quinta-feira, maio 24, 2012

Acerca das Traduções Bíblicas

Recentemente a Editora Fiel divulgou no youtube um trecho onde o pastor Augustus Nicodemus Lopes (editor do excelente blog O Tempora O Mores!) trata acerca da questão das traduções bíblicas, desde o texto grego adotado até os métodos de tradução existentes. Vale a pena dar uma conferida (segue-se depois um comentário adicional).





Particularmente apreciei bastante o comentário de Nicodemus, sensato e equilibrado, ele dá um bom panorama das versões bíblicas. Todavia, alguns pontos, creio eu, devem ser ponderados um pouco mais. Dos textos citados por exemplo, o final do Evangelho de Marcos (Mc 16:9-20), a perícope da Adultera no evangelho de João (Jo 7:53/8-11) e a Cláusula Joanina na 1 Epístola de João (1 Jo 5:7) são as diferenças mais polêmicas (há milhares de outras) entre as edições do Texto Crítico, preparado por eruditos modernos a partir de dois manuscritos mais antigos, o Sinaiticus e o Vaticanus e o Texto Receptus /Majoritário, que se baseia na maioria dos manuscritos gregos, É esse último que os reformadores e protestantes utilizaram em seus estudos e traduções como a King James, Reina-valera e Almeida (Revista e Corrigida e Corrigida Fiel) Um fato importante que Augustus não menciona é a questão do texto bíblico e os pais da Igreja. Pais como por exemplo Justino Mártir, no século II fazem alusão ao texto de Marcos (Assim como Irineu no século III), Cipriano à Clausula Joanina no século IV e Jerônimo à mulher adúltera no século IV igualmente. Todas essas testemunhas fortalecem o Texto Tradicional (Receptus/Majoritário) e são tão antigas quanto os manuscritos mais antigos. 

Dentre essas traduções, as baseadas no texto crítico são todas as modernas, como a Atualizada, NVI, BLH e Almeida Século XXI. Em termos de método de tradução, creio que há um risco muito maior em querer traduzir o sentido do texto do que buscar reproduzir o texto em si. A título de comparação, pegue o texto grego, uma tradução literal e a linguagem de hoje. A diferença é gritante. É óbvio que há pontos positivos nessas traduções, elas têm a utilidade mais como comentário do que como tradução propriamente dita. Há muito do que se falar acerca das questões textuais, todavia, creio que cabe ao crente buscar agradar à Deus com uma boa versão bíblica, baseada em um bom texto grego. A meu ver, o Texto Tradicional se candidata como o som de um trovão. 


                                                                                    Soli Deo Gloria

2 comentários:

António Je. Batalha disse...

Navegando pelos blogs encontrei o seu, me deixou maravilhado pelo que escreve, também é uma bênção para mim. Gostei de poder encontrar seu blog e poder ver e ler o que está a escrever, e pela escrita, pode-se notar seu amor para com o próximo, e para com O Senhor Jesus. Que Jesus continue a derramar Sua bênçãos sobre sua vida. Obrigado e as maiores bênçãos de Deus para si e família. António Batalha.

Victor Leonardo Barbosa disse...

Olá irmão António! è uma grande honra para mi me para os outros editores ter a sua presença e comentário precioso neste blog. Que Deus continue abençoando a sua vida e continuemos a ter essa abençoada comunhão.

Um forte abraço!