domingo, dezembro 19, 2010

Especial natal: seria a árvore um ídolo?


por John Macarthur


À medida que o Natal vai chegando, questões como esta começam a aparecer. Como tudo na vida, é importante olharmos para estas questões com discernimento bíblico.

Neste caso, não vemos nada de errado com a tradicional árvore de Natal. Porém, alguns têm ensinado que é errado para qualquer cristão ter uma árvore de Natal em suas casas. Será que as razões para isso são válidas? Achamos que não. Vamos dar uma olhada nas duas objeções mais comuns que as pessoas fazem contra as árvores de Natal.

Primeiro, alguns são contrários às árvores de Natal por elas terem origens pagãs.

Acredita-se que Bonifácio, missionário inglês na Alemanha do século oitavo, instituiu a primeira árvore de Natal. Ele supostamente substituiu os sacrificios feitos ao carvalho sagrado do deus Odin, por um abeto enfeitado em tributo a Cristo. Alguns outros afirmam que Martinho Lutero foi quem introduziu a idéia da árvore de Natal iluminada com velas. Baseado nestas informações podemos dizer que a árvore de natal tem um excelente pedigree cristão.

Porém, mesmo se um histórico pagão fosse claramente estabelecido, isso não necessariamente significaria que nós não poderíamos usar árvores de Natal. Talvez a analogia a seguir ajude.

Durante a II Guerra Mundial, os militares americanos usaram temporariamente algumas ilhas remotas do Pacífico Sul como pistas de aterrissagem e como depósitos de suprimentos. Antes daquela época, os povos indígenas tribais nunca tinham visto tecnologia moderna de perto. Grandes aviões cargueiros chegavam cheios de materiais, e pela primeira vez os nativos viram isqueiros (que eles achavam ser mágicos), jipes, geladeiras, rádios, ferramentas elétricas e uma enorme variedade de alimentos.

Quando a guerra terminou, os nativos concluiram que os homens que trouxeram a carga eram deuses, então eles começaram a construir templos para os deuses da carga. Eles tinham a esperança de que os deuses da carga voltariam com mais bens.

Bonifácio

Bonifácio [suposto criador da árvore natalina].

A maioria das pessoas sequer sabe sobre esta superstição religiosa. Da mesma forma, poucos sabem qualquer coisa sobre a adoração de árvores. Quando uma criança puxa um grande presente de debaixo da árvore de Natal e desembrulha um modelo de avião cargueiro, ninguém olha pra aquele objeto como um ídolo. Nem nós vemos a árvore de Natal como uma espécie de deus dos presentes. Nós entendemos a diferença entre um brinquedo e um ídolo tão claramente quanto entendemos a diferença entre um ídolo e uma árvore de Natal. Não vemos uma razão válida para fazer qualquer conexão entre árvores de Natal e ídolos de madeira ou adoração de árvores. Aqueles que insistem em fazer essas associações deviam prestar atenção nos avisos nas Escrituras contra julgar os outros em coisas duvidosas (vejam Romanos 14 e I Coríntios 10:23-33).

Outra reclamação comum é que as árvores de Natal são proibidas na Bíblia. Jeremias 10 é muito usado para dar apoio a este ponto de vista. Mas uma olhada mais de perto nesta passagem vai mostrar que o texto não tem nada a ver com árvores de Natal e tudo a ver com adoração a ídolos. O verso oito diz “querem ser ensinados por ídolos inúteis; Os deuses deles não passam de madeira.”

Adoração a ídolos era uma clara violação dos Dez Mandamentos. Êxodo 20:3-6 diz: “Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o SENHOR,o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos.”

Não há conexão entre a adoração aos ídolos e o uso de árvores de Natal. Nós não devíamos ficar ansiosos a respeito de argumentos vazios contra as decorações de Natal. Em vez disso, deveríamos focar no Cristo do Natal, esforçando-nos com toda a diligência a lembrar a verdadeira razão de comemorarmos esta data.

Traduzido por Daniel TC | iPródigo


Extraído do blog iPródigo


[Soli Deo Gloria]

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