que neste ano tive a oportunidade de escrever artigos relacionados a fé pentecostal. Por certo o maior desafio enfrentado por mim neste ano foi a perda de minha tia, o que muito entristeceu minha mãe e a família. Eu nunca havia dado uma palavra em um momento como esse, nunca esperei que falaria justamente no momento de despedida de minha tia.

Neste ano também vimos o mundo cristão ortodoxo ficar mais órfão; três grandes teólogos, de tradições distintas, partiram para a glória celestial, Gerard Van Groningen (reformado), Dwight Pentecost (dispensacionalista) e o célebre Stanley Horton (pentecostal). Todos com avançada idade (Groningen com 93, Horton com 98 e Pentecost  com 99), todos há muitos anos combatendo por Cristo, agora esperam a recompensa e a ressurreição dos mortos.

A igreja em Éfeso certamente não era uma igreja tão pequena, mas certamente havia uma congregação própria, onde Timóteo deveria lidar com os problemas que cercam um ministério cristão. Em sua primeira epístola, Paulo exorta seu filho na fé a militar boa milícia (1 Tm 1.18), a lidar com os mais variados problemas e dificuldades como um bom soldado do exército de Cristo. Com isso, Timóteo deveria orar (1 Tm 2.2); orientar as irmãs em Cristo (1 Tm 2.9), analisar os futuros líderes (capítulo 3), e permanecer firme e diligente em seu ministério (cap. 4), além de outras importantes atividades ministeriais, que Timóteo deveria cumprir para seu ministério ser legítimo e proveitoso diante de todos em Éfeso (cap. 4.15).

Certamente é dever de todo o crente combater o bom combate da fé, lutar em uma guerra espiritual contra tudo o que guerreia contra a alma. Como acertadamente diz J. C. Ryle em sua Magnum Opus, Santidade: 

"Somente um cristão verdadeiro realiza o trabalho de um soldado. Apenas ele enfrenta diretamente os inimigos de sua alma; e realmente luta com eles e os vence".

 O "bom combate" é bom por seu resultado. Quando lutamos, lutamos por Cristo, quando vencemos, vencemos pela graça de Cristo.

Nossa oração é que possamos continuar avançando, continuar continuando, crescendo na graça e no conhecimento de Cristo, cumprindo bem nosso ministério. Combatendo o bom combate da fé pela graça de Deus, nosso amado Pai, no poder do Espírito, nosso consolador.

Que o nome de Nosso Senhor Jesus seja glorificado!

Um feliz 2015 a todos!

Soli Deo Gloria

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