quinta-feira, junho 21, 2007

Mantendo a Nossa Identidade





Com esse artigo, fecho a série que aborda o pentecostalismo contemporâneo a partir de uma reflexão sobre o aniversário da IEAD aqui em Belém do Pará. Todavia, este tema com certeza não está fechado, e deverá futuramente ser ainda mais explorado.
Diante desse quadro assustador, o que fazer? Quais as medidas a serem tomadas?
Primeiramente devemos ter a confiança no poder do Espírito Santo de convencer e orientar por meio da Sua Palavra nossos irmãos que estão afastados da sã doutrina. Só o Espírito Santo pode mudar tal coisa para a glória do Senhor Jesus.
Porém, vejamos o que podemos fazer pela fé:
- Sermos fiéis a Cristo e a Sua Palavra. Lutando como guerreiros e guardiões da igreja, alertando o rebanho com todas as nossas forças.
- Investir mais no conhecimento bíblico por meio da escola domincal, tendo uma infraestrutura favorável para poder inculcar, principalmente nos jovens e adolescentes, a consciência de que eles estão em um ambiente sério e de reverência, e que a EBD não é um simples bate-papo, mas um lugar de suma importância para o crescimento na graça de Deus.
- Não adianta ter uma excelente infraestrutura para EBD e não tivermos mestres vocacionados e poderosos nas Escrituras, repletos do Espírito Santo.
- Maior tempo para a exposição da Palavra, juntamente com pregadores habilitados e chamados para a obra, e também que sejam cheios do Espírito e não estejam em pecado. Muitas igrejas sabem de males de pastores e pregadores, porém não tomam nenhuma providência, afinal, Deus é Soberano e usa inclusive instrumentos sujos. Deus é Soberano, não um insensato ou um moleque.
- Lembrar nos menbros a importância dos crentes de Beréia, que pensavam por si mesmos e ao mesmo tempo, tinham a mente cativa pela Palavra de Deus.
- Limpar a casa de Deus de todo o mal que está se infiltrando dentro dela, pois mais radical que isso seja, por mais alto que seja o preço. Só limpando a "pista de pouso" é que o Espiríto do Senhor poderá "pousar" em nossas igrejas. Talvez a Palavra Reforma deva ser utilizada.
- Atentar para a escolha de nossos governantes observando os princípios estabelecidos em 1 Timóteo. Um exemplo detestável de escolha de pastores é durante a convenção geral. A equipe do Pastor Samuel Câmara acusava o pastor José Wellington de trapacer ao consagrar uma quantidade considerável de diáconos, se não me engano, ou pastores. Segundo a equipe, o propósito de Wellington era nada mais nada menos do que se reeleger. Não sei se essa informação é verdadeira, o que sei é que o filho do próprio Samuel, André Câmara, apresentador do discutível programa Vamos Nessa, foi consagrado pastor. Eu conheço André pessoalmente. Não tenho nada contra a sua pessoa, mas posso seguramente afirmar que ele não tem o minímo de chamado pastoral. Enquanto houver esse absurdo e politicagem dentro de nossas convenções, a igreja terá muito do que perder. E muitos pastores irão para o trono branco.



Que busquemos fazer a coisa certa, sendo o máximo que pudermos fiéis à Cristo e à Sua Palavra. E que peçamos graça à Deus para podermos aguentar o preço a ser pago. Ainda que, como Jeremias, nossa mensagem não seja popular e ninguém nos escute, saibamos que temos o fogo de Deus queimando em nosso peito. Que Deus nos ajude neste propósito!!! Guarda-nos Senhor!!! Na ira lembra-te da misericórdia!!!



Nota: Certas medidas só poderão ser tomadas possivelmente em nossas igrejas se tivermos cargos ou alguma influência junto aos líderes, se não tivermos isso o que nos resta é pregar fielmente o evangelho.



Soli Deo Glória.

3 comentários:

Paulo Silvano disse...

Caro Victor,
ApdS. Essa série de postagens sobre a nossa querida AD, às portas do centenário da sua fundação, é muito importante, pois precisamos revisitar sem medos a nossa história para conhecermos melhor o nosso ethos.
Concordo com você que o problema da hegemonia familiar na liderança dos diversos ministérios da AD é preocupante e influi diretamente na credibilidade institucional e ministerial da denominação. Depois do desaparecimento da missão sueca e da primeira geração de pastores nacionais, como Cícero Canuto de Lima, Alcebíades Pereira de Vasconcelos, Paulo Leivas Macalão e outros, quando o movimento cismático tomou conta da AD, se agravou a possibilidade da "unção hereditária" para o exercício pastoral. Penso que precisamos dar eco a revisitação da nossa história, tocando nos pontos nevrálgicos que não são abordados na sua inteireza na história oficial da nossa confissão.

Victor Leonardo Barbosa disse...

Obrigado pastor Paulo. Logo depois de eu escrever esete artigo, fui extremamente criticado por abordar certos pontos de nossa AD que poucos tem coragem de comentar, mas que se trata muitas vezes de um problema cardeal.
Que Deus nos dê graça neste propósito.
Abraços.
Victor.

Carlos Roberto, Pr. disse...

Olá Vítor!
A Paz do Senhor!
Parabéns pela coragem de se manifestar claramente, sendo de Belem-Pa.
Antes da Convenção Geral em São Paulo, escrevi um artigo intitulado:
"ASSEMBLÉIA DE DEUS: UM GRITO PELO DISCERNIMENTO", que está postado no site da nossa convenção: www.comadespe.com.br, na seção de Artigos.
Este artigo foi reproduzido e distribuido por alguém interessado, e, como já estava publicado na internet, tornou-se público, porém, infelizmente, fui em tese retalhado pelos admiradores e principalmente pelos coordendores da campanha do Pr. Samuel Câmara.
Acredito que acharam que o artigo foi prejuicial a eles, no entanto, minha lavra tinha sentido amplo e geral.
Após a eleição, escrevi outro:
"UM ALERTA DE DEUS PARA A SUA ASSEMBLÉIA".
Recebi por isso, uma carta, até certo ponto desaforada de um pastor de Belém, o qual, salvo melhor juízo, pareceu-me alguém ligado ao Pastor Samuel.
Procurei responder da maneira mais cristã possível, dentro logicamente dos meus limites.
Se tiver interesse, já disse onde os artigos estão postados.
Quanto a carta que recebi e minha resposta, não tenho o menor interesse de ampla divulgação, tanto que não postei em meu Blog, porém como ví que temos idéias semelhantes a respeito, se o irmão quiser, passe um e-mail e enviarei exclusivamente para seu conhecimento.
Pelos seus posts, entendí agora a diferença entre eu e os referidos irmãos:
Eles defendiam um nome e eu uma causa!
Não havia a menor possibilidade de chegarmos um acordo, contudo continuo tendo o mesmo amor cristão e consideração tanto pelo Pr. Samuel como pelos demais pastores de Belém. Os seus posts me deixaram mais tranquilos, poi sei que tem gente aí que também pensa como eu.
Parabéns!