quarta-feira, abril 25, 2012

Reflexões: Eu, Charlie e o pecado.

                                        Cena do filme "O Amigo Oculto"

"Desventurado homem que eu sou, quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7.24)
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Romanos 7:24
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Romanos 7:24
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?
Romanos 7:

Eu estou sendo seguido. Não importa onde eu vá, eu sei que ele está perto de mim. Qualquer movimento em falso pode ser fatal. Já tentei achar um local onde ele não esteja sussurando, vezes sem conta, propostas pecaminosas em meus ouvidos. Mas não tive sucesso. Ele está sempre comigo.

Às vezes ele fica em silêncio. Parece mesmo que ele nem existe, de modo que por um bom tempo eu me sinta confortável em meu caminhar, despreocupado com seus astutos ataques malignos e pecaminosos. São exatamente nestes momentos que este maldito perseguidor costuma correr feroz, e ao mesmo tempo sutilmente, para me atacar com todas as suas forças.

Ele conhece minhas fraquezas, minhas lutas e aquilo que mais provavelmente pode me fazer pecar. O vasto conhecimento que este perverso possui acerca de mim tem sido construído desde o dia em que nasci - como disse o salmista Davi: "Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe"[1]. Pois ele é a minha velha natureza. Conhecido também por "velho homem", "carne", ou simplesmente "Charlie"[2]

Termino esta breve reflexão com as palavras de Thomas Watson tratando sobre o Pecado Original:

"O pecado de nossa natureza é como um leão adormecido cuja raiva é despertada pela mínima coisa. Ainda que o pecado de nossa natureza pareça quieto e repouse como o fogo escondido sob as brasas, basta revolver somente um pouquinho e sentir o pequeno sopro da tentação que ele se inflama rapidamente e se propaga em maldades escandalosas. E por isso que precisamos sempre caminhar com vigilância. 'O que, porém, vos digo a todos: vigiai!' (Mc 13.37). Um coração peregrino precisa de um olhar vigilante."[3]

Que Deus em Cristo me guarde de mim mesmo.


Notas:
[1] Sl 51.5.
[2] Quem não assistiu ainda o filme "O Amigo Oculto" (com Robert De Niro) não vai entender o porquê de "Charlie".
[3] Disponível em: http://www.josemarbessa.com/2010/09/pecado-original-seus-efeitos-thomas.html

 

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